sábado, agosto 30, 2008

OS CAMPISTAS



Escapa-me a razão pela qual um grupo de cidadãos troca o conforto de suas casas por uma tenda de nylon , instalada espacialmente entre centenas de outras como se fosse uma cidade à imagem daquela de que fojem, sem privacidade, sem respeito ou em equilibrio com a natureza ou em contacto com esta.

Há no entanto décadas que terreno do direito público marítimo é ocupado na Costa de Caparica por individuos, organizados em colectividades que praticam esta actividade à qual chamam campismo, mas que nada tem a ver com o campismo em espaço natural (ordenado para tal) ou com dezenas de parques de campismo existentes em Portugal.


São no entanto grupo de pressão que tem retardado obras de reconversão, renaturalização e requalificação das vastas àreas onde se inserem, obrigando mesmo abusivamente a ser-lhes atribuído por via do Programa Polis , novos espaços (Pinhal do inglês) e a que , por causa da erosão costeira tivessemos assistido a recursos gastos na sua protecção nos Invernos passados.


Só podem ser no entanto um grupo que se acha à parte do cidadao comum , e com direitos a ocupar um espaço que é de todos como se lhes assistisse uma vantagen diferente de forma vitalicia hereditária e inquestionável.

Vem isto a propósito do coro de carpideiras campistas que tomou corpo na contestação às obras de defesa costeira levadas a cabo pelo INAG neste mês de Agosto e que parece incomodar os referidos cidadãos.

Não se trata de questinar o valor ou a perenidade ou eficácia da obra , resultado que só o futuro dirá , mas tão só de se sentirem incomodados com os trabalhos e por secções de costa de cerca de 500 - 1000 m terem de ser faseadamente interditados ao público ... isto numa linha costeira que dispõe de alternativas de vários quilómetros...

Senhores campistas, não é razão maior por exemplo preocuparem-se com uma explosão de uma botija de gás ou um incêndios na promiscuidade desses parques que tanto estimam ?

Ou pretenderão que trabalhadores arrisquem depois as suas vidas no Inverno a remediar as obras que tanto os incomodam nalguns dias deste Verão ?

FRANCAMENTE!!!

5 comentários:

Edward Soja disse...

Apoiado!

Porque é que não havemos nós, não campistas, de nos erguermos também como um grupo de pressão e reivindicar que saiam de lá e suportem as obras - que, no fim de contas, já que eles parecem querer viver ali para sempre, são para eles... - ?

É rua com eles!
E não vamos ser nós a despejá-los. Vai ser a aguinha. Como aquela que vemos na foto.

Muito bom artigo.
Abraço.

Anónimo disse...

extraordinário a-sul....e depois ainda criticamos a CDU pela desinformação!!!
Então quer dizer que se não fossem os parques de campismo, não se estava a proceder aos reforços dos esporões ou a colocar areia...
Quando se exige seriedade, temos tb que ser sérios.....
Nuno Ribeiro

Anónimo disse...

O Nuno devia aprender a ler!

Anónimo disse...

"São no entanto grupo de pressão que tem retardado obras de reconversão, renaturalização e requalificação das vastas àreas onde se inserem, obrigando mesmo abusivamente a ser-lhes atribuído por via do Programa Polis , novos espaços (Pinhal do inglês) e a que , por causa da erosão costeira tivessemos assistido a recursos gastos na sua protecção nos Invernos passados."

Caro anónimo, quanto muito deveria aprender a interpretar, porque a ler qualquer um sabe....
Então peço ajuda para a interpretação. O a-sul quando diz na sua protecção quer dizer protecção dos campistas e não da costa.
É porque nas praias da frente da Costa (onde não há parques), da praia do CDS à Nova praia, existe tanta ou mais erosão do que nas zonas dos parques...

Nuno Ribeiro

Ponto Verde disse...

Caro Nuno Ribeiro, não desconverse, quem RETARDA que eu saiba, não FOMENTA e sabe muito bem o que eu quero dizer, também em relação CDU e à ANA cordialmente.