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terça-feira, maio 25, 2010
ALMADA - DEMAGOGIA PEDALEIRA
Quanto a Almada e prosseguindo a análise aqui começada ontem, a situação é ainda mais rebuscada do que no Seixal.
Foi construída uma ciclovia entre a Trafaria e a Costa de Caparica, mas a mania das grandezas tornou de um ridiculo a toda a prova quando a Câmara de Almada disse ter inaugurado , não a tal ciclovia real entre a Trafaria e a Costa, mas sim uma "ciclovia híbrida" entre Belém e a Costa de Caparica... isto porque considerava como troço ciclável, o percurso de cacilheiro...
É este ridiculo e esta mania das grandezas que publicita nos orgãos de informação autárquica , mais de duzentos quilómetros de vias cicláveis em todo o concelho, isto quando nem há uma ciclovia a ligar o centro de Almada ao Parque da Paz , isto quando se reconverteu o centro de Almada e todo o eixo principal da cidade, do Centro Sul a Cacilhas, esquecendo-se de criar um espaço para circulação de bicicletas, isto quando podia ter havido a opção de incluír uma ciclovia no espaço canal do Metro Sul do Tejo, como , desgarradamente , foi construído nalguns troços.
Tudo isto quando data já de 2007 um estudo da FCT/UNL/CM Almada eque estabelece como objectivos :
« De acordo com o diagnóstico apresentado, o referido Plano define os seguintes objectivos em
termos de Acessibilidades, Estacionamento, Espaços Públicos, Ambiente e Segurança:
1) Melhorar acessibilidade ao centro de Almada;
2) Evitar tráfego de atravessamento no centro de Almada;
3) Melhorar o serviço de Transportes Colectivos;
4) Melhorar a oferta para o estacionamento de residentes e de curta duração;
5) Limitar o estacionamento de longa duração e combater o estacionamento ilegal.
Os restantes objectivos prendem-se com o ambiente urbano, pretendendo-se:
1) Recuperar e valorizar o espaço público para os peões e clientes das actividades do centro de
Almada,
2) Diminuir o ruído e melhorar a qualidade do ar e reduzir o tráfego nas zonas residenciais, e
3) Melhorar a segurança dos peões, nomeadamente perto de escolas e nos atravessamentos
com maior volume.
Tendo em consideração os estudos realizados no PA 21 e o projecto de realização do MST, foram
definidas três medidas a serem alvo de análise numa perspectiva de mitigação das emissões de
GEEs: a) Política de estacionamento no centro de Almada; b) Gestão da procura de transportes dos grandes geradores de tráfego; e c) Construção de uma rede de percursos cicláveis. Procurou
enquadrar-se a selecção das Políticas e Medidas (PeM) com o Plano de Acessibilidades 21. »
Diz então o estudo , já com três anos ... e nenhuma consequência prática ... « Construção de uma rede de percursos cicláveis » , o que não é bem o mesmo que " construção de uma rede de ciclovias" , o que faz toda a diferença !
Note-se que há ainda um estudo mais antigo, feito pela Universidade Técnica de Lisboa (link) em 2004... HÁ SEIS ANOS ... ou seja , fazem-se estudos , comissões e avaliações, para que tudo fique na mesma...
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7 comentários:
Há pessoas, maus aprendizes de politica que só por acidente social chegaram a cargos autárquicos, que na sua desconcertante retórica demagoga e insensatez, vomitam disparates como esse dos duzentos e tal kms de vias cicláveis.
Onde estão?
Com gente pimba e sectária na autarquia não podiamos esperar coisas boas.
E eis como ficamos a saber que o proletariado almadense, sob iluminada liderança da Mar'Milla, acaba de anexar para o concelho a freguesia lisboeta de Sta Maria de Belém, indispensável para o seu espaço vital.
A torre de Belém passará doravante a chamar-se Torre do Associativismo Operário Unido e a fonte será arrasada para dar lugar a um monumento à ferrugem da autoria de um camarada artista do partido aprecisar de ganhar umas massas.
LOL , é a feira das vaidades e da mentira,vá a partir de hoje à feira da sustentabilidade no centro de Almada onde se elogiam as virtudes das hortas sociais , enquanto que na verdade a Câmara de Almada acaba com as hortas nas Terras da Costa.
Já vem um pouco tardiamente, em relação aos posts aqui colocados, mas não queria deixar passar mais uma prova da hipocrisia de uma falsa coligação, ou o melhor do velho ditado "faz o que eu digo, não faças o que eu faço".
“OS VERDES” DEFENDEM COMÉRCIO JUSTO E DINAMIZAÇÃO DA ACTIVIDADE AGRÍCOLA EM ALTURA DE CRISE
Discutem-se amanhã, dia 26 de Maio, na Assembleia da República, duas iniciativas legislativas do Grupo Parlamentar “Os Verdes”:
Projecto de Lei nº283/XI – Estabelece o direito de consumir local - Iniciativa que tem como objectivos apoiar a produção agrícola nacional, garantindo-lhe formas de subsistência, contribuindo dessa forma para o escoamento dos produtos nacionais. A prioridade à produção e ao consumo locais terá reflexos num novo paradigma na necessidade de transporte de produtos, contribuindo para a redução da emissão de gases com efeito de estufa e combatendo, a nível local, as alterações climáticas.
Pois é M, é por isso que nas autarquias onde são eleitos em "coligação" dão a terra de mão beijada ao grande capital do betão, bancos, offshores e quejandos. Até usam a GNR para carregar sobre os agricultores e destroem culturas e sistemas de rega.
Verdes ou melancias? Tenham juizo!
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