segunda-feira, agosto 11, 2008

FÉRIAS ACTIVAS - DESAFIOS (1)


Uma pequena li
ção sobre compostagem , um projecto que pode iniciar nas suas férias , e que reduz significativamente o volume do seu lixo doméstico e que o transforma numa mais valia.

A li
ção é-nos dada pelo Blogue Quinta do Sargacal e é este o desafio:

Os materiais orgânicos que podem ser compostados, podem ser classificados simplesmente em “verdes” e “castanhos”. Os primeiros com uma maior proporção de azoto, os outros uma maior percentagem de carbono. Deve-se tentar obter ambos na mesma proporção, para uma compostagem óptima, mas não é estritamente necessário.

Materiais verdes
Legumes e hortaliça
Restos e cascas de frutos
Cascas de frutos secos
Borras de café
Cascas de ovos esmagadas
Folhas e sacos de chá
Cereais

Materiais castanhos
Palha
Aparas de madeira e serradura
Relva e erva seca
Folhas secas
Ramos pequenos
Pequenas quantidades de cinzas de madeira
Papel triturado (jornal em tiras ou as fitas que saem dos destruidores de documentos)

Não devem ser compostados excrementos de animais que possam conter microrganismos patogénicos que sobrevivam ao processo. Eu, junto excrementos de galinha. Também é de evitar juntar ervas daninhas já com semente (algo praticamente impossível no Sargaçal).
Li muito sobre dispor os elementos verdes e castanhos em camadas sucessivas, mas agora a tendência é misturar tudo, que é o que eu faço. Existindo, pode-se juntar um pouco de composto pronto, para iniciar o processo mais rapidamente. Deve-se adicionar os materiais de uma vez, ou gradualmente até mais ou menos um metro de altura. A última camada deve ser de material castanho, que isola a pilha, eliminando possíveis odores (que em princípio nem devem existir) e insectos indesejáveis. A pilha deve-se manter húmida, mas não encharcada.

Segundo a The HDRA Encyclopedia of Organic Gardening, um dos problemas com a compostagem caseira é o excesso de verdes, pois normalmente para o compostos vão cortes frescos do jardim e restos vegetais da cozinha. O conselho é adicionar papel, que é o que tenho feito, pois já detectei esse problema. Adiciono regularmente papel às tiras.
Para acelerar o processo, pode-se revirar regularmente a pilha. Colocando os materiais que estavam por cima em baixo e vice-versa. Repetir o processo de 15 em 15 dias.
Numa pilha estática, o composto estará pronto a usar ao fim de seis meses a um ano. Numa pilha revirada, diria que em três meses há composto.

Depois de pronto, o composto não se degrada mais. Considera-se pronto, quando todos os componentes iniciais não são reconhecíveis. O cheiro é de terra fresca. Maravilhoso.
Quando o composto está pronto, deve-se retirá-lo da pilha de compostagem e deixá-lo em repouso durante duas a quatro semanas, principalmente se for para aplicar em plantas sensíveis. É a fase da maturação.

Problemas
Se o processo se apresentar demasiado lento, deve adicionar verdes e revirar a pilha.
Se cheirar a podre, pode ter humidade em excesso, deve adicionar materiais secos e absorventes, como folhas, serrim ou palha.
Se cheirar a amónia, tem demasiados verdes (excesso de azoto), deve-se adicionar castanhos.
Se a pilha estiver demasiado compacta, deve diminuir a altura e revirá-la.
Se a temperatura da compostagem for demasiado baixa, talvez a pilha esteja demasiado pequena. Se o clima for muito frio, deve-se aumentar o tamanho da pilha e isolá-la com palha.

Utilização
O composto é geralmente aplicado uma vez por ano, na altura das sementeiras. É preferível aplicá-lo na Primavera ou no Outono, altura em que o solo se encontra quente. No Verão seca demasiado e no Inverno, o solo está demasiado frio.

Se tiver apenas uma pequena quantidade de composto, espalhe-o por cima da terra na vala onde pretende semear. Se tiver composto em quantidade, pode espalhá-lo em camadas de um a dois cm de espessura misturado com o solo, mas sem enterrar. Pode também usar o composto nas caldeiras das árvores. Nesse caso, espalhe o composto em camadas de dois cm à volta das árvores e não misture com o solo.

Se pretender usar o composto em plantas envasadas, não coloque mais do que 1/3 do composto por vaso. Misture 1/3 de composto com 1/3 de terra e 1/3 de areia, para obter um bom meio de crescimento para as suas plantas.

A cobertura ou “mulch” é um tipo de material colocado sobre o solo para evitar o crescimento de ervas daninhas e manter a humidade, prevenir a erosão, ou simplesmente como cobertura atraente para o solo. Composto e restos de jardim triturados constituem excelentes coberturas orgânicas.

Bibliografia
The HDRA Encyclopedia of Organic Gardening
Compost.org (Canadá)
Composting at Home (Metro-region)
Composting and organic recycling (Connecticut)
Também um excelente texto, do qual não me lembro a proveniência, mas julgo que é da Universidade Católica.

Outros sites adicionados posteriormente:
How to Compost
O melhor composto de sempre na “Organic Gardening”
Master Composter
Vermont Master Composter
Compostagem no Departamento de Agricultura Norte Americano
Compost Guide
What Kinds of Things Can I Compost?
Centro de Demonstração de Compostagem (C.D.C.)

Como não é possível compostar a incompetência autárquica :

PROTESTE pela qualidade de vida que lhe negam ter , Não se abstenha nas próximas eleicões !
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Do Mundo real , um excelente artigo de José Carlos Guinote no Le Monde Diplomatique sobre Urbanismo...politica de solos e Corrupção (clique).

1 comentário:

Anónimo disse...

A câmara do Seixal tem uma campanha de apoio à compostagem . CDU à frente da defesa do ambiente não recebe lições de um ponto anti-comunista.