sexta-feira, junho 12, 2009

PETRÓLEO SOBE...SOBE (2)



Esta é a proposta da Mitsubishi, não é um conceito, é uma viatura em produção !

A Mitsubishi escolheu o Dia Mundial do Ambiente para apresentar a versão de produção em série do seu veículo eléctrico, o i-MiEV.

A sua comercialização arranca no final de Julho, com as primeiras entregas às entidades institucionais, governamentais, mas as vendas a particulares apenas estão agendadas para Abril do próximo ano.

O i-MiEV é um citadino de quatro lugares, equipado com um motor eléctrico alimentado por uma bateria de iões de lítio, capaz de desenvolver 64 cavalos de potência e 180 Nm de binário, disponíveis logo às 0 rpm. A autonomia é de 160 km com apenas uma carga.

A bateria pode ser carregada através de uma tomada doméstica de 100 ou 200 volt, pelo que vem equipado com o respectivo cabo e ficha. Para uma carga rápida será utilizada uma Estação de Serviço de Carga Rápida que está neste momento a ser implantada no Japão.

O construtor japonês espera distribuir num sistema de leasing cerca de 1.400 unidades do i-MiEV, até 31 de Março de 2010, nomeadamente a empresas e a instituições japonesas.



4 comentários:

Anónimo disse...

http://beparlamento.esquerda.net/media/20090604en378.pdf

oz disse...

(parte1)
A busca do lucro no longo prazo é o objectivo lógico (e legítimo) de qualquer empresa. Os problemas surgem quando as empresas decidem funcionar de formas que resultam numa desarticulação total com o resto dos agentes sociais e económicos, perseguindo o seu objectivo sem qualquer tipo de preocupações com a inserção e equilíbrio no resto das outras relações humanas e quando todas as consequências dos seus actos são medidas apenas na medida em que afectam a grandeza dos lucros obtidos.

A propositada desinserção desta indústria no resto da sociedade é comparável à presença de um tumor que existe e cresce graças aos recursos de todo o corpo, mas que vive para cumprir um programa em tudo alheio ao resto desse corpo.

O petróleo não está a acabar. Não se sabe se já se atingiu o máximo de extracção diária possível, porque a extracção ainda não diminuiu. A comunidade técnico-científica tem desenvolvido nos ultimos dez anos soluções que permitem aumentos de eficiência na utilização dos combustíveis fósseis, na viabilização da reutilização e reciclagem de fontes de combustível que se encontram nos resíduos urbanos e industriais, e ainda no importantíissimo desenvolvimento de recolha de energia a partir de fontes renováveis. Todos os indicadores demonstram que, se fôr permitido à investigação continuar, os progressos venham a ser cada vez maiores. Apesar disso, é-nos constantemente brabdida a ameaça da "crise energética". Os progressos que vão surgindo são sempre mostrados como notas anedóticas no final dos noticiários, enqutnao as grandes desgraças são sempre manchete e tema de abertura, para além de mencionadas com mais tempo de antena, como por exemplo as espectaculares chamas nos campos de petróleo ou os roubos aos pipelines da Nigéria, que fazem disparar o receio "já há tão pouco, e alí aquele todo a estragar-se", as imagens das filas para as bombas de gasolina e os "problemas do terrorismos", da "instablidade no médio oriente" com as alienantes imagens de carros bomba e manchas de sangue nas paredes de edifícios bombardeados, ou o "crescimento da China" e "as crescentes necessidades dos países em desenvolvimento", todos os temas que servem de justificação para o contínuo aumento nos preços ao consumidor.

Na economia um dos princípios básicos enuncia que o preço descerá à medida que um bem se torne cada vez mais abundante, no entanto, apesar da produção ter decrescido de forma significativa (mas breve, para ser retomada e ultrapassada em menos de um ano) em 1974 e 1985 (anos do embargo da opep e queda do Xá do Irão), esta produção tem vindo sempre a subir. A oferta do bem tem crescido sempre. E o seu preço também. O chamado "equilíbrio de mercado" nunca foi definido pelo ajuste da oferta, mas sim pela resignação da procura em pagar o que era exigido.

A indústria petrolífera é reconhecida como sendo uma das que gera mais incríveis dividendos. É igualmente reconhecida como uma das que taxa mais fortemente o ambiente, é reconhecida pela alteração dos terrenos onde se implanta, pelos poluentes produzidos normalmente durante a prospecção, transporte, transformação e utilização e ainda devido a quaisquer acidentes que possam decorrer numa desas fases. Apesar disso é uma indústria que não tem demonstrado qualquer tipo de preocupações na redução dos impactos que causa no planeta nem na recuperação dos locais onde faz as suas explorações, nem tão-pouco no desenvolviento das populações naturais dos locais de onde extrai as riquezas. Os dividendos ficam sempre nas mãos de uma restritíssima elite, e os custos sociais e ambientais nas mãos de todos os outros. Muitas vezes surgem dúvidas fortíssimas se a própria indústria não fomenta a desestabilização e conflios locais em benefício próprio (uma sociedade desagregada, desinformada e focada apenas para acções de guerra civil e vingança política, étnica ou religiosa, terá menos preocupações em promover o pagamento devido pela exploração dos seus recursos naturais).
(continua)

oz disse...

(parte2)
Os custos que cobra aos indivíduos, através da aplicação de uma política de preços completamente arbitrária, os custos que cobra á sociedade, através do estrangulamento do desenvolvimento e os golpes constantes causados pelos "choques energéticos", e os enormes danos causados a todos os seres e todos os ecossistemas do planeta revelam que esta é uma indústria conduzida por gente sem qualquer tipo de preocupações para com os seus semelhantes, e inclusivamente a terra onde habita. São autênticos cancros da nossa espécie.

O tratamento, para libertação deste grupo de manipuladores e extorsionistas, passa pela opção de cada um de nós em diminuir a dependência dos combustíveis. Usar veículos que consumam menos (motos, scooters, veículos híbridos, eléctricos, transportes públicos e bicicletas), usar lâmpadas de baixo consumo; aplicar painéis solares fotovoltaicos e para produção de água quente, desligar electrodomésticos (televisões, aparelhos em stand-by, ar condicionado, quando não fazem falta) e dar real importãncia ás questões do dia a dia que nos vão sendo impostas mais ou menso subrepticiamente por legisladores a soldo desta poderosa indústria.

É necessário que prestemos devida atenção á preservação do ambiente, e é necessário agir na minimiazação da criação de lixo, e aplicar os princípios da reciclagem, mas também exigir a reparação dos danos causados pela indústria e pela própria acção humana desregrada, através da despoluição, reflorestação, repovoamento de espécies autóctones. É necessário que não deixemos que interesses particulares, elites movidas apenas pelo interesse do lucro despojem os cidadãos de bens públicos como a água, o ar limpo, os rios, a costa marítima, as florestas, os bosques e as matas e que os investimentos vão no sentido de remodelar, renovar, adaptar e modernizar o que já existe e foi já retirado ao que em tempos foi também espaço natural: uma vez que já há cidades onde haviam campos, que as cidades sejam de facto funcionais e eficientes, que as urbanizações não sejam apenas depósitos onde gente se junta para dormir, empurradas para ermos de onde só se conseguem movimentar entrando em filas intermináveis de automóveis que alimentam a sanha insaciável das petrolíferas. É preciso exigir que as casas que compramos não sejam só de "xis" assoalhadas, com estacionamento, vista e electrodomésticos encastráveis: têm de ser casas onde não necessitemos de ter aquecedores em todos os quartos no inverno, e mesmo assim tremer de frio, ou onde só com recurso a r condicionado sejam habitáveis no verão. devem ser construídas de forma racional e inteligente, com isolamentos e uso eficiente da energia; devem ser casas onde não necessitemos de estar como refugiados, como se fossem bunkers para nos protegerem dos perigos da rua, onde nunca estamos para além do trajecto que fazemos de e para o carro, ou para despejar o lixo. É necessários que as ruas das nossas cidades sejam novamente espaços onde os cidadãos possam estar, e não de onde fujam,sentindo-se apenas seguros no interior de centros comerciais que procuram incutir-lhes a cada segundo impulsos de consumismo, como renda de casa por essa permanência.

As acções das indústrias do petróleo e automóvel, da indústria financeira e da construção civil, simbióticas e dificilmente diferenciáveis, existem e têm prosperado devido a nós, como consumidores. Por muito que nos queiram fazer crer no contrário, elas precisam muito mais de nós, seus clientes, seus consumidores, seus doadores de tempo e trabalho, do que nós dependemos delas. Não é necessária, nem sequer desejável a exterminação destas actividades, mas é absolutamente necessário que elas tenham uma significativa mudança de atitude e que deixem de agir sob o espirito de que existem apenas para seu próprio e auto-justificado benefício, mas por causa e para todos nós. E isso nunca acontecerá por inciativa delas próprias, mas apenas por pressão de nós.
(continua)

oz disse...

(fim)
É necessário promover rapidamente o tratamento do nosso planeta. Fizémos crescer algo doentio dento dele que a nós próprios prejudicará, mas felizmente, a cura depende também de nós. Vamos agir - a sua televisão, está ligada? Está alguém a ver? A impressora do seu computador, está em stand by? Porque não desligá-la? Está a pensar em comprar um carro novo? Já viu os "pequenos urbanos", ou os híbrídos e eléctricos? Nas ultimas eleições, ficou esclarecido sobre as dúvidas que tinha? Nas próximas, escreva aos candidatos e pergunte-lhes directamente. Um e-mail demora 5 minutos a escrever. Este fim de semana, tem programa? Visite uma área protegida, mas não deixe lá nada para além das suas pegadas. Tem de ir às compras? Apoie o seu comécio local... Há muitas coisas que pode fazer e nem todos os "tratamentos" são com base em remédios que custam a tomar. A doença do planeta não é tratável com uma grande e mediática cirurgia. São precisas paciência e persistência, mas como cada um de nós pode ser médico, e como somos tantos, isso só quer dizer que se cada um de nós fizer o seu bocadinho, podemos vir a conseguir um grande tratamento.