De momento corremos atrás da crise, das consequências, num árduo , frenético e titânico esforço para salvar os empregos, remendar a economia, , etc, etc.
Todo o esforço nacional e mundial centrado nas consequências, tapando buracos e procurando investir os últimos recursos existentes ( os dos estados) a tentar evitar o que é inevitável, a evidente convulsão mundial.
O sistema que gerou a actual situação, o ultraliberalismo que nos conduziu a esta situação, esse continua intacto, e se destruiu sucessiva e paulatinamente todo o sistema económico, se o sugou até à última, continua pronto a sugar os últimos recursos, ou seja os de todos nós contribuintes, os dos estados.
Revertendo para a história do cavalo do inglês que morreu quando já se tinha habituado a não comer, os balões de soro que lhe possam estar a ser aplicados para o aguentar mais um bocado, para esses também o dito inglês(ou inglês ou o que quer que seja, o dinheiro não tem pátria) arranjou maneira de o subtrair.
Não! Não há tempo para olharmos para as causas, o que é urgente não nos dá folga para pensarmos naquilo que é importante- não nos afundarmos amanhã... talvez para a semana...talvez nos aguentemos mais um mês! Mas quando tivermos do esgotado todos os recursos, depauperados teremos de parar à beira do precipício e talvez consigamos ver que sem resolver as causas, aquilo que é importante, de nada nos serve acudir aos sintomas.
Até quando isto se irá prolongar, até quando estes balões de oxigénio vai aguentar o moribundo?
Está bem! É o sistema financeiro internacional do liberalismo selvagem, a desregulamentação, os dos princípios...sim pode ser que seja, mas as pequenas coisas , todos os impecáveis normativos anulados por dezenas de regulamentos e portariasazecas á medida, aquilo que nos está próximo e é quotidiano, favorecendo uns ...e quero lá saber dos outros!
Está bem!Berramos contra os offshores, mas negociamos com eles e não perdemos pitada das migalhas que nos possam cair nos bolsos.
Bom, esperemos que a globalização que nos trouxe essa rapidez incrível de construir castelos no ar, nos traga com a mesma velocidade à realidade de que tratar com urgência os sintomas, não vai a lado nenhum se não resolvermos aquilo que é importante.
Por Antónimo