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quarta-feira, agosto 30, 2006
A INDIA NA MOITA, O TERCEIRO MUNDO NA OUTRA BANDA - 2
A Imagem mostra a praia fluvial do Rosário na Moita, em frente é visivel o estaleiro de desmantelamento de navios do Cais Novo. Nem um aviso do perigo que se corre ao tomar banho naquelas águas. Uma criminosa omissão.
Ontem abordou-se aqui o tema do desmantelamento de navios na Moita, uma actividade criminosa do ponto de vista ambiental uma vez que não estão acautelados procedimentos e controlos que permitam garantir a salvaguarda do estuário do Tejo , o mesmo acontecendo à faixa da margem ocupada por aquele estaleiro.
Denunciei uma actividade, não atribuí responsabilidades, alertei para um grave dano ambiental, não julguei quem o faz, nem quem o permite, disse tão só que aquela actividade só se faz em países onde o controlo ambiental não existe ou é quase nulo, se a autarquia da Moita tem ou não responsabilidades naquela instalação nem sequer me interessa, e acho irrelevante, agora não é um problema que diga só respeito à Moita, mas também a todas as outras autarquias do Estuário, mas também não diz só respeito ás autarquias do Estuário , é um caso bem mais vasto, diz respeito ao país... o que estranho é o ensurdecedor silêncio de toda esta gente... a começar pela autarquia...
Não percebo pois a razão de tantos comentários contra esta denúncia, se calhar é por ter tocado num ponto tabu para as autarquias CDU da Região.
Agora pergunto:
- Porque razão os autarcas CDU ("Verdes")não se empenham em denunciar a situação, a pôr um fim a este estranho caso?
- Será que a deputada Helóisa desconhece tal situação?
- Porque razão se opõem a quem denuncia ?
- Tem o PCP interesses partidários ou outros naquele estaleiro terceiro mundista de desmantelamento de navios? (Espero que não!)
Agora numa coisa a autarquia da Moita é responsável, por não avisar os perigos que se corre no seu concelho, ao tomar banho nas suas praias fluviais, ali a escassas centenas de metros do Cais Novo onde a Margem Sul se confunde com o Terceiro Mundo.
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5 comentários:
Julgo que as respostas que serão colocadas a este post versarão novamente o tópico “a culpa é dos outros”. Nada do que está mal nas nossas vilas e cidades pode ser responsabilizado às autarquias. Há bairros de lata, a culpa é da economia. Há delinquência e insegurança nos bairros, a culpa é da GNR ou da PSP. Há congestionamento de trânsito e redes de transportes ineficientes, a culpa é do Instituto de Estradas ou das transportadoras. As escolas estão degradadas ou são insuficientes, a culpa é do Ministério da Educação. Os espaços verdes, jardins e parques são inexistentes ou sofreram uma mutação para vazadouros de entulho e lixo, a culpa é dos construtores imobiliários. Há esgotos a céu aberto, a culpa é do Ministério do Ambiente. A existência de indústrias que actuam como poluentes ou predadoras do meio, como areeiros e sucateiros, são culpa dos respectivos donos. As linhas de água são sufocadas por detritos e descargas ilegais, a culpa é das empresas que os usam como esgoto. As matas ardem, onde ainda as há, a culpa é dos proprietários. Nunca nenhum dos problemas das nossas terras, das zonas onde moramos, é consequência directa da actuação, ou da omissão de actuação da nossa autarquia. Depreende-se então que estes organismos, sendo assim tão incapacitados para nos defender destes males, sirvam só para receber fundos comunitários, impostos municipais, cobrar taxas de licenciamento e patrocinar festarolas e arraiais. A perpetuação das dinastias autárquicas explica-se assim pelo mote “a culpa não é nossa”. A mim parece-me, bastante degradante observar um poder autárquico cujo forte é, há 25 anos, fazer alarde de um conveniente “complexo de Calimero”, em que a culpa de tudo é sempre dos outros.
Não me levem a mal, mas tanto o ponto verde como o José tem razão em algumas coisas mas, apenas insistem em direccionar as responsabilidades para a autarquia e assim meus amigos demonstram tudo. Para este peditório já dei.
O senhor anterior é que insiste em apontar todas as denuncias feitas aqui e noutros lados para as autarquias. Armam-se as autarquias em vitimas, as denúncias são (sempre) injustas e está o assunto resolvido.
- São só boatos, é só fumaça, continuem assim que vão longe!
O opinador NCavaco leva uma orelha cortada rente no Alhos Vedros ao Poder
sobre este assunto, com base em declarações em publicações oficiais da própria CMMoita.
Mas como o problema deve ser da capacidade de recolher informação muito antiga (de 2002 vejam lá!), guarda-se o corte da segunda orelha para os próximos tempos.
AV1 (o comentário anterior tinha a referência errada, fui eu que o apaguei)
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