domingo, novembro 13, 2011

LOVE TREES PROJECT



by Zito Colaço on Tuesday, November 8,
LOVE TREES PROJECT

A Floresta.
 A Floresta. Assim, com maiúscula. Esse lugar mágico que já existia antes da humanidade e que, por isso, começou por inspirar medo. Lugar onde habitavam mil e um perigos que, só muitos milhares de anos depois, dominámos. Ficou, para sempre, a aura mágica. Os seres mitológicos, as lendas e os contos populares que as brumas matinais envolvem separam-nos de um mundo que adoramos mas que não é o nosso. Os mistérios que a floresta encerra exercem sobre nós, ainda hoje, como desde sempre, um fascínio que se adensa quanto mais nos afastamos dela, em direcção às cidades. A Floresta começou por ser ameaça, depois fonte de alimento e hoje é, para uns, um recurso e, para outros, uma fonte de inspiração, um mundo fantástico e desconhecido à espera de ser explorado.
Um dia, Zito Colaço foi à floresta, à Mata dos Medos. Como sempre fizera desde criança. Mas as circunstâncias eram outras. Agora, precisava de um refúgio. Encontrou-o. Decidiu conhecê-lo profundamente, desvendar-lhe os segredos mais íntimos, estabelecer uma relação. Que se tornou tão próxima quanto natural. Nasce, assim, o Projecto Love Trees. Árvores do Amor. Amor como em altruísmo. Dá-lo sem exigir nada em troca. Como a Floresta sempre fez pelos humanos.

O Zito.
 Zito Colaço, como é conhecido profissionalmente, nasceu, afinal, Luis Alexandre dos Santos Colaço, em Almada de 77. Cedo percebeu que mexia com fotografia e era a fotografia que mais mexia consigo. Por altura do serviço militar obrigatório trocava, à socapa, a limpeza da G3 pela clássica Canon AE1 e produziu, na semana de campo, um dos seus primeiros trabalhos. Em 95 foi instruendo no Instituto Português de Fotografia e, logo nos três anos que se seguiram, publicou no Correio da Manhã, Diário de Notícias, Forum Ambiente, Super Foto Práctica e exerceu, para além disso, a função de editor do suplemento Gentes e Locais da Revista Lusophia. Com Doze anos de Carteira Profissional de Jornalista como repórter-fotográfico, trabalha desde 1999 no Grupo Impala e publicou trabalhos na National Geographic - Portugal, Jornal de Notícias, Time Out. Natura Hoy (Espanha), Díario Digital, Focus, Ego, A Próxima Viagem, entre outras.
Foi o criador do projecto Bilma - Agência de Comunicação da Natureza, Ao Pé do Mundo - Grupo de Caminhadas e Passeios Pedestres e Love Trees Project - Sensibilização e Conservação da Natureza.


O Projecto.
 O Projecto Árvores do Amor ou Love Trees Project pretende sensibilizar para a conservação e preservação da natureza e está associado a várias actividades neste âmbito, tais como, exposições de fotografia, palestras, workshops de fotografia de natureza, cursos de sobrevivência, actividades pedagógicas, música, organização de caminhadas e passeios pedestres, entre outras.
Este projecto pretende partilhar uma nova visão de conservar a natureza, defendendo e valorizando os princípios de actuação que contribuem para o desenvolvimento de uma consciência e de uma cultura ambiental mais sustentável.

A Exposição de Fotografia
 Temos neste momento disponível um equipamento de exposição e divulgação itinerante (Tenda com 8x4mt e 10 Fotografias LoveTrees 120X80cm).
http://lovetreesproject.blogspot.com/2011/07/galeria-movel-e-exposicao-de-fotografia.html

O Livro.
Álbum de fotografias a Preto e Branco, de grande impacto visual e originalidade.
 Componente Fotográfica: Zito Colaço é fotógrafo profissional e criou um estilo. Nesta edição, as imagens jogam com a abstracção das formas por forma a enaltecer a ecologia de uma forma subliminar. A floresta de pinheiros-mansos, árvore soberba, concede à faixa costeira portuguesa um encanto ímpar e é responsável por um dos mais singulares ecossistemas do mundo. Nenhuma outra capital europeia se pode orgulhar de ter algo como a Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica e Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos a 15 minutos de distância. Porque a palavra “Sustentabilidade” é nova. Está na moda. E podemos agir, antes que nos tornemos “os outros”. Mas de uma forma original. Despertar as gentes para uma beleza natural que não é facilmente detectável. Porque, na Natureza, há pormenores que fogem aos mais atentos.

Componente Literária: Nuno Miguel Dias é jornalista. Nos últimos cinco anos, escreveu sobre viagens. E sentiu que seria importante não conotar a obra com ambientalismo. Não que não seja esse, afinal, o fim pretendido. Mas a mensagem tem de ser subliminar. Porque, gostemos ou não, aqui e por esse mundo fora, os ambientalistas são ainda tidos, por uma grande parte, como “uns loucos” que não olham a meios. Os textos inclusos nesta obra são curtos e espaçados, por forma a não “roubar” espaço às imagens, a principal componente do livro. Longe de tecnicismos enfadonhos que, normalmente, radicam numa apresentação pobre, são contos que, ao mesmo tempo que enquadram o leitor no tempo e no espaço, criam afectos com o objecto: as LOVETREES.

Plano:
Capa brochada, Papel Couchê, Formato A4
140 páginas distribuídas da seguinte forma:
1 - Introdução
2 – Prefácio
3 – 120 fotografias distribuídas por igual número de páginas e divididas em 5 grupos.
4 – 5 textos intercalando os 5 grupos de imagens.
5 – Currículos dos autores
Design:
Fotos sobre fundo preto, textos a branco sobre fundo preto.

A Entrevista, a História e o Passeio Pedestre LoveTrees.
Um safari pelas árvores do amor
Se já tem par, o passeio Lovetrees de domingo pode ser duplamente romântico. Se está solteiro, venha apaixonar-se pelas árvores da Mata dos Medos e, quem sabe, encontrar a sua cara-metade, sugere Catarina Mendonça Ferreira. Esta história não começa bem, mas tem um final feliz. Em 2005, Zito Colaço, fotógrafo profissional, teve uma depressão grave e teve de encontrar uma saída. Calhou ir à Alemanha, onde consultou um médico que deitou toda a medicação que lhe tinham receitado em Portugal para o lixo e lhe recomendou fazer desporto. “Chegado a Portugal, comecei a pensar no que é que podia encaixar no tempo livre que a minha profissão de fotógrafo me deixava disponível e lembrei-me de fazer caminhadas. Desta forma voltei a pegar no meu sonho de criança de ser fotógrafo da National Geographic e comecei a fazer caminhadas na natureza, aliando desporto e fotografia.
Há quem encontre ajuda para sair de uma depressão na religião, Zito Colaço não precisou de ir tão longe, encontrou-a na natureza e na mata de pinheiros-mansos da Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos, parte integrante da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica. Quando se sentia em baixo, ia para lá andar a pé com a máquina fotográfica. Começou por fotografar o que era mais comum: paisagens, animais, flores... Depois focou-se nas árvores e imaginava-lhes formas e nomes. Havia uma sereia, árvores a namorar e em forma de coração. Resumindo, tudo muito em volta do tema do amor. Aqui nasce a vontade de lançar um livro fotográfico sobre estas árvores, a que chamou de LoveTrees.
Mais tarde, em conjunto com um amigo, criou o Grupo de Caminhadas Ao Pé do Mundo e um passeio pedestre pela mata que se realiza na véspera do dia dos namorados, uma forma simbólica de se entrar na natureza. “Não vamos mostrar o passarinho X ou a flor Y, mas árvores com certas características que funcionam como a atracção da Mata. É como ir ao Kruger Park e ver os Big Five (leões, elefantes, rinocerontes, búfalos e leopardos), só que aqui as pessoas vêem árvores com formas peculiares e muitas até se assemelham a animais.” Um fenómeno que nada tem de paranormal. É facilmente explicado pelo vento que bate na arriba, obrigando as árvores a defenderem-se, tomando formas diferentes. “Tenho mais de 200 fotografadas e em 50 por cento dos casos é possível olhar para elas e perceber qual é o animal que a sua forma sugere. É daqui que surgem as histórias que compõem este passeio”, explica o fotógrafo.
É aconselhado aos participantes que levem máquina fotográfica para reforçar a ideia de safari fotográfico. “Assim já não cedem à tentação de levar nada que faça falta ao ecossistema, como souvenir”, brinca.
Este não será um passeio igual a tantos outros. Quando o assunto é amor, tem de haver alguma entrega. Não existe um guia oficial, mas um orientador, e nada será dado de mão beijada. Pelo contrário: todos os participantes serão estimulados de forma a encontrarem eles próprios pontos de interesse.
Predispor as pessoas a amar e conservar a natureza é um dos objectivos deste passeio. No fundo, funciona como um truque para despertar esse instinto de protecção e de respeito pela natureza, sem que nada seja forçado.
O 1º Passeio Pedestre Lovetrees realiza-se no domingo na Mata Nacional dos Medos. Não tem inscrição e é gratuito, basta aparecer pelas 10.00 e juntar-se ao grupo que vai estar no Parque de Merendas à entrada da Praia da Fonte da Telha, junto à G.N.R.
Como chegar: nos últimos semáforos da via rápida da Costa da Caparica, virar à esquerda, direcção Praia da Fonte da Telha e seguir sempre em frente até à Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos.


O Filme.
Uma dor surda cresce na sombra. Lisboa já não é a cidade da luz diáfana, mas um labirinto trevoso sem ponto de fuga. A cidade, símbolo de progresso e civilização na tradição clássica,  não passa hoje de um presídio de almas à deriva sujeitas à lei de Darwin, ao princípio sacrossanto de que só o mais forte sobreviverá. Uma náusea fria e cinzenta tolda os sentidos e depressa a confusão cognitiva e o vazio emocional tornam-se o cimento de um pânico crónico. Cimento real e metafórico que aprisiona corpo e espírito num colete de forças psíquico. Mas talvez haja um caminho de regresso à terra pura da liberdade. E para fazer o caminho é preciso atravessar uma ponte, onde as dúvidas e os medos acenam com os velhos fantasmas. Mas do outro lado da ponte, ultrapassando a vertigem do abismo, fechando os olhos e respirando fundo,  abre-se um novo horizonte e insinua-se um sentido, tão fresco como uma manhã de Primavera. Na Mata dos Medos, pulmão verde da margem sul do Tejo, onde as árvores são seres vivos e pulsantes (ao contrário dos espectros fantasmagóricos que habitam a cidade) dá-se o reencontro com Gaia, a grande Mãe. E com Eros, a pulsão primordial, e sexual, vivificante na presença misteriosa de uma mulher enigmática... Afinal, a cidade podia ter tentado matar Deus e esvaziar os céus e a terra de sentido (Nietzsche dixit), mas o Amor não é facilmente aniquilável. E no regresso ao seio materno da natureza,  o Amor faz-se anunciar de novo. Só que, enquanto o Amor de Gaia, a Mata dos Medos, é estabilizador e aconchegante, o Amor de Eros, o misterioso vulto feminino,  é imprevisível nos seus desígnios.E da mesma forma com que se faz anunciar sem aviso prévio, também pode eclipsar-se como uma miragem etérea que joga às escondidas com a volatilidade do desejo humano.

A Mensagem.
Por favor cuidem das árvores. As árvores cuidam de nós. Obrigado.


O Blog.
 www.lovetreesproject.blogspot.com


Como tudo começou...
http://youtu.be/Cjiojz0ufXo

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