quinta-feira, fevereiro 14, 2008

CAPARICA POLIS ; UMA OPORTUNIDADE!



A eternização no poder da CDU na Margem Sul baseia-se num mar de equívocos , muita propaganda e alguns mitos.

Dentro desta última classe tem sido útil à manutenção do poder por parte da CDU e à desculpabilização da sua ineficiência e inoperância no que se refere ao ambiente e qualidade de vida das populações , a criação do inimigo externo como causa de todos os males e de todas as perversões nas boas intenções do PCP.

É óbvio que o inimigo externo a abater é o denominado "Poder Central" como se o PCP estivesse à margem , como se esta margem não estivesse tão perto desse poder como a capital o está ... a razão denunciada de todos os males está em si nos Governos, em todos os governos de todos e quaisquer partidos que não incluam a clarividência da CDU.

Logo, tudo o que é feito... é consequência do empenho dos exemplares autarcas CDU, tudo o que não é feito... é culpa do Poder Central que "não investe na Margem Sul" , que não olha para a Margem Sul, que quer prejudicar a Margem Sul!!!

Inocentes de toda e qualquer critica está claro está a CDU , já que a culpa é sempre dos outros...

É muito curioso ver diáriamente exigências de deputados e outros eleitos do PCP em autarquias onde ,ou estão em minoria, ou nem sequer estão representados , não aplicando o mínimo dessas exigência nas autarquias por si geridas, é a velha história do "faz o que eu digo , mas não olhes para o que faço"...

A que propósito vem isto ? Bom vem a propósito da discrição com que são geridos investimentos do "mau" poder central na Margem Sul, lembro nos últimos anos , o alargamento da ponte 25 de Abril , comboio FERTAGUS até Setúbal e ligação à linha do Sul (e do Norte) , alargamento da A2, Construção do IC 32, Ponte Vasco da Gama , o Metro Sul do Tejo...agora o projecto do Novo Aeroporto de Lisboa ... não querendo ser exaustivo, não me parece mau o investimento dos Governos na Margem Sul ...

O que têm aproveitado os autarcas desta banda ?

Bom, face às acessibilidades e meios de transporte...têm betonizado, massificado a paisagem, permitido que a mancha de betão se alastre em mancha de óleo ... é isso que têm feito... de resto têm deixado degradar o espaço urbano e natural, têm abandonado o património histórico construído e ignorado e violado normas de protecção ambiental ... em suma , não tem havido um investimento dos municípios em complementariedade e acompanhando a dinâmica de investimento quer do Estado quer da União Europeia, nomeadamente em questões tão essenciais como o saneamento básico .

O espaço urbano da Margem Sul está degradado, está mal cuidado, não tem qualidade, por isso as obras que estão a ser feitas a propósito do programa POLIS , nomeadamente no Barreiro e na Costa de Caparica (apesar de não gostar de algumas das soluções encontradas) , são uma lufada de ar fresco fundamental à revitalização ... vejo um enorme trabalho e investimento do Estado (Todos Nós) nessa obra de renovação urbana na qual o silêncio das autarquias e dos autarcas é ensurdecedor, no mesmo local onde há um ano apareciam nos noticiários a criticar o mesmo governo e as mesmas instituições...

Será que as autarquias, nomeadamente a de Almada vão acompanhar o investimento ali feito via Polis para algo mais do que alimentar uma vez mais a especulação imobiliária ?

Olhando para o resto da Costa, nomeadamente o mega Bairro da Lata a nascer aos olhos de todos ali perto da Via Rápida... mas longe das vistas da autarquia...

Duvido !

Quem será que vão culpar desta vez?

8 comentários:

Anónimo disse...

Polis ‘limpa’ frente de mar
Restaurantes em perigo na Caparica

A caldeirada de peixe, o prato mais típico da Costa de Caparica, corre o risco de poder deixar de ser servido nos restaurantes da primeira linha da frente de praia devido às limitações das futuras instalações dos chamados apoios de praia. A decisão de demolir restaurantes como O Barbas ou o Carolina do Aires é contestada pelos seus proprietários. Dizem que os novos espaços não têm condições para instalar cozinhas ou armazéns e queixam-se também dos preços das concessões, que atingem os 250 mil euros por um período de nove anos.

Carlos M. Martins
Por pressão dos comerciantes, o Polis só começa a demolir em Março, depois de os apoios de praia ficarem concluídos
Por pressão dos comerciantes, o Polis só começa a demolir em Março, depois de os apoios de praia ficarem concluídos
A Sociedade Costa Polis disse ao CM que “é sensível às preocupações manifestadas por alguns concessionários, estando neste sentido a avaliar algumas propostas”.

Esperando que lhe expliquem como no futuro irá preparar uma sardinhada ou uma feijoada de gambas, António Ramos, conhecido por Barbas, dono dos restaurantes “O Barbas” e “O Bento”, disse ao CM que “para substituir as instalações actuais a Costa Polis previu no plano a atribuição de três apoios de praia, todos com 80 metros quadrados de zona coberta e 150 metros de esplanada”. “É muito pouco”, considera e avança com comparações: “Oitenta metros quadrados é menos espaço do que a cozinha que tenho actualmente no O Barbas. Onde é que eu vou arranjar espaço para sentar as pessoas no Inverno?”,

Anónimo disse...

O extenso areal de 18 quilómetros que vai da Cova do Vapor até à Fonte da Telha integra as praias mais procuradas da região de Lisboa, atraindo dez milhões de visitantes por ano. A cidade da Costa de Caparica apresenta, contudo, um quadro urbano bastante degradado e sem soluções para trânsito e estacionamento, situação que levou à intervenção do Polis.

Apresentado em Julho de 2001, o Polis da Costa de Caparica prometia ficar concluído em 2006. A recalendarização promete agora fim das obras para 2011, cinco anos mais tarde. É o mais ambicioso plano deste tipo, pela extensão (650 hectares) e pelo investimento, que ronda os 200 milhões de euros.

A concretização do Polis é complementado pelo reforço de areia das dunas. Em 70 anos, o mar avançou 400 metros na Caparica. Este ano um bar foi destruído pelo mar, depois de o mesmo suceder a oito em Fevereiro de 2003. Em 1965, o primeiro restaurante Carolina do Aires foi derrubado pelo mar

O enchimento de areia das praias de Caparica obriga à interdição destas. A obra, a cargo da empresa dinamarquesa Rhode Nielsen e com um custo de 2,8 milhões de euros, permite a descarga de dois mil metros cúbicos de areia a cada período de quatro horas. A primeira praia intervencionada é a do Primoroso. Seguem-se a do CDS, Santo António, CCL, Inatel, Kontiki, Palmeira e Sabor.

Anónimo disse...

Bairro social junto à praia. O que dá o Estado aos contribuintes que acumulam o pagamento dos seus impostos com a prestação do empréstimo bancário para pagar a sua casa durante 30 ou 40 anos? É por causa destas injustiças que os partidos de extrema direita, infelizmente, estão cada vez mais a ganhar simpatizantes.

Anónimo disse...

A Câmara de Almada durante anos entregou a Costa ao abandono porque a Junta era do PSD, tão simples quanto isso, por isso transformou um refúgio de férias num suburbio.

Anónimo disse...

...e o processo de favelização actualmente em curso parece ser a sua última esperança de a conquistar...

Anónimo disse...

para os autarcas CDU já não era nada mau que o governo cumprisse a lei de financiamento das autarquias, e no caso particular do concelho de Almada e do "mega Bairro da Lata a nascer aos olhos de todos ali perto da Via Rápida" era muito bom que o ponto verde escrevesse a verdade sobre quem construiu e abandonou os bairros amarelo, branco e cor-de-rosa, por exemplo.

sobre as vias de comunicação na margem sul, basta comparar com as existentes a norte de Lisboa para se perceberem as diferenças de investimento.

mas pronto, o Cacém, a Amadora, Oeiras ou Sintra é que são bons exemplos de urbanismo...

Anónimo disse...

Acho engraçado que apesar de achar este blog moribundo venha aqui regularmente fazer publicidade ao seu blog, não vejo qualquer problema nisso, mas julgo que bastava fazer referência ao novo post e quem quisesse ia ler o restante, cada qual faz o que bem entende, na minha opinião não é a forma mais correcta.

Quanto ao que por aqui escreveu, depreendo que Portugal com excepção da Margem Sul é um paraíso, bem é a sua opinião, a minha como decerto saberá é bem diferente, assim como será também a de milhões de portugueses por esse país fora, Portugal está muito longe de ser um paraíso na terra, com dificuldades que todos conhecem e a Margem Sul como uma parte bem importante do país também não é excepção. Na minha opinião e apesar das dificuldades sentidas pelo nosso País o bom trabalho desenvolvido pelos autarcas da região depois do 25 de Abril permitiu um grande desenvolvimento da Margem Sul e permitiu atenuar as dificuldades causadas, pela péssima opção dos nossos governantes a destruição do nosso aparelho produtivo, que penalizou fortemente a Margem Sul, por exemplo um dos responsáveis pela destruição do nosso aparelho produtivo, Durão Barroso afirmou o seguinte: «Fome e as bandeiras negras, de há uns tempos atrás, deram agora lugar a um grande desenvolvimento, grande parte devido à intervenção dos municípios, e à participação de uma população muito jovem e activa»

Mas com isto não quero dizer que não haja trabalho para fazer na Margem Sul e que por cá vivemos num paraíso, nada disso, existe ainda muito por fazer e espero que o poder local democrático (infelizmente PS e PSD querem que o deixe de ser democrático), juntamente com as populações, continuem a aproveitar as potencialidades da região, para permitir um melhor desenvolvimento desta e um maior crescimento do país.

Ainda há poucos dias ouvia dizer que na região do Grande Porto a taxa de pobreza era o dobro do resto do país, será que a culpa também é dos autarcas do PCP?

Anónimo disse...

Acho engraçado este PP dizer que o joão Figueiredo vem aqui fazer publicidade ao seu blog, quer dizer que o João Figueiredo não pode comentar?