A população da Moita e o seu Movimento de Cidadãos continua , apesar de todo o desgaste que o "sistema" impõe, indeflectivel na defesa da sua terra. No início deste mês reuniu com a Governadora Civíl de Setúbal que segundo o Jornal Público :
« A governadora civil de Setúbal, Eurídice Pereira, confirmou ontem, através de uma porta-voz, que vai expor o caso da revisão do Plano Director Municipal (PDM) da Moita ao ministro do Ambiente e Ordenamento do Território. A decisão foi tomada após uma reunião com o Movimento Cívico Várzea da Moita, que tem vindo a contestar as principais orientações do processo de revisão do PDM, em curso há cerca de dez anos.
O movimento considera que o projecto do novo PDM "preconiza uma errada política de solos e um pior desordenamento do território concelhio", estando repleto de "ilegalidades". Segundo os moradores, está em causa um documento e uma estratégia que "vota ao abandono o miolo urbano das localidades, com zonas centrais envelhecidas e desertificadas", algumas das quais foram das mais belas do país e hoje são das "mais degradadas em termos urbanísticos".
Com esta revisão do plano, o movimento alega que 400 hectares de solos rurais, pertencentes à Reserva Ecológica Nacional e à Reserva Agrícola Nacional, vão passar a solos urbanos, passando a integrar novas zonas urbanizáveis.
Em comunicado emitido no início do mês, a associação ambientalista Quercus, considerou também que as alterações defendidas pela Câmara local "não corrigem os erros cometidos, mantendo-se uma tendência do PDM em fomentar a expansão urbana à custa da destruição de vastas áreas ambientalmente sensíveis e de elevado valor ecológico e patrimonial, até agora reservadas".»
Entretanto foi tornada pública nos últimos dias a posição da CCDR sobre a revisão do PDM da Moita, divulgada dias antes da Assembleia Municipal agendada para hoje (sexta-feira dia 21) e que segundo aquele movimento de cidadãos :
« O doc da CCDRLVt (que tem inconsequências e contradições internas graves, e que revela subliminarmente debilidades sensíveis e falhas gravíssimas na actuação em todo este processo por parte da CTA, da CNREN e por consequência da própria CCDRLVT), é legalmente mortífero para João Lobo, Rui Garcia, para as Empresas e Empresários ligados à CM Moita e seus Projecto de PDM e Protocolos.
E por ser legalmente mortífero para a Direcção política da CM Moita, é também é políticamente mortífero para ela, e para a maioria que a suporta.
Ou seja, a novela vai continuar , mesmo se toda a gente já viu qual o negócio, quais os objectivos a que se pretende chegar com as alterações propostas no PDM , mesmo se são expostas e tornadas públicas as alegadas irregularidades e falhas processuais a novela vai continuar minando a Democracia, a Justiça, o Estado de Direito , e as populações ...
Não se compreende que um documento tão ferido aparentemente de legalidade de irregularidade e seguramente de moralidade por todos , continue os seus trâmites no sentido de uma aprovação contra tudo e contra todos , ou numa tentativa desesperada de salvar a face a quem deu a cara por ele , politica e institucionalmente
É isto que a CDU entende como Trabalho , Honestidade e Competência ?
4 comentários:
E os PDM de Almada , do Seixal , de Alcochete , do Barreiro .... quanto mais betão quanta mais gente?
Aqui em Pinhal dos Frades saudamos o Movimento Cívico da Moita, a sua postura cívica e a sua luta. Solidários porque lutamos pelo mesmo fim , a defesa da nossa terra contra as arbitrariedades e o xico-espertismo de autarcas e betonizadores. Respeite-se a lei que TODOS devemos respeitar.
Pois é o movimento não existe, só o António Ângelo é que acredita nisso, no concelho da Moita AA afirmou em Setembro de 2005 que a CDU iria ser castigada nas urnas por este PDM e a CDU saiu reforçada!
Palavras para quê?
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