terça-feira, maio 31, 2005

POPULAÇÃO MARGINALIZADA DESCARTADA PARA O MEIO DE UM PINHAL PROTEGIDO


Vale de Xixaros no Fogueteiro a "Quinta do Mocho da Margem Sul"

Já aqui referimos o caso de Vale de Xixaros, Fogueteiro (junto à Escola Secundária e Lidl), foram prédios inacabados , ocupados no pós 25 de Abril, hoje abriga uma comunidade heterógénea... e desenquadrada socialmente.

Há cerca de seis anos um "sindicato" financeiro do qual fazem parte empresas ligadas à Construção Civil "bem posicionadas" no concelho adquiriram aqueles imóveis que apesar do aspecto exterior ... estão localizados numa zona nobre e apetecivel do Seixal, a dois passos do Lidl, Escola Secundária, Pingo Doce, Continente, Estação Fertagus, transportes e centro das Paivas...enfim numa zona urbana e humanizada... daí que, de há cerca de quatro anos que essas empresas do "Grande Capital" querem dali escorraçar os inquilinos que herdaram da Caixa Geral de Depósitos anteriores proprietários ( e que não pagam àgua, electricidade, esgotos, contribuições de qualquer espécie...muito menos renda!).

Um problema se põe! Para onde? E por que meios?

As mais valias são brutais e permitem construir noutro lado assim colabore a autarquia e permita construir por exemplo numa zona protegida (sempre é mais barato e ganha-se um jakpot em mais valias) como a Flor da Mata ,longe de tudo e de todos ( como aliás os mesmos intervenientes fizeram na Cucena), mas ao abrigo do PER .

Como na Cucena? Não podia ser! porque o PER não contempla ocupações ilegais (como é o caso), então vamos para outro esquema, o chamado CDH ou "custos controlados", e é com esse subterfugio que apesar da oposição da população de Pinhal de Frades e Flor da Mata continuam , autarquia e os capitalistas que estão na posse daqueles edificios a queres construir um mega bairro social no meio de uma zona protegida sem quaisquer preocupações de integração ou sociais, o que interessa é resolver um problema ao "grande capital" e ganhar... com mais uma urbanização de luxo, á custa de uma zona protegida , e apesar da construção alastrar em todas as direcções no concelho nem uma zona urbana dessas novas e infraestruturadas , foi contemplada para tal! Alternativas integradoras? Vejam-se duas intervenções e sugestões de leitores:

O A-Sul pelos seus leitores:

(Manuel) escreveu:

A população do Seixal protesta e protesta muito bem.É por demais evidente que o poder politico instalado há 30 anos, pouco tem contribuido para o desenvolvimento sustentado do Concelho.O que tem interessado é o "desenvolvimento do betão" porque traz negócio.

Hoje o que se questiona não é a necessidade de se atribuir habitação condigna a quem precisa. É justo que se tomem medidas nesse sentido. Hoje o que se questiona é a forma de se resolver essa temática, não se tomando medidas que crienm territórios de exclusão social.

Hoje o que precisamos são de pessoas sérias e competentes,que analisem a "habitação social" , numa perspectiva sistémica, conjunta e multilateral, com o objectivo de resolver alojamento de forma integradora, colocando um ponto final na marginalização territorial e social.

(NP) escreveu:

Que tal dispersarem os futuros habitantes das casas de custos controlados nestas que estão a mais? (a proposito das centenas de casas à venda no Seixal sem comprador )
A autarquia poderia assim integrar estas pessoas na malha urbana e receber as suas rendas ao longo de 20 ou 30 anos, garantia as mesmas receitas e conseguia uma melhor integração...Claro que se pode afirmar que estas casas devolutas custariam mais caras...se calhar bem feitas as contas nem era assim...

De todo o modo é uma vergonha o que se deixa por aqui construir,o exemplo do gueto de Santa Marta de Corroios é o ponto alto da ineficácia, irresponsabilidade e má politica da Câmara do Seixal (...)

segunda-feira, maio 30, 2005

MAIS DEZ HECTARES DE SOBREIROS ABATIDOS NA MARGEM SUL - NO SEIXAL...


Mais um abate indiscriminado de sobreiros no Seixal o terceiro só este ano!

A jornalista e socióloga Luisa Shmidt intitulava um seu artigo no Expresso (21 Maio 2005) sobre a construção desregrada com que se pretende avançar para a Costa Vicentina como "Bulimia imobiliària" nesta perspectiva diremos que no Seixal reina a "Obesidade mórbida" já só curável através de cirurgia e aplicação de banda gástrica.

Realmente são mutliplas as frentes de nova construção para os agora novos limites do concelho, se considerarmos que esses limites eram a periferia verde, e que esse espaço era ocupado por pinhal, montado de sobro, charneca e campos agricolas, logo estão a ocupar com betão o que é pinhal, oque é montado, o que são campos agricolas, não é assim de estranhar as constantes denuncias de abate de sobreiros, uma àrvore protegida.

Esta ultima noticia resulta de um e-mail de denuncia recebido durante o fim de semana que mencionava um abate massivo de sobreiros no sitio conhecido como Vale da Torre, Quinta do Cabral na Torre da Marinha, Seixal, um vale lindissimo (era) considerado no PDM (Plano Director Municipal) como, parte "Mata e Maciço Arbóreo" parte "Àrea de protecção paisagistica" deslocados ao local não queriamos acreditar no que víamos um montado de sobro totalmente arrazado! Desconhecem-se as razões que terão levado os autarcas a fazer tábua raza do PDM em vigor e autorizado a destruição de mais de uma dezena de hectares de uma árvore protegida.

Depois do corte de 1000 sobreiros na Quinta da Princesa, do corte de 80 hectares de floresta também protegida no PDM (como Mata e Maciço arboreo) na Flor da Mata no ultimo ano, floresta essa também composta por sobreiros e pinheiros, e do incêndio que dizimou mais de uma centena de sobreiros no inicio do mês junto a Pinhal dos Frades são razões suficientes para se reclamarem acções urgentes por parte do IGAT e dos Ministérios da Agricultura e do Ambiente pois parece ter havido neste periodo que foi da queda do governo Barroso até este inicio de governo Sócrates uma verdadeira "Bulimia Construtiva" no Seixal (parafraseando Luisa Shmidt) sendo urgente a aplicação da "Banda gástrica"! E de outros curativos juridicos!

Porquê este comportamento das autarquias que permitem estes desmandos? Cliquem em ambio
e leiam o artigo de Pedro Bingre, está tudo dito!

A noticia segundo e-mail recebido hoje foi já difundida pela Rádio Baía a quem saudamos pela colaboração no sentido de corroborar a informação.


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domingo, maio 29, 2005

EXCESSO DE CONSTRUÇÃO NO CONCELHO DOSEIXAL


Seixal, um concelho com excesso de construção face à procura (foto Paivas) e com espaços a precisar de uma reconversão urgente face à má qualidade do presente

São às centenas os apartamentos à venda por todo o Seixal, de onde se conclui haver um acentuado superávit de construção em todo o concelho, e não se trata só de construção mais antiga, o facto é que há uma percentagem assinalável destes fogos que é formada por construção nova e que aguarda há meses para ser vendida.

Este fenómeno leva à ponderação de três factores, primeiro, de que é necessário conter a expansão urbana em "mancha de óleo" e que está a levar à invasão pelo betão dos ultimos redutos naturais do concelho

Em segundo lugar o envelhecimento de algumas zonas (algumas com pouco mais de 20 anos) abre um campo enorme ao sector da Construção Civil, não na àrea da construção nova, mas na requalificação, restauro e conservação das àreas já construidas e degradadas.

Em terceiro lugar demonstra que já não são já necessárias politicas de fomento de construção, quer social quer de "custos controlados" pois há um enorme leque de escolha mais economica no enorme numero dos apartamentos para venda que terá como vantagem o rejuvenescimento de zonas demográficamente envelhecidas do concelho.

São estas as opções que uma autarquia séria deveria tomar , a menos que haja compromissos a outro nivel... e como pagamento de outras contrapartidas...

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sábado, maio 28, 2005

POPULAÇÃO SUSPEITA DE CRIME NO FOGO QUE CONSUMIU OITO HECTARES NO SEIXAL (PUBLICO)


Publico- Local Lisboa 27 Maio 2005


Hoje remetemos para um excelente trabalho publicado ontem no suplemento Local Lisboa do "PUBLICO" da autoria do jornalista Bruno Alves que assinou também um excelente trabalho sobre o corte indiscriminado de sobreiros na Quinta da Princesa , que volta aqui a relembrar.

O Jornalista faz um aprofundado trabalho de pesquisa sobre todo o processo da Flor da Mata e da oposição popular à retirada da protecção ambiental hoje existente para que a floresta seja invadida pelo betão contrariando o movimento de cidadãos e a letra da lei e do Plano director Municipal.

Curiosa a declaração do vereador Jorge Silva que "desconhecia" que tivessem ardido sobreiros no incêndio da Flor da Mata o que revela um grave desconhecimento do sitio onde a autarquia continua a querer localizar um bairro social para instalar os ocupantes ilegais das prédios de Vale de Chicharos, agora pomposamente apelidado , já não de Realojamento, mas de Projecto de Custos Controlados (CDH).

Grave também outra declaração sua, a de que "o terreno ardido é privado e cabe ao seu proprietário apurar, as causas do incêndio" (fantástico!) e também o facto de instado a comentar ao PUBLICO, o Comandante dos Bombeiros do Seixal se ter excusado a dar qualquer opinião...

O Jornalista Bruno Alves alerta para dois pontos importantes, o primeiro é de que, da letra do PDM - Em caso de incêndio mantém-se o vinculo (Mata e maciço arboreo, zona protegida) devendo a zona ser reflorestada (nunca cumprida esta clausula em 12 anos que tem o PDM em vigor) .

E também "o sobreiro é uma espécie protegida pelo decreto Lei nº169/2001, de 25 de Maio.Este não só condiciona o abate desta espécie de imprescindivel interesse publico, como estipula que , em caso de incêndio, 'ficam vedadas por um período de 25 anos quaisquer alterações do uso do solo' . Mas se os senhores autarcas desconhecem que estão perante espécies protegidas... embora saibam do proprio PDM que a zona é protegida e as razões dessa protecção e dos alertas que os residentes têm feito!!!


Mais ainda, na Reunião de 9 de Maio com a População de Pinhal dos Frades anunciaram os autarcas que " nada iria ali ser construido" agora Bruno Alves no seu trabalho revela que o Sr.Vereador anunciou ao PUBLICO que "Estamos a elaborar um plano de pormenor para a zona onde poderão vir a ser edificados cerca de 190 fogos "

Sobre o abate ilegal de 1000 sobreiros na Quinta da Princesa, "explicava" em noticia do Publico de 7 de Maio , o mesmo autarca, que "o municipio aprovou,em Dezembro passado, um pedido de loteamento destinado à construção de um hipermercado na zona e cerca de 400 fogos, embora condicionado a um parecer do Min. do Ambiente , dado que o terreno tem sobreiros e pinheiros, esse parecer ainda não foi dado porque não foi pedido pelos urbanizadores" - Pela autarquia já assinaram a sentença de morte aos 1000 sobreiros protegidos tal como muito bem explica o senhor Vereador (brilhante)!

Aqui se vê a preocupação de conservação da natureza por parte da autarquia do Seixal, no expoente máximo de uma espécie protegida como é o sobreiro, mesmo quando enquadrada pelo PDM , numa zona de Mata e maciço arboreo. Aqui se vê que as declarações do PCP ,Sintra/Cascais , não se aplicam ao PCP Seixal ...


Atenção pois ! Esta gente não é de confiança! Nem para o proprio partido...
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quinta-feira, maio 26, 2005

Comunistas da Margem Norte criticam praticas dos Comunistas da Margem Sul


Freeport de Alcochete um mau exemplo na mira do PCP

"E urgente definir regras bem precisas, que não permitam sob qualquer pretexto, a especulação ou o atentado paisagistico" para que se possa "legar aos vindouros um país onde ainda valha a pena viver e não seja um amontoado de cimento, para dar lucro a meia duzia"

Não! A declaracão acima não , é do a-sul , contra o jugo de 30 anos de dominio do PCP nas autarquias da Margem Sul e seus desmandos contra o ambiente, a qualidade de vida ou o ordenamento. As palavras acima são do proprio PCP, em comunicado das concelhias de Cascais e Sintra!!! Pois espantem-se!!!

Pena e que estes elementos de direcção do PCP estejam na Margem errada, ou:

-Será que têm uma politica para a Margem Norte e outra para a Margem Sul ?

- Será que têm uma politica enquanto oposição e outra enquanto poder e maioria?

-Será que os "vindouros" da Margem Norte terão mais direitos do que os "vindouros" da Margem Sul ?

-Ou estarão a distanciar-se da pratica politica dos camaradas de Almada, Seixal... quando criticam "a continuação de práticas ilegais em àreas protegidas da zona da Grande Lisboa"?

- Será que estão a condenar as manobras 'para "melhor facilitar negociatas" como a do outlet de Alcochete' e usadas na pratica pelos desmandos dos seus camaradas do Seixal?

- Será que quando criticam a penuria financeira destinada a ' fiscalização dos atentados ao ambiente' lamentam que as investigações da PJ no Seixal nao tenham ainda dado em nada (que se saiba) de palpavel e os seus camaradas se mantenham impunes?

Qual é afinal o verdadeiro PCP?

Quem pretendem atingir com esta declaracao? (PUBLICO 26 -05-05), os autarcas da Margem Norte , onde estao em minoria nos executivos autarquicos, ou os Camaradas da Margem Sul (no poder há 31 anos) e cuja politica e exatamente igual aquilo que criticam?

Mas que grande tiro no pé! Posted by Hello

quarta-feira, maio 25, 2005

ALCOCHETE GRUAS NO HORIZONTE


Alcochete, Betão junto à Reserva Natural do Estuario do Tejo

Em plenos campos de cultivo , de uma qualidade impar para a agricultura, junto à Reserva Natural do Estuàrio do Tejo o Betão caminha avassalador sem que haja um nexo ou uma linha de qualidade residencial, uma necessidade evidente de construir , é tão só mais um dormitório.

Se no interior da vila mete dó o avanço de prédios iguais em todo o lado face à arquitectura caracteristica da região, ainda quem lá compra poderá desfrutar do casco historico ou da marginal, na urbanização da imagem, entre Alcochete e o Samouco, é pura aberração em termos de ordenamento.

A arquitectura é Má, muito má mesmo!!! e a volumetria dos agora em voga quatro pisos (o limite para surgirem novos problemas e encargos como seja o elevador) são literalmente um mamarracho dentro de um campo de cebolas. A vista até que deve ser boa, lá dentro de onde se não vêm estes edificios, mas o impacto negativo que têm nessa mesma paisagem é avassalador.

Depois, tanto esta como outras urbanizações têm a caracteristica de que quem lá vive está totalmente dependente do automóvel, não há um café, uma padaria, uma mercearia, um pequeno supermercado ou loja de conveniência, é preciso saír dali para fazer tudo e depois apesar do terreno ser plano como no Montijo, Barreiro ,Moita, Seixal... não se criaram alternativas válidas ao automóvel e essas alternativas passam por veículos tão simples, acessiveis e generalizados em toda a Europa (Rica) como é a bicicleta!

Mas por cá as estradas são estreitas, sem bermas e sem ciclovias , com muitas rotundas mas sem ciclovias (assim vêmos entre os nossos jovens crescer a obesidade e os problemas cardiovasculares) a dependência nesta margem (plana, de um clima excepcional, urbanizada em terreno virgem) face ao automóvel é total apesar de investimentos como a linha férrea da Fertagus que serviu mais para criar novas urbanizações junto às novas estações (onde também não há ciclovias a ligá-las com as zonas urbanas nem parques para bicicletas) que aproximem as já existentes de um transporte alternativo e menos poluente e encurtar o tempo de ida/volta a Lisboa e entre si.

Face a estes cenários , novas urbanizações como esta da imagem em Alcochete são puros dormitórios, obras primas de pato-bravo influentes, mas que só existem com a permissividade de técnicos incapazes no seio das autarquias e com autarcas que são de uma ignorância total...ou escondem outros interesses por detrás dos seus cargos e do seu papel de "eleitos".Posted by Hello

terça-feira, maio 24, 2005

SEIXAL - AMORA E PINHAL DOS FRADES - ESCOLAS COM BOMBA DE GASOLINA AO LADO


Seixal gemina Bombas de Gasolina com escolas e habitação/ foto. Escola nº4 de Amora

Noticiava o PUBLICO no passado dia 9 de Maio, em artigo do jornalista Bruno Alves, que "Seixal poderá ter bomba de gasolina entre duas escolas", aqui no A-Sul tinhamos também já falado do caso, confrontado com o projecto, na reunião com moradores realizada em Pinhal dos Frades, o presidente da Câmara não negou... pudera, no artigo o vereador Jorge Silva referia "A Câmara vendeu um terreno em hasta publica, no ano passado, com capacidade para a construção de uma bomba de gasolina...mas até agora ainda não recebemos nenhum projecto de construção".

Sobre esta venda era curioso saber se quem comprou tinha já a garantia de ali construir a mal amada bomba, qual o valor da transacção?...se de acordo com o valor do que lá existe? (um belissimo espaço verde mas sem valor comercial, a menos que...) ou um terreno (pré) destinado a uma bomba de gasolina cujo valor é eminentemente outro? Se esse destino era do conhecimento de todos ...ou só de quem arrematou o negócio? E quais os valores declarados?

Mas votando ao binómio bomba de gasolina zona residencial o caso não é unico e o que interessa é o negócio dos combustiveis e das licenças... no Fogueteiro a bomba da GALP está junto a uma zona residencial, o mesmo se passa também no Fogueteiro com a bomba da Cepsa, nos Foros de Amora temos uma outra mesmo no centro de uma zona residencial (aliás essa zona era destinada a uma zona verde que por golpe de mágica se transformou em estação de serviço), logo não é de estranhar a escolha dos brilhantes técnicos da autarquia para localizar a nova bomba. Ser uma zona residencial não é factor a considerar para instalar, ou não, uma bomba de gasolina no Seixal!

Estar entre duas escolas também não constitui qualquer impedimento , veja-se como exemplo de que tal situação nem é caso unico , a Escola Básica nº4 da Amora (na imagem) em que o recreio confronta com a bomba de gasolina Cipol, que além de estar junto a esta escola está também paredes meias com uma zona residencial.

É só disparates!!! Posted by Hello

segunda-feira, maio 23, 2005

MONTIJO , A SINTRIZAÇÃO DA MARGEM SUL


foto Montijo

Era suposto não repetir com a ponte Vasco da Gama o fenómeno Ponte 25 de Abril, se bem que o construido no arrastamento imediato criado por esta infraestrutura (anos 70- apontados como a causa do grande caos urbanistico de hoje) seja hoje quase irrisório face ao construido nos anos 80/90 e nestes primeiros anos do seculo XXI.

No entanto esse esforço de contenção está hoje , ao que se pode assistir em Alcochete e Montijo, perfeitamente entregues à pato-bravice , não se vislumbra qualquer planeamento digno desse nome, é um repetir continuo em solo virgem, dos mesmos modelos de blocos de apartamentos e de sucessivas rotundas, qualquer uma delas pior que a anterior, são de ir às làgrimas os repuxos e outra "estatuària" a par das muito em voga "oliveiras do Alqueva" agora transplantadas para aqueles circulos no meio do betão e do alcatrão.

O caso mais grave é sem duvida o Montijo onde os blocos de betão invadem literalmente o espaço rural, no meio de campos de cebolas ou batatais lá aparece mais uma urbanização, mais um mamarracho , mais uma rotunda. É inacreditável! Nada se aprendeu com os erros de Almada e do Seixal nem mesmo em Almada e no Seixal- verdade seja dita!Posted by Hello

domingo, maio 22, 2005

SPORT LISBOA E BENFICA NO SEIXAL ou SPORT SEIXAL E BENFICA?


Centro de Estágio do Benfica no Seixal , a pior localização possivel!

Porquê hoje este post, bom para não aproveitar a onda caso o Benfica seja hoje ou não o Campeão, não é isso que aqui está hoje em causa, no futuro talvez, porque muitos profissionais de saúde ao mais alto nível consideram a zona escolhida por Vale e Azevedo e a Euroárea e viabilizada pela Câmara do Seixal por ser, tão só, a mais insalúbre do concelho, e isso talvez afectará o futuro desempenho daquela equipa.

A escolha daquele local não teve estudos de impacto ambiental, muito menos de impacto ao nivel do rendimento fisico , desportivo e de saúde dos atletas, foi tão só mais uma negociata , da qual já todos ouvimos falar e sobre a qual o tribunal já se pronunciou sobre algumas das suas vertentes.

O que conta, para o Benfica, é que parece estar a construir as fundações do seu futuro num sitio de caracteristicas húmidas e pantanosas, que recebe a norte -esqª na imagem- (de onde vêm os ventos predominantes) a poluição do Barreiro, a Este - em cima na imagem- o ambiente pantanoso do Rio Coina onde é despejado ( sem tratamento pois não há ETAR) o grosso do esgoto do Concelho do Seixal, tem depois a Sudeste - dtª na imagem- a Siderurgia Nacional e dos terrenos mais contaminados do País.

Depois, vai ter a Sul - parte inferior da imagem, não visivel na totalidade- o mobil daquela infraestrutura e que é uma urbanização com cerca de 24 hectares, uma nova cidade que vai nascer à sombra de uma estrutura desportiva que ainda compreenderiamos a implantação se se mantivessem os sobreiros e outro arvoredo que ali existia (em terrenos de REN - Reserva Ecologica Nacional) mas que foi arrazado para construir os campos de treino e a mega-urbanização.

Do ponto de vista natural o Seixal perdeu já uma fatia de terrenos de reserva ,e umas dezenas largas de sobreiros e oliveiras," ganhou" mais uma mega urbanização, com todos os problemas inerentes a um empreendimento desse tipo numa zona já densamente habitada e não menos grave, históricamente vê adulterada a Quinta da Trindade perfeitamente descaracterizada no novo cenário urbano-desportivo.

O Benfica ganhará um Centro de Estágio , por melhor que seja, numa péssima zona, o que não é caso unico de uma instalação desportiva no Seixal, o Campo de Atletismo Carla Sacramento no Muxito ,dista em linha recta sómente algumas centenas de metros do Aterro Sanitário sendo afectado pelos cheiros nauseabundos tão caracteristicos daquela instalação.

No Seixal já sabemos pois o que a "casa gasta", é pena que uma instituição como o Benfica se tenha deixado envolver neste enredo que estará certamente na calha para ser inaugurado em vésperas das próximas eleições, o timing ideal para Alfredo Monteiro se pôr em bicos dos pés para aparecer na fotografia com os idolos do futebol.

Já o Boletim Municipal (pago pelos contribuintes a peso de ouro) se parece cada vez mais com o suplemento do Jornal do Benfica.Quem ganha com esta colagem? O Benfica não é de certeza...

A melhor das sortes para o Benfica! Com amigos destes bem precisa! Posted by Hello

sexta-feira, maio 20, 2005

CEGONHAS NA FLÔR DA MATA


As Cegonhas voltaram ao Seixal, à Flôr da Mata melhor dizendo

A cronica de António Barreto que se publicou no PUBLICO e que transcrevemos parte, termina com um pouco de côr e esperança com a metafórica descrição dos jacarandás em flôr por essa Lisboa fora. Na Margem Sul invejamos essa beleza a que estas cidades e vilas com história não têm direito a almejar agora que transformadas numa enorme massa suburbana descaracterizada e entregue ao desmando de quem não a merece.

Da côr dos jacaranás para o preto e branco das cegonhas que voltaram para se instalar na Flôr da Mata (numa plataforma para si construida num poste junto à estação de serviço), talvez que este regresso tenha a ver com a conservação imposta aquele espaço natural pelo PDM que desde 1993 protege aquela floresta que nos ultimos meses foi em grande parte selvagem e ilegalmente abatida e vitima de, ao que tudo indica, fogo posto! Mesmo assim voltaram as cegonhas! No entanto alterações ao PDM para favorecer os novos proprietários daquele espaço, num descarado tráfico de influências, pode de novo fazê-las partir, tal como às raposas, doninhas, cucos, pica-paus, salamandras, melros, rolas, gaios coelhos e tantas outras espécies que vivem naquele que devia ser um espaço de fruição da natureza por todo o concelho.

Um espaço natural preservado até agora e que as futuras gerações poderiam assim também conhecer, e não um espaço onde insistentemente a Câmara pretende instalar um Bairro Social em exclusão porque no meio do pinhal, para os desafortunados que ocuparam ilegalmente os prédios de Vale de Chicharos e se autoexcluiram a ponto de mesmo a policia não entrar nos seus "dominios" que valem ouro para quem recentemente adquiriu os prédios ! (mais um exemplo de tráfico de influências ?) - A PJ depois de investigar o Espirito Santo deveria continuar e investigar a "Sagrada Famiglia Tovarich"...

Vale a pena meditar em dois parágrafos da ultima coluna de Luis Salgado de Matos no PUBLICO intitulada "PDM para 60 milhões de portugueses" transcreve-se uma curta parte:

"Os sobreiros são um ser vivo.Matá-los é crime.Matá-los por dinheiro é crime repugnante.Façamos umas perguntas antes de prosseguirmos. (...)
A opinião publica quer sangue. Desconfia. Solução? Mantermos o combate à corrupção e mudarmos as leis que facilitam a corrupção. Por exemplo. Nao permitindo alterações dos PDM dando mais direitos económicos . Nao termos PDM que autorizam habitações para 60 milhões de portugueses - quando somos dez milhões e já temos 15 milhões de casas. E claro, leiloarmos as decisões economicas."

Nao são coloridas como os jacarandás ou os pavões que tambem os há nesta Floresta ou mesmo os flamingos mais avermelhados que rareiam cada vez mais para os lados da Baía ...mas aí estão, benvindas, as cegonhas! Posted by Hello

quarta-feira, maio 18, 2005

FLOR DA MATA E PINHAL DOS FRADES NO SEIXAL, UM EXEMPLO DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS? OU DE MÁ GESTÃO DO TERRITÓRIO?


Foto Flor da Mata Seixal / Portugal talvez que com esta vista se compreenda porque é um tema recorrente aqui no A-Sul, é uma mancha verde protegida no PDM que os cidadãos pretendem continue defendida ambientalmente , mas que outros interesses pretendem urbanizar, alterando o PDM. A população fala já de um exemplo de alegado tráfico de influências na Margem Sul . (Nos limites da imagem, à esquerda a EN378 (Seixal-Sesimbra-Meco), em baixo a Flor da Mata, à direita Pinhal dos Frades e em cima a A2 e nó do Fogueteiro , a zona do centro para baixo da imagem e agora menos arborizada, era a de pinheiros e sobreiros arrazados ilegalmente nos ultimos meses- ver posts em arquivo)

Corrupção e tráfico de influências nunca estiveram tanto na ordem do dia , sendo injusto generalizar para todos os autarcas ou todos os politicos, certo é que muitas decisões não tendo uma explicação lógica ou contrariando os verdadeiros desejos das populações, leva a que a desconfiança se instale como no caso da imagem. Veja-se excertos do que sobre o tema, e o país , escrevia António Barreto no passado fim de semana (15/05/05) no PUBLICO www.publico.pt do qual se recomenda a sua leitura integral:

"Um presidente de Câmara que recebe luvas e comissões em "dinheiro vivo" para não deixar traços?(...)
Uns acessos ao estádio e umas instalações desportivas construidas e pagas a preço forte, com dinheiros da Câmara e do Estado, em troca de umas comissões para os autarcas e para o partido, com a certeza prévia de que a empresa construtora seria a vencedora de um concurso público e isento?
Uma autorização para derrogação do plano director municipal?
Uma câmara que cede terrenos públicos , a preços ridiculos, para os negócios imobiliários de um clube de futebol?
Uma licença para construir casa privada em parque de reserva ecológica absoluta?
Um alvará para modificar um monumento classificado, a beneficio de um comércio privado e de uma casa de habitação de um antigo ministro?(...)

Um empresário que, para levar a cabo projectos de construção, obtém benefícios fiscais, emprestimos bonificados e autorizações governamentais através das suas relações com um partido e aproveitando as suas próprias actividades financeiras dentro desse partido?
Um presidente de câmara, um ministro e um secretário de Estado que mentem descaradamente nas suas declarações de interesses , das quais ocultaram fortunas fugidas ao fisco e propriedades postas em nome de familiares?
Um autarca que recebe regularmente comissões por obras que deixa fazer nos limites do seu município?(...)
Governos de gestão que, a arrepio da lei e da honestidade, nomeiam altos funcionários e gestores para empresas, vendem patrimonio do Estado a preços de favor, concedem autorizações especiais para estabelecimentos empresariais e atribuem licenças de unidades produtivas em sectores submetidos a condicionamento? (...)

MINISTROS, DEPUTADOS E AUTARCAS que se consideram acima da lei e são, na verdade, impunes? Empresários, banqueiros, proprietários, aristocratas, burgueses, empreiteiros, patos-bravos que se comportam com a convicção de que tudo lhes é devido e de que o nome, por vezes , o dinheiro, sempre, lhes conferem direitos de extraterritorialidade perante a lei?

TUDO ISTO ME FAZ A MESMA IMPRESSÃO do que a milhares de cidadãos.mas tudo isto não seria mais que o resultado da pobreza secular, da miséria cultural e moral, da voracidade de quem quer enriquecer depressa, da arrogante tradição dos banqueiros e empresários de regime e da pequenez de politicos videirinhos...Não seria mais do que isso...Mas é bem pior. É o resultado das deficiências da justiça.É a consequência da falta de justiça.Pior do que a corrupção. Pior que a voracidade. Pior que a impunidade das "classes altas" e dos políticos. Pior que tudo , é a falta de justiça pronta e eficiente (...)

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terça-feira, maio 17, 2005

SOBREIROS EM PERIGO NO SEIXAL


Arderam criminosamente oito hectares de sobreiros e pinhal no Pinhal dos Frades/Seixal numa zona protegida onde se fazem sentir pressões para construção em massa.

Escrevia na passada sexta feira no PUBLICO, www.publico.pt Miguel Sousa Tavares:

"(...) Uma conclusão politica que se pode tirar desde já do "caso Portucale" é que ele ilustra - os maleficios que resultam de uma legislação ambiental e de ordenamento do territorio onde há regras compulsivas para os pequenos e excepções às regras para os grandes.

Data também dos ultimos dias de governo de um secretário de Estado de Cavaco Silva a excepção chamada dos "projectos estruturantes", ao abrigo da qual, nas zonas da REN (Reserva Ecologica Nacional) e da RAN (Reserva Agricola Nacional), onde todos os entraves são colocados ao corte de dois sobreiros ou à ampliação em 20 metros quadrados a uma construção já existente, é possivel, todavia, cortar dois mil sobreiros ou edificar várias centenas de habitações novas se alguém com poder para tal resolver que se trata de um "projecto estruturante" para a economia portuguesa.

Onde há excepções permitidas à lei em geral, há sempre um poder discricionário concedido a alguém para as declarar; e , onde existe tal poder, existe sempre a possibilidade de o influenciar e ,em ultima análise, de o corromper.

Ao contrário do que disse Lobo Xavier, o problema aqui não é de excesso de Estado: Em todos os países civilizados existe legislação que veda a construlção em áreas de especial aptidão agricola ou de especial sensibilidade ecológica. O mal não é haver Estado que as defenda, o mal é haver demasiados interesses particulares que se habituaram a viver do favor e da excepção do Estado (...)"
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segunda-feira, maio 16, 2005

O FUTURO DA "LISNAVE" - ALMADA CIDADE DA ÁGUA


Estaleiros da Lisnave substituidos por cidade de 9500 habitantes em Almada

È sempre a teoria do "do mal o menos" , em 1999 entrou em discussão publica o delirio arquitectonico conhecido como a Manhatan de Cacilhas. 12o hectares ocupados a 80% da àrea, cinco mil fogos , 30000 habitantes (tantos como o concelho do Seixal tinha em 1975), teriamos também a "torre biónica " (que entretanto mais ninguém no mundo quiz) que teria 312 metros de altura.

Agora , apresentam-nos outro projecto, para os mesmos 120 hectares, temos 50% dedicados à habitação, 30% a comércio e serviços e 18% destinados a equipamentos culturais e equipamentos colectivos. O Projecto prevê "pontualmente" a construção de edificios de 11 a 35 pisos, outros números, data de finalização do projecto 2025, 9500 residentes, 15000 trabalhadores, 45000 visitantes, 8100 lugares de estacionamento.

Como lhe vamos chamar agora? de "Manhatan de Cacilhas" a talvez "Veneza de Cacilhas"??? Outra curiosidade é que quem chumbou o anterior projecto, o Ministro do Ambiente da altura , era nem mais nem menos que o Eng.Socrates hoje primeiro ministro. Viviamos à época da "Manhatan" um periodo pré eleitoral autarquico...como agora...de forma que tudo há a esperar deste projecto, inclusivamente o facto de não ser levado a sério, o que em caso de discussão publica pode ser fatal e permitir aprovar o que parece ser mais uma megalomania lusitana.

Assim vamos levar o projecto e a intenção a sério e acompanhar o evoluir do processo, mas para já há questões de base em relação à Area Metropolitana de Lisboa , nomeadamente na Margem Sul que têm que ser salvaguardadas, é que, se se avança agora para o Rio (entidade preservada do betão até agora em deterimento das florestas de Almada e Seixal), temos de parar então e já, com o avanço para as zonas florestais , nem que intermunicipios se faça aplicar o principio da perequação já contemplado entre proprietários vizinhos (distribuição de mais valias entre proprietários a quem é dada autorização de urbanizar , contrariamente aos confrontantes a quem essa possibilidade é negada) como forma de equilibrar as finanças municipais e conter a expansão urbana.

Quanto ao projecto em si, tudo é ainda demasiado vago , de tal forma que querem passar a ideia de que arranha céus de 35 andares são "casitas alentejanas" comparados com a Torre Biónica e que assim sendo não temos que nos preocupar, o que não é bem assim. Não está bem expicada a articulação que a nova cidade de 9500 habitantes (e utilizadores?) terá com a densa e saturada malha urbana já existente, e parece subvalorizado o peso do automóvel em todo o projecto.Sendo dado demasiado peso ao MST, quando se desconhece ainda o impacto e a adesão que o MST irá ter na Margem Sul.

É tudo muito côr-de-rosa, para não desconfiar desta mega operação imobiliària, e de charme, com que a espaços a autarquia de Almada nos vai adormecendo e brindando. Estejamos atentos!
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quinta-feira, maio 12, 2005

SOBREIROS PROTEGIDOS ARDEM NO SEIXAL


Sobreiros e pinheiros ardidos no Pinhal dos Frades.

Em contacto com a população de Pinhal dos Frades surgiu outra questão, que "envolve" o A-Sul e tem a ver com o timing com que o incêndio ocorreu.Durante o fim de semana foram distribuidos panfletos apelando à protecção do pinhal e à participação da população numa reunião no Centro de Solidariedade Social, o folheto remetia para o A-Sul na procura de mais informações (o que se agradece) até porque nos encarregámos de divulgar essa reunião!

Acontece que logo na segunda feira... o pinhal arde! A quem incomodou tanto a divulgação da informação? ou o incêndio era para não haver afinal razão para á noite , exigir protecção ambiental ? ou foi para intimidar os cidadãos que se têm envolvido na defesa do pinhal?

relembramos agora um texto de Miguel Sousa Tavares publicado no PUBLICO www.publico.pt
de 11 de Fevereiro, hoje mais actual que nunca:

"Um bom exemplo de negócio de lucro garantido, envolvendo o favor do Estado, é a construção em zona de paisagem protegida. A simplicidade do negócio é quase chocante: estando a construção vedada por lei, os primeiros que conseguirem ou afastar a lei, ou obter um direito de excepção (chama-se "projecto estruturante" a batota legal inventada para tal), obviamente vão vender a um preço muito superior aos que constroem e vendem em zonas mais saturadas (...) é claro que só está "protegido" até ser aprovada a primeira excepção: uma vez aberta a porta, rapidamente o "paraíso" terá de se mudar para outras paragens e outras excepções.
Váriar coisas caracterizam a forma como este tipo de negócio é passado à opinião pública.Primeiro a de que se trata de um dos tais "projectos estruturantes" para a economia portuguesa, invariavelmente envolvendo milhões largos de investimento e criando sempre, no papel, "milhares de postos de trabalho". Depois , a de que se trata, invariavelmente, de "projectos sustentáveis" e "amigos do ambiente" (...) depois vêm sempre com a aprovação jamais recusada do Turismo, e o apoio dos autarcas- de todas as cores politicas e arregimentados por uma irresponsável Lei de Finanças locais que lhes garante tanto mais dinheiro quanto mais for a construção aprovada(...). Ultimamente como sucede na ria de Alvor, os investimentos vêm também acompanhados de chancela "ambientalista" de antigos militantes da defesa da natureza e qye a crise, certamente, fez saltar para o lado oposto. E enfim para terminar, todo o enredo é preparado publicamente através de artigos saídos na imprensa e onde os "investidores" são apresentados com patriotas ao serviço da criação de riqueza para o país (...)

Percebe-se pois o quanto estes intervenientes ficam perdidos e desvairados ao ponto de intimidar ao ponto de ameaçar... ao ponto de incendiar! Quando alguns apelam para o cumprimento da lei e expõem na praça publica a corrupção e o tráfico de influências.


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quarta-feira, maio 11, 2005

FOGO EM PINHAL DOS FRADES / FLOR DA MATA e 1000 sobreiros abatidos na Qta. da Princesa


Sobreiros ardem em Pinhal dos Frades / Flor da Mata

Começamos por recuperar participações dos nossos leitores. Já hoje e a propósito do incêndio alguém punha as seguintes questões:

"O Que fazia uma viatura da Câmara Municipal no pinhal pouco antes do incêndio?

Como ocorreram máquinas da Câmara junto aos prédios (para os defenderem) tão rápidamente? Será que estavam a postos para...se alguém pegasse fogo ao pinhal?

Como aparecem tão rapidamente e vindos do nada, não residindo ali, "populares" ligados à autarquia a acusarem aqueles que defendem o pinhal de serem estes e atear o fogo, para consumo das televisões presentes (e que estas cortaram)?

Como é que uma "fogueira" apagada pelos bombeiros à hora de almoço num sitio, resulta em vários focos de incêndio separados centenas de metros horas depois?

Porque arderam pinheiros com décadas e dezenas de sobreiros (alguns muito jovens - ver foto) e os autarcas só falam em mato ardido???

Acrescentamos agora nós:

- Porque ardeu exatamente a àrea onde está prevista a implantação do Bairro projectado pela autarquia há quatro anos?

- As máquinas da Câmara realmente ajudaram a confinar o incêndio a esse espaço...foi fogo? Ou uma providencial "queimada"?

E Também uma questão de um morador na reunião com a autarquia :

- Para onde foi o resto da floresta arrazada na outra parte do Pinhal? O que é feito dessas centenas de pinheiros e sobreiros dos quais só resta uma linha junto à estrada de Sesimbra?


Noutra zona do Concelho surge a noticia já alertada por outro leitor, de um corte indiscriminado de mil sobreiros na Quinta da Princesa , segundo o PUBLICO (7 Mai 2005) " o abate ocorreu numa àrea de quatro hectares, onde está prevista a construção de um hipermercado... O vereador do Urbanismo da autarquia, Jorge Silva, explicou, por seu lado, que o municipio aprovou, em Dezembro passado, um pedido de loteamento destinado à construção de cerca de 400 fogos e um hipermercado na zona..."

Perguntamos nós , como é que a autarquia diz não ter responsabilidade no abate dos sobreiros se aprova (e claro negoceia contrapartidas...) para onde existiam os 1000 sobreiros a construção de 400 fogos e um hipermercado???

Vamos ver se aqui não estamos perante mais um caso de "Tráfico de influências"... É que Benavente já foi epicentro de muitos terramotos...


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segunda-feira, maio 09, 2005

FOGO EM PINHAL DOS FRADES

Mais um incêndio de Grandes proporções atingiu a Flor da Mata/Pinhal dos Frades.
Aquela é de facto uma floresta martir, assim existam interesses poderosos e bem colocados para retirar aos Seixaleiros o patrimonio natural herdado das anteriores gerações.

O Povo já não se deixa é levar ou intimidar com estas manobras e fez sentir isso mesmo na reunião convocada esta noite pelos autarcas, cuja agenda era afinal, de pré campanha eleitoral. Esquecem-se que ali reside gente de trabalho e que pensa pela sua cabeça e não de privilégios concedidos pelo municipio ou pelo partido... e a carneirada a que estão habituados a "pastar" e controlar, e as coisas correram-lhes mal...

O que é pena é a perda de mais uns hectares de mato, pinhal e sobreiros (protegidos) vamos a ver, se a autarquia faz finalmente cumprir a (sua) lei, que manda reflorestar, que manda manter, e que manda limpar (incluindo as dezenas de hectares que pertencem à autarquia). Os amigos off-shore certamente que com o que têm ganho com a fuga aos impostos e com os ganhos (primeiro quando a Câmara os favorece alterando o uso do solo de zona verde para terreno de construçao) e depois pelos "direitos" que assim passam a "adquiridos" para transformar uma área de protecção ambiental em mais um repositorio de mamarrachos e marginalidade ...certamente que chega para manter o pinhal e dar uma mãozinha ...e até se criavam postos de trabalho...

Os parabéns aos bombeiros que acorreram de forma exemplar e a todos os que sem medo disseram verdades, isto é cidadania e intervenção social, é preciso quem dê a cara fora do controle do PCP (e dos orgãos por si controlados - Comissões de Moradores, J.Freguesia...Câmara...Ass. Municipal...) e mostre a esta gente que chega do seu despotismo e hipocrisia.

Pelos factos , começou cedo este ano a "época de fogo posto" , vamos no inicio de Maio e é a terceira vez que os bombeiros têm de intervir.Este é claro,o caso mais grave , agora, até que o terreno regenere (se o deixarem) levará de novo uma meia duzia de anos. tempo aquele em que a floresta nao renovará o ar que tão mau é já no Seixal, é que cada àrvore que se abate é menos um sumidouro de carbono que se extingue, um ser vital que deixa de fazer fotossíntese e a troca de oxigénio pelo dioxido de carbono absorvido é tão só, função vital à vida do Homem!!!

Depois de há vários meses andarem a arrazar com o pinhal com maquinaria pesada, deixando só as àrvores do perimetro e junto à estrada para disfarçar...tem agora a zona junto a àrea habitada este destino (providencial para os desejos dos autarcas e grande capital da construção). O Fogo posto é a forma mais covarde que os interesses instalados têm de destruir aquela zona verde protegida no PDM e urbanizar em massa!

sábado, maio 07, 2005

ALERTA AMBIENTAL NO SEIXAL


Alerta ambiental em Pinhal dos Frades e Flor da Mata

De Pinhal dos Frades e Flor da Mata pedem-nos para alertar todos os residentes a estar presentes na proxima segunda feira 9 de Maio pelas 21.30 no Centro de Solidariedade Social de Pinhal de Frades numa iniciativa convocada pela autarquia.

E Também o seguinte texto:

" Nos ultimos meses arrazaram ilegalmente com dezenas de hectares do pinhal protegido no Plano Director municipal.A CMS e privados voltam à carga para construir um Bairro nesse pinhal, contra o qual nos opusemos, e subscrevemos 4000 assinaturas em defesa desse espaço verde protegido. Vem aí mais betão! Mais gente! mais problemas sociais! e menos verde! Contra a nossa vontade.
É um negócio privado com a benção da Câmara do Seixal e que só beneficia privados escondidos atrás de empresas off-shore, registadas em paraisos fiscais! Entretanto continuamos com o esgoto de P.Frades a céu aberto até ao Tejo, com a Escola 2+3 debaixo de um cabo de alta tensão, onde querem também pôr uma Bomba de Gasolina , e cada vez menos floresta!

Do Plano Director Municipal do Seixal (11 Nov 1993) :
'O Pinhal dos Frades/Flor da Mata é: Espaço Florestal, abrange àreas agricolas e de produção florestal.Incluem as àreas da reserva agricola Nacional (RAN).
É : Mata e Maciço Arbóreo...onde se mantém o revestimento vegetal existente, integrando a estrutura verde municipal e contribuindo para o equilibrio ecologico.Nas Matas e Maciços arboreos é (desde 11/Nov/1993) interdita a construção de qualquer edificação, excepto as destinadas ao seu apoio e preservação e equipamentos de interesse municipal (não habitação!). Em caso de incêndio, o vinculo mantém-se, devendo a zona ser reflorestada'

Acrescenta o A-Sul o seguinte:

O caso agora relembrado teve desde 1999 ampla repercurção quer a nivel local quer nacional. Há várias horas de reportagem televisiva transmitida sobre o caso e inumeroa artigos publicados em Jornais Regionais como o Semmais ou Jornal da Região e Nacionais como o PUBLICO, Diário de Noticias, Jornal de Noticias, A Capital...Tal&Qual... O que revela a força dos argumentos e as bases da luta da população do Seixal contra a destruição dos seus recursos naturais protegidos em Lei pela propria autarquia.

Os residentes, com a certeza da justeza da sua luta, só permitida pela Revolução de Abril (no tempo da Ditadura Fascista instalaram-se empresas altamente poluentes e tomaram-se decisões ambientalmente gravosas, mas não era permitido o protesto, a policia era a menor das ameaças...) avançaram com protestos contra a autarquia quando descobriram que esta, em segredo pretendia avançar com a destruição daquele espaço. Pesquisaram e descobriram um projecto de alta densidade urbana (para um sitio onde o PDM não permite a construção) 14 Torres de sete pisos .

N
ao era já só uma questão ambiental de grande dimensão, mas também um problema social grave uma vez que se pretendia desterrar para o Pinhal , isolados de tudo e todos, os residentes da maior chaga de delinquência e marginalidade que é ainda hoje , os prédios ocupados ilegalmente (e inacabados) em Vale de Xixaros - Fogueteiro.
Pretendia-se , agora que aqueles prédios tinham sido vendidos pela C.G.Depositos aos construtores A.Silva e Silva e Teodoro Gomes Alho rentabilizar com construção de luxo aqueles predios, enviando as pessoas para essa nova urbanização de Pinhal dos Frades/Flor da Mata e criando um novo gueto de exclusão e marginalidade numa zona protegida ambientalmente... Sabemos que essa ideia se mantém de pé , já não lhe chamam PER porque o PER (Plano Especial de Realojamento) não contempla ocupantes ilegais de habitação , chamam-lhe agora Construção de Custos Controlados..."para casais jovens"...MAS O FIM É O MESMO!!!

Com estes dados os residentes fizeram um abaixo assinado [que (só) a autarquia diz não ter validade, por haver segundo dizem, algumas assinaturas repetidas (talvez daqueles que estavam interessados em que esse projecto avançasse e descredibilizar o movimento civico)] com isso reuniram 4000 assinaturas... Que entregaram não só á autarquia como à Presidência da Republica, ao Ministério do Ambiente , á Direcção Regional do Ambiente, Governo Civil de Setubal... foram feitas exposições à Secretaria de Estado da Habitação, Secretaria de Estado do Ambiente...Quercus, GEOTA, Liga para a protecção da Natureza.INAG , onde se descobriu que a autarquia tinha até dois projectos, um para mostrar (depois de obrigada) aos municipes e outro para aprovação junto das entidades competentes... (ambos!!! com muitas e graves irregularidades face à lei)...
Já este ano, foi entregue em Bruxelas uma queixa à Comissária do Ambiente Margret Wallstron que encaminhou para o gabinete do novo comissário Sr. Stavros Dimas, cujo gabinete tem o caso em apreciação.

Os cidadãos descobriram também que as transações dos terrenos, da familia Quintella, antigos proprietários (à qual e bem, nunca foi autorizado construir nem um galinheiro... mesmo antes da existência do PDM) e depois entre os novos proprietários (a quem estava a ser dado um jackpot de bandeja - autorizando de imediato a construir) não eram claras, até porque envolviam empresas sediadas em paraísos fiscais (offshore) e que havia indicios evidentes de para além de concessão grosseira de privilégio, uma grosseira fuga ao fisco , o valor declarado do metro quadrado era de 1$20 (em 1992 !) ... Como a sociedade entretanto resolveu partir os 16 hectares ao meio, declarou então (1998) 30 Cêntimos o metro quadrado !!! (Tal & Qual 22/6/2001) .

Desde então, e após uma (caricata fuga do Sr.Presidente...) no dia em que, em caravana e manifestação nas ruas do Seixal, levaram os cidadãos, a vontade do Povo aos seus eleitos.E depois de episódicas idas a sessões de Câmara (onde à boa maneira da ditadura os cidadãos chegaram a ser ameaçados com a policia...) tem sido o silêncio , até porque a Policia Judiciària investigou toda esta trama... o silêncio tem no entanto sido ensurdecedor com as alterações que a Câmara pretende fazer ao PDM !
Apesar das recomendações em sede de pré consulta publica por parte dos cidadãos terem pedido "um reforço da protecção ambiental já existente, a criação de uma Quinta Pedagógica e instalação de equipamentos de lazer e desporto naquele cada vez mais necessário Pulmão do Concelho" consta que (possivelmente pelos compromissos com A.Silva e Silva - Quem construiu e alugou a nova e luxousa sede de serviços da CMS- e Teodoro Gomes Alho Lda) A Câmara do Seixal continua a querer betonizar aquela zona verde!!!

Basta reler algum dos nossos "posts" anteriores para ver que há sintomas disso mesmo, o corte indiscriminado de pinheiros e sobreiros nos ultimos meses , um artigo publicado no PUBLICO em Dezembro ultimo ( sobre uma floresta que em caso de fogo "deve ser reflorestada" - PDM) , o silêncio dos serviços de urbanismo ou as respostas do gabinete do PDM levam a crer que algo se está a cozinhar de novo em segredo... é que a Câmara do Seixal está proíbida de se endividar mais junto da Banca, é aliás a primeira das autarquias nessa "lista negra", e depois para que precisam os cidadãos de qualidade de vida ?(que se lixem os investimentos que fizeram na sua habitação ou as suas expectativas quando para aqui escolheram vir viver). E as futuras gerações? Porque diabo vão precisar de respirar e de ter espaços verdes ?

As autarquias e autarcas precisam é de continuar a alimentar as vaidades , os interesses e a teia de influências...e tudo isso se paga, com o quê? Com permutas, cedências...licenças de construção e sobretudo com alterações de uso do solo. Transformar um pinhal de "zona verde a preservar" a terra de ninguém a betonizar rende para "todos"...e chega para cartazes, foguetes, festas e festarolas, carros...

É por tudo isto que convém ir dia 9 segunda-feira ao Centro de Solidariedade Social, não para falar como eles querem de uns baloiços prometidos já há duas campanhas eleitorais atrás ou que vão aumentar a escola (a pensar já no novo Bairro ? ) , mas para os questionar destes problemas concretos.

O Ambiente é de todos! Pense no Futuro !!!

Em Rodapé as palavras de Miguel Sousa Tavares no PUBLICO na passado dia 29 de Abril:

"Em trinta anos de roda livre,deram cabo (os autarcas) da paisagem urbana,desordenaram o territorio, cometeram os maiores atentados contra o ambiente e a preservação das zonas protegidas, mancomunaram-se com empreiteiros, clubes de futebol e investidores imobiliários sem escrúpulos para tornarem Portugal um país mais feio, mais degradado.Mais inviável".



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sexta-feira, maio 06, 2005

ALTO DO MOINHO - SEIXAL Betão invade mais uma zona verde


Retrato do Alto do Moinho/Seixal

Claro que não tem nada a ver com o Alto do Moinho do sossego e das casas com jardim.Há cerca de três anos a Câmara do Seixal teve outra ideia para o local, os promotores chamaram-lhe "Parque Luso" e levantou polémica a sua construção numa zona verde de sobreiros, oliveiras , figueiras, numa paisagenm tipica de charneca, uma leve encosta a terminar num vale com uma linha de àgua.

O tipo de habitação unifamiliar parece incomodar os urbanistas locais, e então vai de avançar com prédios para uma zona de "paisagem a preservar", como contrapartida aos hectares de bela paisagem destruida "criaram um miseravel jardinzito" à entrada e claro, uma rotunda, abriu-se mão da paisagem e quantos mais pisos melhor e vamos para os sete pisos que é o que ali fica bem...

É puro exemplo de especulação aproveitando a proximidade da linha férrea que afinal foi construida para fartar a vilanagem...ah é claro mudaram o nome, como o "Parque Luso"... estava queimado pelos protestos, vem de lá o "Jardim dos Navegantes" com laivos de pato-bravo-chic...

Mais palavras para quê? Mais uma frente urbana em paisagem a preservar, lá se foi mais uma encosta e umas tantas linhas de àgua, e está mais betão em prespectiva, não são os sobreiros que o vão impedir...Posted by Hello

quarta-feira, maio 04, 2005

COSTA DE CAPARICA Paisagem de miséria no paraíso


A Costa de Caparica de Pedro Rolo Duarte; DNA 15 Abril

"Gosto muito de praia, mas não consigo ser "freguês" da Costa da Caparica.Todos os anos cedo à tentação da curta distância e acabo por ir, nem que seja uma vez, um dia, a uma das muitas praias da zona.Arrependo-me sempre.

Hora e meia dentro do carro até chegar à ponte.E uma paisagem miserável: a estrada que liga o Centro da Costa aos areais é uma sucessão alucinane de atentados ao bom gosto ,à saúde, à qualidade de vida. O Parque de Campismo, visto de fora, parece um campo de refugiados de uma qualquer guerra.

A mistura de prédios "plantados" sem qualquer lógica ao lado de casas quase barracas e de restos de antigas vivendas dá-nos um retrato suburbano feio, porco e mau. As crianças brincam no meio da terra ao lado do esterco dos cães. Há lixo espalhado pelas bordas da estrada, e saltam camionetas de sitios improváveis.É um quadro de miséria que, pelos vistos nunca interessou à autarquia local modificar.

O que se tem feito na zona da Comporta, o que se tem feito na linha de Cascais, o que se conseguiu fazer nalgumas zonas do Algarve, não diz nada a quem teoricamente "ordena" aquela zona.

O que podia constituir um dos cartões de visita da Grande Lisboa virada para o mar é, afinal, um exemplo da inércia e da negligência nacionais.É como digo: todos os anos, uma vez, cedo à tentação de aterrar na Costa da Caparica. Arrependo-me sempre. Este ano já está.Para o ano talvez tente de novo." Posted by Hello

terça-feira, maio 03, 2005

CAMPOS DO MONTIJO INVADIDOS PELO BETÃO


Montijo e a Ponte Vasco da Gama - "campo de papoilas" e cogumelos de betão

A onda avassaladora do betão avança sobre os campos do Montijo e Alcochete. A ponte Vasco da Gama e a acessibilidade que trouxe a Lisboa não serviu para requalificar o casco antigo quer de Alcochete quer do Montijo, serviu sim para repetir os mesmos erros que na década de setenta foram cometidos em Almada.

E como esses erros passadas três décadas não pararam ainda, não é de esperar melhor futuro para estes concelhos da "nova ponte". É obvio que as supostas àreas de contenção e protecção onde diziam, ter acautelado o ambiente, bem como a salvaguarda da especulação imobiliàrea parecem não ter chegado a atingir esses mesmos fins , pois multiplicam-se as urbanizações no meio do que foram searas, montados e hortas, essas urbanizações parecem cidades fantasmas durante o dia, sem comércio tradicional, só com um ou outro café sem gosto ou aconchego...sem gente!

São tristes dormitórios no meio do nada tendo como unico fim alimentar o negocio imobiliàrio... e o "Forum Montijo", mas apesar de dele distarem a distância de um olhar, só lá podem chegar de automovel, não há vias pedonais nem ciclovias isto numa nova cidade construida de raiz e num sitio absolutamente plano no "campo" que se pretende vender mas indissociàvel do outro elemento da familia do suburbio, o omnipresente automovel. Posted by Hello

domingo, maio 01, 2005


Via Sacra nossa de cada dia, a entrada (e saída) em Lisboa.

Na passada sexta feira 29/4/05 escrevia Miguel Sousa Tavares na sua cronica semanal no PUBLICO uma muito inteligente cronica sobre o "Poder Local", a qual se recomenda a leitura na íntegra, transcreve-se aqui uma passagem que certamente será sentida por todos aqueles que vivem na Margem Sul passa-se a citar:

É sabido o que penso (à parte as honrosas excepções, pelas quais tenho sincera admiração) sobre o geral dos autarcas portugueses: são o maior mal democrático que o país tem que suportar. Em trinta anos de roda livre, deram cabo da paisagem urbana, desordenaram o território, cometeram os maiores atentados contra o ambiente e a preservação das zonas protegidas, mancomunaram-se com empreiteiros, clubes de futebol e investidores imobiliàrios sem escrupulos para tornarem Portugal um país mais feio, mais degradado, mais inviàvel.

Nada escapou à sua cobiça ou à sua ignorância, não houve nem há dinheiro que jamais lhes chegue,gastando sem pudor nem vergonha numa proliferação de obras sumptuárias que que custam dez vezes o que custariam a um particular, de rotundas idiotas semeadas de horrendas estátuas da autoria do primo, do cunhado ou do compadre (Setubal, Évora,Lagos!), enquanto deixam por fazer aquilo que não se vê mas que mais necessário é à qualidade de vida das populações.

Basta olhar para todo o litoral , de Caminha a Vila Real de Sto.Antonio, para perceber que nada lhes chega, nada os detém, nada os sacia.Não há erro que lhes sirva de emenda, não há horror que os envergonhe , não há escândalo que os assuste.

Enquanto houver um metro quadrado de costa por destruir, uma reserva agricola por semear de vivendas, uma àrea protegida por urbanizar, eles não se dão por satisfeitos.Para isso precisam de mais anos no poder, precisam da eternidade. Por isso estão tão indignados que alguém queira removê-los ao fim de doze anos, contrariando a vontade, que presumem sempre imutável, das populações locais.

E presumem bem: é justamente porque o caciquismo e a dependência que facilmente instalam no seu circulo de poder garantem a sustentabilidade do voto que a limitação dos mandatos autárquicos constitui uma reforma urgente e higiénica.



Aqui A-Sul subscrevem-se TODAS estas palavras.E se agradecem as palavras dos que visitam este blogue e deixam sugestões , a todos Obrigado e um pedido de divulgação.


Posted by Hello