A Câmara de Almada está muito à frente no seu tempo:
Vem apresentar a "Cidade da água", mas sem qualquer investidor que não o Fundo Margueira...
Sem qualquer sintonia com o Governo e face ao não ter investidores para o seu projecto vem propôr os Jogos Olimpicos (vá-se lá saber de quando) para Almada.
Sem sequer ter debatido o assunto com o Ministério das Obras Públicas ou com o Metro de Lisboa vem propôr uma ligação de Metro a Lisboa.
Sem ter falado com o Patriarcado, o proprietário do Seminário de Almada, do Santuário
do Cristo Rei e a entidade a quem os Almadenses devem ter ali ainda um espaço livre de
Betão, vem agora discutir publicamente o futuro daquele espaço...
O que se passa com esta autarquia? Perdeu o sentido do ridículo e do real?
A vaia monumental e os apupos que sofreu, em sessão publica, dos populares residentes nos bairros sociais no dia anterior ao debate do Cristo Rei é elucidativo da perda de credibilidade e do descontentamento da população.
Qual será o próximo passo?
6 comentários:
O desgaste de décadas à frente de uma autarquia é normal. Neste caso concreto, urge ocorrer uma mudança de rumo, porque este à muito que entrou em contramão.
A D.Emilia pode realmente gabar-se de ser uma negociante feroz e uma boa financeira, pois Almada apresenta níveis de liquidez invejáveis. Fora isso, a qualidade de vida é péssima e o ordenamento do território municipal uma calamidade. Ao nível do que pior existe em Portugal e mesmo Europa. Vejam a Costa de Caparica, uma cidade coberta de betão e com prédios que chegam aos 17 (!!!) andares. Com toda a água que entrou este inverno, virá daqui a ideia da cidade de água e suas torres?
Ah, e espero que o Ponto Verde aborde a reacção da C.M. Almada ao Plano de Ordenamento da PPAFCC, fortemente criticado pela autarquia, precisamente por restringir a construção!
Pelos vistos aqui há quem tenha o segredo para resolver tudo..
Diga de sua justiça..
Ou é só conversa de café?
Também escrevi sobre isso...
Parece que sim, deixaram de existir limites para o "excesso de sonhos" da Autarquia.
O grave é que todos estes projectos custam dinheiro e há alguém que vai enchendo os bolsos à nossa custa... mesmo que não passem de projectos...
Haverá melhor no Universo?
É a fuga para a frente.
Se acontece no Vale da Rosa, mais tarde ou mais cedo, acontecerá na Quinta da Princesa e noutros locais:
"Carlos Costa, presidente da Comissão de Gestão do Vitória, afirmou hoje, ao final da manhã, no Bonfim, que o processo do Plano de Pormenor do Vale da Rosa, que permitirá construir um estádio municipal e resolver os problemas financeiros do clube, «está tecnicamente aprovado».
«O processo não carece de aprovação do Conselho de Ministros porque está tecnicamente aprovado, cumpre todos os requisitos e ninguém o pode colocar em causa», disse o dirigente.
«Os planos de pormenor, face à nova legislação recentemente saída, não carecem de ratificação em Conselho de Ministros, mas terão de ter sempre, do meu ponto de vista e da minha interpretação da lei, o despacho do senhor primeiro-ministro», acrescentou Carlos Costa.
De acordo com o presidente do Vitória de Setúbal, após o despacho do primeiro-ministro, «o processo será remetido de imediato aos ministérios em causa (designadamente ao do Ambiente), que por sua vez o remeterão de imediato à Câmara Municipal de Setúbal», explicou."
http://www.sado2000.pt/noticia.php?codigo=47162B8A20A67
Não há melhor negócio que comprar terrenos de reserva agrícola ou ecológica por 10, e vendê-los urbanos e aprovadinhos para construção por 1000.
Haja tempo e paciência, e do nada se criam fortunas. É o exemplo do Vale da Rosa.
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