domingo, abril 10, 2011

COMO CHEGÁMOS AO FUNDO (2)


Leiam, lá está tudo , das célebres "Parcerias que todos fazem" , ao Metro Sul do Tejo e outros delírios ...

"Através da leitura ficamos por exemplo a saber que Portugal tem 13740 institutos públicos, mas que só 12,55% apresentaram contas em 2009, tendo apenas 418 relatórios de contas sido fiscalizadas pelo Tribunal de Contas nesse ano; que desde 2008 o cantor Tony Carreira recebeu à conta de 13 concertos dados um total de 600.000€ em ajuste directo; que a entidade responsável por gerir a frota do Estado está desde 2006 a tentar saber afinal que trabalho faz, pois ainda não conseguiu contabilizar os veículos que efetivamente estão sob a sua alçada; ou que o reformado-tipo da função pública é homem, com 60-69 anos, reformado das administrações central, regional e local e aufere a pensão de 1240€.

Além da identificação dos problemas, a empreitada “estado do Estado” a que o Diário de Notícias se dedicou, incluiu também a assunção de responsabilidades no contributo para a discussão da resolução do problema, algo feito através de debate e entrevista com especialistas em Economia e Finanças Públicas, num evento que o diário promoveu após a publicação dos resultados da sua investigação e que, no essencial, o livro também transcreve, em epílogo. (O DN disponibiliza aliás o debate, em vídeo neste link.)

No global, “O estado a que o Estado chegou” é uma ilustração rica e cativante do Portugal efetivo que criámos nas últimas décadas e que deixa o valioso contributo de contribuir para a clarificação daquilo que é, na nossa necessária (atualmente premente) senda de pensar e criar aquilo que Portugal será.

Uma leitura a fazer, decisivamente."

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma pedrada no charco. Faz falta mais jornalismo sério e de investigação em Portugal e de uma justiça que funcione.