sábado, dezembro 09, 2006

NA MOUCHE - UMA PASTA À DERIVA





















































Há muito tempo
que não lia de fio a pavio no EXPRESSO , um artigo de Miguel Sousa Tavares com que me identificasse, sei que longe vão as sextas feiras do PUBLICO, e o tempo em que se dedicava menos ao romance e em defender-se da blogosfera. Esta semana, sobretudo na análise que faz deste Ministério do Ambiente, só lhe posso dar razão. Passo a citar:

"1 - Parece que há um ministro do Ambiente, mas não me consigo lembrar do nome dele. Não sei onde funciona, onde pode ser visto, quando será possivel escutá-lo, descobrir-lhe um pensamento, um atrevimento, enfim, qualquer coisa que faça prova da sua putativa existência" (...)

(...) já a co-incineração na Arrábida - que é Parque Natural para efeitos de proíbir uma casa de aumentar 20m2, mas já não é Parque Natural para consentir uma pedreira a céu aberto que cresce todos os dias, uma cimenteira e uma central de incineração de residuos tóxicos - e o homem sempre calado ; avançam , no Alqueva , no Algarve e na Costa Alentejana, todos os megalómanos projectos imobiliários em zonas de Reserva Nacional (RAN ou REN) , e ao abrigo da oportuna excepção dos PIN (Projectos de Interesse Nacional), que têm o dom de transformar especuladores imobiliários em patriotas, e ele ainda e sempre calado; prepara-se a aprovação da barragem do rio Sabor, com efeitos ambientais devastadores, e ele mudo ; suprime-se rectroactivamente, os subsidios aos agricultores que aderiram às medidas agroanbientais aprovadas por Bruxelas, e ele não acha que deva, ao menos, ser consultado; o país arde ou não arde, e ele não aquece nem arrefece. Não se podia poupar esta despesa? (...)

Com todo o respeito pela carreira académina do Prof. Nunes Correia , são cada vez mais os que pensam que srá mais um , na galeria dos dispensáveis ministros e secretários de Estado que tivemos da pasta, salvo duas ou três excepções!

2 comentários:

Anónimo disse...

Isto é um verdadeiro país de opereta, por quem é escolhido para ministro do ambiente já diz da importância que a politica reserva ao ambiente. A do Isaltino então foi de mestre.

Associação Por Boassas disse...

Isto é uma verdadeira vergonha nacional. Os governos mudam, mas o país continua a ser constantemente saqueado... Penso que as pessoas têm que se insurgir, cada vez mais, a nível local, contra este "fartar vilanagem" que nos arrasta a todos para o fundo.
Um abraço e bem haja pela acuidade e acutilância sempre presentes.
Manuel da Cerveira Pinto