O Japão é hoje um país sem energia nuclear
05.05.2012
Helena Geraldes, Ricardo Garcia (PUBLICO-ECOSFERA)
Centenas de pessoas celebraram, nas ruas de Tóquio, o primeiro dia do Japão sem energia nuclear desde há 42 anos. O último reactor nuclear ainda em funcionamento no país está a ser encerrado hoje para dois meses de manutenção. Mas o acidente na central de Fukushima, no ano passado, abriu uma enorme brecha na confiança da população quanto à energia atómica e não se sabe se e quando será possível retomar o nuclear.
Não é claro até quando vai durar este vazio nuclear. Mesmo que alguns reactores voltem a funcionar, “5 de Maio é o início do fim”, disse ao Wall Street Journal Iseko Shirai, 76 anos, activista contra o nuclear, que está acampada há vários dias em frente do Ministério da Indústria e em greve de fome até que o último reactor seja desligado.
“Poderá este ser o fim do nuclear? Sim, pode”, disse Andrew DeWit, professor na Universidade Rikkyo, em Tóquio, à Reuters. “Se conseguirmos passar o Verão sem reactores, que provas terão os defensores do nuclear da necessidade desta energia?”
Mas esta não é a opinião de Takeo Kikkawa, professor da Universidade de Hitotsubashi, para quem. abandonar o nuclear não deve ser uma opção para o Japão. "Vai existir menos emprego e a economia vai continuar numa tendência de abrandamento”, disse à Reuters. As importações de combustíveis fósseis, para colmatar o vazio nuclear, serão ainda um peso para as contas nacionais.
“Poderá este ser o fim do nuclear? Sim, pode”, disse Andrew DeWit, professor na Universidade Rikkyo, em Tóquio, à Reuters. “Se conseguirmos passar o Verão sem reactores, que provas terão os defensores do nuclear da necessidade desta energia?”
Mas esta não é a opinião de Takeo Kikkawa, professor da Universidade de Hitotsubashi, para quem. abandonar o nuclear não deve ser uma opção para o Japão. "Vai existir menos emprego e a economia vai continuar numa tendência de abrandamento”, disse à Reuters. As importações de combustíveis fósseis, para colmatar o vazio nuclear, serão ainda um peso para as contas nacionais.
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