Um artigo www.ciênciaviva.pt
« Algumas das plantas invasoras, sobretudo as acácias, beneficiam da ocorrência dos fogos na sua propagação e criam depois um novo problema ao ordenamento florestal, facilitando a progressão dos incêndios, segundo alguns investigadores.
“Temos muitos problemas com espécies invasoras como as acácias e as áquias”, que são “estimuladas pelos incêndios” na sua multiplicação nas áreas ardidas, disse hoje à agência Lusa a investigadora Hélia Marchante.
Admitindo que “os incêndios até podem ser usados como uma ferramenta benéfica” na regularização da floresta, advertiu que as diferentes espécies do género das acácias “têm sempre uma armadilha escondida”.
“Temos muitos problemas com espécies invasoras como as acácias e as áquias”, que são “estimuladas pelos incêndios” na sua multiplicação nas áreas ardidas, disse hoje à agência Lusa a investigadora Hélia Marchante.
Admitindo que “os incêndios até podem ser usados como uma ferramenta benéfica” na regularização da floresta, advertiu que as diferentes espécies do género das acácias “têm sempre uma armadilha escondida”.
A docente da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), que integra também o Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra (UC), realçou que essa “armadilha” é constituída por “milhares de sementes” no solo que, se não forem destruídas à passagem do fogo, germinam mais facilmente devido às temperaturas elevadas.
Uma completa exposição ao sol e os nutrientes resultantes da combustão acabam por acelerar a eclosão das sementes e o crescimento das novas plantas. “Em geral, estas espécies não têm valor económico” e “quanto mais se tenta erradicar essas pragas mais elas se alastram”, declarou, por seu turno, Xavier Viegas, investigador da UC que há mais de duas décadas se especializou nas abordagens científicas dos incêndios florestais.
Para Domingos Xavier Viegas, existem em Portugal “cada vez mais terrenos incultos que podem ser pasto dos incêndios”, dominados “muitas vezes por acácias e outras invasoras”. A propagação destas espécies, segundo Hélia Marchante, “é um problema que não se resolve a curto prazo”, sendo necessário envolver na sua eliminação tanto proprietários particulares, como o Estado, designadamente através dos ex-Serviços Florestais (hoje Autoridade Florestal Nacional), autarquias e instituições adstritas à preservação e conservação da natureza. “Quanto mais cedo se fizer essa intervenção, muito mais fácil e mais barato será erradicar as invasoras”, preconizou Hélia Marchante.
Uma completa exposição ao sol e os nutrientes resultantes da combustão acabam por acelerar a eclosão das sementes e o crescimento das novas plantas. “Em geral, estas espécies não têm valor económico” e “quanto mais se tenta erradicar essas pragas mais elas se alastram”, declarou, por seu turno, Xavier Viegas, investigador da UC que há mais de duas décadas se especializou nas abordagens científicas dos incêndios florestais.
Para Domingos Xavier Viegas, existem em Portugal “cada vez mais terrenos incultos que podem ser pasto dos incêndios”, dominados “muitas vezes por acácias e outras invasoras”. A propagação destas espécies, segundo Hélia Marchante, “é um problema que não se resolve a curto prazo”, sendo necessário envolver na sua eliminação tanto proprietários particulares, como o Estado, designadamente através dos ex-Serviços Florestais (hoje Autoridade Florestal Nacional), autarquias e instituições adstritas à preservação e conservação da natureza. “Quanto mais cedo se fizer essa intervenção, muito mais fácil e mais barato será erradicar as invasoras”, preconizou Hélia Marchante.
O presidente da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), da UC, salientou que existe hoje “uma aceitação maior para substituir as espécies mais inflamáveis por espécies mais resistentes ao fogo”, como carvalhos, sobreiros e outras autóctones de folha caduca.
Hélia Marchante e sua irmã Elisabete Marchante, ambas investigadoras do Centro de Ecologia Funcional da UC, estão entre os oradoras de um seminário que a Fundação Mata do Buçaco (FMB) organiza esta amanhã, às 09h00, no Palace Hotel do Buçaco, concelho da Mealhada. Organizado em colaboração com aquele centro universitário, a ESAC e a Autoridade Florestal Nacional, o programa da FMB sobre plantas invasoras inclui, no sábado, um “dia de controlo com voluntários”. »
Sem comentários:
Enviar um comentário