“Um extraordinário exemplo de esperança da sociedade portuguesa” face à crise actual, considera Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, em declarações ao PÚBLICO.
As 2640 toneladas de alimentos recolhidas pelos 37.500 voluntários em todo o país foram “um sinal de coesão e o melhor sinal de mobilização da sociedade portuguesa” perante as dificuldades colocadas pela crise.
No sábado, primeiro dia da campanha, às 18h, as doações ao Banco Alimentar registavam um aumento de 18% relativamente à recolha em Maio do ano passado, segundo Isabel Jonet.
O Banco Alimentar organiza campanhas nacionais de recolha de alimentos duas vezes por ano: uma em Maio, e outra em Novembro. Apesar da crise observou-se um aumento da adesão das populações à campanha deste fim-de-semana nos supermercados, campanha que se estende até ao próximo dia 3 de Junho online. Para tal, bastará ir à página de Internet e fazer uma doação.
Esta última campanha foi organizada numa altura em que aumentam os pedidos de ajuda e a instituição procura obter mais fontes de abastecimento.
Para Julho, já está programada a abertura de um novo posto na Madeira, mas a sua inauguração será antecipada durante os dias de recolha através de um canal online. Este canal vai estar integrado no portal Alimente esta ideia – lançado há um ano – e que foi reactivado na quinta-feira passada, como forma de chegar a mais pessoas, nomeadamente aos emigrantes.
Cerca de um quinto dos portugueses vive actualmente em situação de pobreza, segundo dados do Banco de Portugal, citados pela presidente do Banco Alimentar, que adianta que se fossem retiradas as prestações sociais, quase metade (40%) das pessoas viveria abaixo do nível de rendimento mínimo. (PUBLICO )
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