Agora temos Natal durante mais de dois meses, começa no início de Novembro e extingue-se bem depois do Ano Novo, as novas regras do comércio, ou da crise assim o determinam, claro que na véspera de Natal já não há paciência para o Jingle Bells ou para a Silent Night.
Se ainda se compreende o desespero que vai para os lados das catedrais do consumo, não se compreende, nam muito menos há pachorra para que o "espirito" natalicio invada o espaço das nossas ruas com quase dois meses de antecedência , com milhões de luzinhas e um gasto absurdo de energia e com estruturas metálicas cónicas monstruosas a que chamam Árvore de Natal , geralmente baptizadas de "A maior..." de um lado qualquer.
Este ano Almada entrou na onda e resolveram plantar uma dessas estruturas monstruosas em pleno centro da cidade, atamancada entre as obras do Metro e os prédios de habitação da Praça da Renovação.
Olhar para aquilo é um verdadeiro exercício de inversão da escala urbana , e humana, uma aberração em termos de localização e de dimensão , mas os grandes decisores assim o decidiram, os grandes arquitectos acharam que ficava ali bem e a conta de tudo aquilo , electricidade incluída há-de-se diluír em mais um negócio qualquer, se calhar com direito a algum fogo-de-artifício incluído.
8 comentários:
Em Almada entrou=se no delírio.
Na Margem Sul do Tejo, a noite foi de festa com a inauguração das luzes, em Almada. A cerimónia teve lugar na Praça do M.F.A., com a iluminação de uma árvore com trinta metros de altura.
O pinheiro de Natal encerra ainda a curiosidade de, a cada meia hora, lançar neve a partir do seu topo.
E que se lixe o efeito de estufa com mais umas toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera.
realmente é muito bonito! mas tanta gente k precisa dum pedaço pao p comer, vao gastar dinheiro em iluminação
A Presidente da Câmara de Almada só fala nos que passam fome quando quer autopromover-se.
Neste momento está mais interessada em limpar o rosto de toda a porcaria que fez em Almada e confortar alguns comerciantes, enganando-os com estes actos para sua promoção pública.
Chegarão a acordar, dos entorpecentes e anestésicos camarários, os comerciantes que restam?
Depois de ter morto o centro de Almada, a CDU tem a lata de colocar uns cartazes a convidar adescobrir FINALMENTE o VERDADEIRO CENTRO COMERCIAL DE ALMADA , isto só pode ser a gozar.
E quando se deu o click para iniciar a caida de neve, clamava o speaker de serviço para o pagode, "gritem neve, neve, neve", mas a malvada da neve não apereceu.
Foi o gozo geral.
Já foi instaurado um processo disciplinar á neve.
Fernão Ferro também já começa com as suas decorações de Natal na rua.
Como fã do Paulo Carvalho e das suas cantigas, só posso defender que Natal é sempre que o homem quizer, pode ser em Março ou em Setembro.
Mas aqui a história é outra, é a do consumismo puro e simples. O que me diverte imenso são os comentários dos comerciantes, todos dizem que este ano está pior do que o anterior.
Uma das "qualidades" atribuidas aos portugueses é de deixar tudo para a última hora, pois imagine-se que este fim de semana vi na televisão um comerciante do Porto a dizer que no ano passado já tinha vendido imenso por esta altura.
Gostava de o ver no próximo ano.
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