sexta-feira, fevereiro 15, 2008

CAPARICA DE HOJE ; A OUTRA FACE




Se por um lado temos investimentos avultados do governo quer em relação à área de intervenção do Programa POLIS quer por meio do INAG na estabilização do paredão e enchimento das praias com areia, por outro e por parte da autarquia mantém-se a inércia e nenhuma obra está a decorrer no sentido de acompanhar na Vila da Costa , a revitalização tentada na frente de praias.










Antes pelo contrário, a Costa de Caparica atingiu o patamar máximo de degradação urbana e social, basta ver o que a autarquia está a permitir acontecer nas Terras da Costa onde há locais em que as hortas (consideradas por alguns um entrave ao desenvolvimento) estão a ser tomadas de assalto por abarra
camentos que nada têm a ver com a nossa cultura ou com um destino turistico.









É grave esta "favelização" da Costa da Caparica (termo deixado num comentário ao post de ontem) , tão mais grave porque ela não parece ser, nem inocente , nem inconsequente e parece sim fazer parte de um plano mais amplo de devastação da paisagem ignorando, como é hábito os mecanismos de protecção ambiental e as leis do urbanismo.


Por outro lado não faz sentido, nem é digno do nosso país nem dos almadenses , que ensanduichadas entre o luxo da urbanização e Hotel dos Capuchos e a renovada frente de praias, a autarquia responsável pelo urbanismo permita que cidadãos residam em condições infra-humanas...possivelmente para justificar mais uma intervenção de carácter "social" dando dinheiro a ganhar com construção e com alteração de uso do solo , a algum urbanizador e ao mesmo tempo pondo em cheque a intervenção do POLIS...

É isto um destino turistico europeu?




5 comentários:

Anónimo disse...

A margem principalmente na zona de almada/seixal está a tornar-se num verdadeiro barril de pólvora com guetos por todo lado. E os criminosos beneficiam com a incompetência das câmaras municipais de Almada e Seixal para continuarem a cometer crimes e esconderem-se nos bairros de lata existentes que crescem a olhos vistos. Alguém tem de por a mão nisto...

Anónimo disse...

O comentário anterior é verdade .Eu sou morador em Corroios. Em Santa Marta do Pinhal há um bairro de barracas que é um centro de droga. Toda a gente sabe disso. As pessoas desse bairro já deveriam ter sido realojadas há muito tempo mas a verdade é que ainda se encontram lá. As rusgas nesse bairro têm sido muitas e as detenções e apreensões de droga também. Alguém faça alguma coisa!

Anónimo disse...

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei comisso
Eu não era negro.

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu não sou operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou um miserável.

Depois agarraram uns desempregados
Mas como eu tenho o meu emprego
Também não me importei.

Agora estão-me levando
Mas já é tarde.
Como não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

BERTOLD BRECHT (1898-1956)

Anónimo disse...

Fantático o descrito pelo anónimo!
Esta é a grande realidade, infelizmente, sempre o comodismo e a indiferença pelos outros.

Anónimo disse...

O poema do Bresht não tem aqui cabimento e só serve para desculpar outra coisa, a exploração , exposição e gestão da miséria de uma forma ideológica pela CDU.