domingo, junho 12, 2005

"AMBIENTE E IGNORÂNCIA" -A ARRÁBIDA


Pedreiras esventram a Arrabida entre o Portinho e Sesimbra e Sesimbra e o Espichel (na imagem), tal como a Secil no Outão! É um esgotar primário de recursos que tal como no Parque Marinho é preciso estabelecer regras num património que a Todos pertence, gerações presentes e futuras. - Large environmental problems at the Suth of Lisbon, enven a "Natural Park" in danger, tha Arrabida National Park

Face ao sucedido este fim de semana com o "arrastão" em Carcavelos, é conhecida a nossa posição sobre a politica de Bairros Sociais na Margem Sul , nesse dia do arrastão estivemos no Pica-Pau Amarelo e demos conta do que é entrar num guetto, hoje não vamos entrar por aí, pois muito se escreveu sobre o assunto nos jornais dos ultimos dois dias e recomenda-se a leitura, sobretudo do Diário de Noticias de hoje (12/06/05).

Neste Domingo, de fim de semana prolongado o a-sul gostaria de citar o Editorial de Sábado 11 de Junho do Diário de Noticias, da autoria de Pedro Rolo Duarte sobre o qual retiraram-se o titulo "Ambiente e Ignorância" e os seguintes excertos:

"Era previsivel: logo que o Governo anunciou, na semana passada, as medidas polémicas - mas necessárias e urgentes- de ordenamento da costa algarvia, do parque Natural da Arrábida e do Douro Internacional, a contestação popular e autárquica fez-se sentir das mais diversas formas (...)

Dos autarcas não se esperava outra coisa: os rendimentos das câmaras dependem, em larga medida, e lamentavelmente da construção civil, e a teia de interesses e negócios nas relações entre o poder local e os empresários deixa adivinhar que qualquer entrave ao "desenvolvimento" - de preferência pouco ou nada sustentado constitui uma machadada nesse mundo nem sempre claro e transparente.

Dos empresários e especuladores só podiam vir processos de intenções - em geral, não lhes interessa mais que o lucro fácil, e quanto ao país que deixam aos seus filhos, quem vier no fim que apague a luz.

Da população, principal beneficiária destes planos, talvez se pudesse esperar uma outra atitude. Mas será talvez ingénuo admiti-lo. afinal sucessivos Governos ignoraram a circunstância de haver uma politica generalizada sobre o ambiente e o desenvolvimento sustentado em Portugal (...).

Devemos, portanto, distinguir os protestos que se vão ouvindo: uns devem-se à sede desenfreada de dinheiro e a uma infeliz ambição empresarial; outros constituem o lastro de um analfabetismo de que nunca mais nos libertamos. Confundi-los e misturá-los interessa apenas aos criminosos do ambiente."Posted by Hello

3 comentários:

Anónimo disse...

Como é possivel uma paisagem tão bonita com uma cratera tão imensa?

Anónimo disse...

Relativamente ao Parque Marinho Luìs Saldanha, gostaria que os Srs me explicassem, em que base ciêntifica assenta a descriminação que vai proibir a Caça Submarina na àrea de todo o parque.

Já ouviram falar em desenvolvimento sustentável ?

Sabiam que na Caça Submarina temos limites de tamanho acima do obrigatório por lei e que antes de disparar podemos escolher ? Sabiam que o caçador normal, devido ás limitações físicas, não caça abaixo dos 10 mts ? Sabiam que para conseguir apanhar peixe é preciso uma grande disciplina ao nível da saúde e do desporto demorando a evolução muitos anos ?

Anónimo disse...

Esta ignorância vai levar-nos a um ponto em que a nossa vida comum será insustentável e depois as medidas terão de ser rígidas e duras.

A ignorância das pessoas e das instituições locais e centrais faz com que a letra de Jorge Palma, do início dos anos 80 ainda hoje faça sentido (talvez ainda faça mais do que então):

"Ai Portugal, Portugal. Do que é que tu estás à espera ? Tens um pé numa galera e outro no fundo do mar....."

As pessoas é que ainda não repararam.. mas o pé que estava no fundo do mar em 80 está hoje mais enterrado.....