quinta-feira, agosto 07, 2008

SEIXAL , NEGÓCIOS EVOLUTIVOS - PARA MEMÓRIA FUTURA (1)


Sobre o meganegócio de vale de Chícharos aqui trazido a lume ontem , na prosa do Vereador Samuel Cruz, muito se tem falado até chegarmos à consulta pública que agora decorre e muitos foram os alegados interesses que foram desfilando ao longo dos anos, uma longa novela aqui também analisada no a-sul , vejamos por exemplo :


a-sul ; 6 de Outubro 2005 -

« (...)
O Vereador Ricardo Ribeiro incluia este negócio num pacote mais vasto que incluiria "segundo se dizia à altura" o negócio do PER da Flor da Mata e da Cucena, relembra-se que todos estes negócios tinham alegadamente ligações ao Grupo A Silva e Silva ( o proprietário das instalações dos "serviços operacionais", agora senhorio da CMS) , o Bairro da Cucena foi construido entretanto em terrenos industriais (isolados , de onde resultou mais um gueto) também do grupo A.Silva & Silva, e por uma empresa do Grupo A.Silva e Silva.este terreno é vizinho do Mestre Maco Seixal (participado A.Silva e Silva) e antiga ASSICOMATE (grupo A.Silva e Silva). (...)

(...) " Por sua vez a construção do PER na Flor da Mata em àrea protegida, permitida por meio de um subtil "Plano de Pormenor" e alteração de uso do solo,desocuparia os prédios de Vale de Chicharos , como referia o Tal & Qual de 22/06/01: «"uma mega operação de realojamento e engenharia financeira" com vista a resolver "o problema conhecido como a Quinta do Mocho da Margem Sul"(...) no coração do Fogueteiro e recentemente vendida pela Caixa Geral de Depósitos aos construtores A.Silva & Silva e Teodoro Gomes Alho, segundo informação recolhida pelo T&Q junto de fonte autárquica» (...) "

a-sul ; 3 Maio 2007

Citando o Coreio da Manhã : (...)
TORRES ALBERGAM 150 FAMÍLIAS

Os primeiros a chegar foram um grupo de são-tomenses. Em 1983 encontraram um local para morar, na Quinta dos Chicharros, Fogueteiro, no concelho do Seixal. Várias torres, todas com mais de cinco andares, foram deixadas a meio pelos construtores civis e estavam prontas a ser ocupadas, sem ser necessário pagar de renda. Havia só um problema: os prédios tinham apenas pilares e placa. Mas isso não afastou os novos moradores. Com o passar dos anos, amigos e compatriotas assentaram tijolos, levantaram paredes e foram criando um ambiente mais familiar para os filhos. (...)

A noticia é do Correio da Manhã e é um retrato da violência urbana no concelho do Seixal que deixou ontem à noite, um rasto de destruição em estabelecimentos comerciais e equipamentos urbanos como sejam as paragens de autocarro, mais não digo, para evitar os habituais epitetos de "racismo" e "xenofobia" quando o que queremos sublinhar nestes caso são as politicas de urbanismo, de construção de bairros de realojamento e a cultura de laxismo e de sub-desenvolvimento numa autarquia que promove acções de degradação urbana geradora de um mau estar urbano como é o caso dos grafitti .

Passo a citar:
Os moradores da Av. 1.º de Maio, no Fogueteiro, Seixal, viveram ontem uma madrugada de sobressalto. Um grupo de cerca de trinta jovens, residentes na freguesia da Arrentela, destruiu à pedrada as montras de vários estabelecimentos comerciais daquela artéria, minutos depois de ter abandonado à pressa o bairro do Jamaica, situado nas imediações do local dos distúrbios. »

a-sul 15 de Maio de 2008 (...)

« A proposta dos compradores em acordo com a Câmara do Seixal é retirar aquelas pessoas para outro local numa fórmula de realojamento - à custa do erário publico - libertando aquele terreno central , em malha urbana valorizada , para construção - privada - de luxo .

"Contrapartida" dada à autarquia para realojar... 500 mil euros... isto para construírem 170 fogos de luxo ... ou seja se dividir os € 500.000 por os 170 fogos de luxo, significa que a URBANGOL/Gomes Alho teria só que encarecer os seus apartamentos em 3352 EUROS (imagine o negócio..) para além disso a vizinha Urbanizaç
ão da Mata (que há anos está por vender) viria finalmente retorno do seu investimento....

Isto para além de depois quem vai construir o tal bairro de realojamento (até podem ser os mesmos) , não em terreno urbano, mas ou em terreno Industrial como a Cucena ou agrícola e florestal, como a Flor da Mata, basta querer construir.... com a propriedade de um terreno que de "sem valor" passa a urbano para encaixar o valor investido, uma vez que garantidamente os apartamentos construídos sob estes protocolos , são asseguradamente comprados ... pela autarquia ! »

1 comentário:

Daniel Geraldes disse...

Novo Blog Geração de Oitenta, de discussão politica!!!