domingo, junho 14, 2009

PARAR ... E PENSAR ! (2)


O a-sul pelos seus leitores , por OZ :

« Os custos que cobra aos indivíduos, através da aplicação de uma política de preços completamente arbitrária, os custos que cobra á sociedade, através do estrangulamento do desenvolvimento e os golpes constantes causados pelos "choques energéticos", e os enormes danos causados a todos os seres e todos os ecossistemas do planeta revelam que esta é uma indústria conduzida por gente sem qualquer tipo de preocupações para com os seus semelhantes, e inclusivamente a terra onde habita. São autênticos cancros da nossa espécie.

O tratamento, para libertação deste grupo de manipuladores e extorsionistas, passa pela opção de cada um de nós em diminuir a dependência dos combustíveis. Usar veículos que consumam menos (motos, scooters, veículos híbridos, eléctricos, transportes públicos e bicicletas), usar lâmpadas de baixo consumo; aplicar painéis solares fotovoltaicos e para produção de água quente, desligar electrodomésticos (televisões, aparelhos em stand-by, ar condicionado, quando não fazem falta) e dar real importãncia ás questões do dia a dia que nos vão sendo impostas mais ou menso subrepticiamente por legisladores a soldo desta poderosa indústria.

É necessário que prestemos devida atenção á preservação do ambiente, e é necessário agir na minimiazação da criação de lixo, e aplicar os princípios da reciclagem, mas também exigir a reparação dos danos causados pela indústria e pela própria acção humana desregrada, através da despoluição, reflorestação, repovoamento de espécies autóctones. É necessário que não deixemos que interesses particulares, elites movidas apenas pelo interesse do lucro despojem os cidadãos de bens públicos como a água, o ar limpo, os rios, a costa marítima, as florestas, os bosques e as matas e que os investimentos vão no sentido de remodelar, renovar, adaptar e modernizar o que já existe e foi já retirado ao que em tempos foi também espaço natural: uma vez que já há cidades onde haviam campos, que as cidades sejam de facto funcionais e eficientes, que as urbanizações não sejam apenas depósitos onde gente se junta para dormir, empurradas para ermos de onde só se conseguem movimentar entrando em filas intermináveis de automóveis que alimentam a sanha insaciável das petrolíferas.

É preciso exigir que as casas que compramos não sejam só de "xis" assoalhadas, com estacionamento, vista e electrodomésticos encastráveis: têm de ser casas onde não necessitemos de ter aquecedores em todos os quartos no inverno, e mesmo assim tremer de frio, ou onde só com recurso a r condicionado sejam habitáveis no verão. devem ser construídas de forma racional e inteligente, com isolamentos e uso eficiente da energia; devem ser casas onde não necessitemos de estar como refugiados, como se fossem bunkers para nos protegerem dos perigos da rua, onde nunca estamos para além do trajecto que fazemos de e para o carro, ou para despejar o lixo. É necessários que as ruas das nossas cidades sejam novamente espaços onde os cidadãos possam estar, e não de onde fujam,sentindo-se apenas seguros no interior de centros comerciais que procuram incutir-lhes a cada segundo impulsos de consumismo, como renda de casa por essa permanência.


As acções das indústrias do petróleo e automóvel, da indústria financeira e da construção civil, simbióticas e dificilmente diferenciáveis, existem e têm prosperado devido a nós, como consumidores. Por muito que nos queiram fazer crer no contrário, elas precisam muito mais de nós, seus clientes, seus consumidores, seus doadores de tempo e trabalho, do que nós dependemos delas. Não é necessária, nem sequer desejável a exterminação destas actividades, mas é absolutamente necessário que elas tenham uma significativa mudança de atitude e que deixem de agir sob o espirito de que existem apenas para seu próprio e auto-justificado benefício, mas por causa e para todos nós. E isso nunca acontecerá por inciativa delas próprias, mas apenas por pressão de nós.
(continua) »

3 comentários:

Ana disse...

Olá

Apenas para lembrar que podem acompanhar novidades do Seixal no twitter.

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David disse...

Quando criar twitter adicionarei com certeza. Obrigado pela sugestão.

Anónimo disse...

São verdades que doem porque todos temos a nossa quota parte de culpa e isso é difícil de assumir.