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segunda-feira, maio 16, 2005
O FUTURO DA "LISNAVE" - ALMADA CIDADE DA ÁGUA
Estaleiros da Lisnave substituidos por cidade de 9500 habitantes em Almada
È sempre a teoria do "do mal o menos" , em 1999 entrou em discussão publica o delirio arquitectonico conhecido como a Manhatan de Cacilhas. 12o hectares ocupados a 80% da àrea, cinco mil fogos , 30000 habitantes (tantos como o concelho do Seixal tinha em 1975), teriamos também a "torre biónica " (que entretanto mais ninguém no mundo quiz) que teria 312 metros de altura.
Agora , apresentam-nos outro projecto, para os mesmos 120 hectares, temos 50% dedicados à habitação, 30% a comércio e serviços e 18% destinados a equipamentos culturais e equipamentos colectivos. O Projecto prevê "pontualmente" a construção de edificios de 11 a 35 pisos, outros números, data de finalização do projecto 2025, 9500 residentes, 15000 trabalhadores, 45000 visitantes, 8100 lugares de estacionamento.
Como lhe vamos chamar agora? de "Manhatan de Cacilhas" a talvez "Veneza de Cacilhas"??? Outra curiosidade é que quem chumbou o anterior projecto, o Ministro do Ambiente da altura , era nem mais nem menos que o Eng.Socrates hoje primeiro ministro. Viviamos à época da "Manhatan" um periodo pré eleitoral autarquico...como agora...de forma que tudo há a esperar deste projecto, inclusivamente o facto de não ser levado a sério, o que em caso de discussão publica pode ser fatal e permitir aprovar o que parece ser mais uma megalomania lusitana.
Assim vamos levar o projecto e a intenção a sério e acompanhar o evoluir do processo, mas para já há questões de base em relação à Area Metropolitana de Lisboa , nomeadamente na Margem Sul que têm que ser salvaguardadas, é que, se se avança agora para o Rio (entidade preservada do betão até agora em deterimento das florestas de Almada e Seixal), temos de parar então e já, com o avanço para as zonas florestais , nem que intermunicipios se faça aplicar o principio da perequação já contemplado entre proprietários vizinhos (distribuição de mais valias entre proprietários a quem é dada autorização de urbanizar , contrariamente aos confrontantes a quem essa possibilidade é negada) como forma de equilibrar as finanças municipais e conter a expansão urbana.
Quanto ao projecto em si, tudo é ainda demasiado vago , de tal forma que querem passar a ideia de que arranha céus de 35 andares são "casitas alentejanas" comparados com a Torre Biónica e que assim sendo não temos que nos preocupar, o que não é bem assim. Não está bem expicada a articulação que a nova cidade de 9500 habitantes (e utilizadores?) terá com a densa e saturada malha urbana já existente, e parece subvalorizado o peso do automóvel em todo o projecto.Sendo dado demasiado peso ao MST, quando se desconhece ainda o impacto e a adesão que o MST irá ter na Margem Sul.
É tudo muito côr-de-rosa, para não desconfiar desta mega operação imobiliària, e de charme, com que a espaços a autarquia de Almada nos vai adormecendo e brindando. Estejamos atentos!
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3 comentários:
Mais uma aberração!!!
tragam mas é o estaleiro de volta para podermos trabalhar e ganhar o nosso pão e metao la as torres na peida e o ambiente e todos os intressados nos projectos da margueira
concordo plenamente com o por as torres na peida abraço a quem fez esse comentario
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