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sexta-feira, dezembro 02, 2005
AUTARQUIAS DEVEM 700 MILHÕES A CONSTRUTORES
O eleitoralismo e a vida acima das possibilidades de muitas autarquias, muitas delas a braços com problemas crónicos de endividamento, são - pelos compromissos assumidos por parcerias e outros estratagemas menos claros - o maior óbice para um desenvolvimento sustentável e lógico do território.
Foi agora revelado que há uma divida global das autarquias a construtoras, na ordem dos 700 milhões de euros, numeros fornecidos pela Associação dos Industriais de Construção Civil e obras Publicas (AICCOPN), revelando ainda que há uma prática corrente das autarquias não cumprirem os prazos no pagamento das obras executadas .
Quantas destas obras e quanto deste endividamento se reflete em obra realmente útil e necessária, e quanta desta obra, nomeadamente as rotundas que enxamearam o território nos ultimos dez anos eram perfeitamente desnecessárias?
Mas o mais grave é que não tendo meios efectivos de numerário para pagar os compromissos assumidos, muitas autarquias abrem mão de um património natural que é de todos , e como referiu Paulo Morais numa recente entrevista (Clique), gerem os Planos Directores\Municipais e o Território como se de uma Bolsa de Valores se tratasse prejudicando o bem publico e um futuro harmonioiso e sustentável.
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3 comentários:
Ele é zonas verdes que viram zonas de constyrução, ele é sobreiros que se evapora,. ele é construção de habitação em zona industrial...$$$
ela é prédios em zona protegida ; ela é ferro velho a inquinar os solos; ela é construçao em ren; ela é ... muita maluca!
"Autarquias devem milhões a construtores", que depois em carrossel ficam a dever os mesmos milhões a pequenas e médias empresas, atirando em muitos casos para a falência muitas delas, com todos os custos que daí advém;
Desemprego!
Estou ligado ao ramo da construção na parte de acabamentos (decoração) e sofro na pele o cenário atrás descrito.
As adjudicações que as autarquias fazem, entraram num ciclo vicioso, há já muitos anos e, não vejo forma de sair-mos dele;
1- Obras adjudicadas no ultimo ano de mandato por forma a estarem prontas a quinze dias das eleições, tem como resultado ficarem mal feitas, mais caras, inacabadas em muitos casos,apesar de inauguradas.
2 - Como na maioria dos casos não há verbas para as obras mandadas fazer, passa-se os três anos seguintes a tentar pagar o que ficaram a dever, para então em louca correria, mandarem fazer no ultimo ano de mandato, o que não fizeram nos ultimos três anos. Resultado, vira o disco e toca o mesmo.
3 - Culpados? somos todos! vamos na cantiga destes figurões (e aqui não escapa cor politica), e a meu ver deviamos era fazer queixa na esquadra mais próxima desta enorme cáfila que nos vai sugando a todos.
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