sábado, outubro 23, 2010

LER PARA COMPREENDER

« O livro Os Donos de Portugal expõe a história da burguesia, e do seu processo de acumulação de capital, no período de cem anos, compreendido entre 1910 e 2010.

Se, por um lado, são abordados os recentes escândalos associados ao BCP, BPN e BPP, os autores procuram abordar as origens das grandes fortunas, nascidas “da protecção: pelas pautas alfandegárias contra a concorrência, pela ditadura contra as classes populares, pela liberalização contra a democracia na economia”, e demonstram “como os donos de Portugal se instalam sobre o privilégio e o favorecimento” »

“Este é um ensaio sobre os últimos 100 anos de luta entre o poder económico e o poder político”. Foi desta forma que Fernando Rosas resumiu o livro “Os donos de Portugal”,o livro chega até à actualidade e mostra que “ao longo dos últimos anos, o Estado ajudou a criar os grandes grupos económicos existentes em Portugal”.

Francisco Louça, que falou aos jornalistas antes da apresentação, garante que “o problema de Portugal são os donos do país”, fazendo referência às grandes famílias que detêm o poder económico em Portugal. “Descobrimos que os Mello e Champallimaud são a mesma família, que também se cruzam com os Espírito Santo, com os Pinto Basto, com os Ulrich”, acrescentando que nos últimos trinta anos de governo, “um em cada cinco dos ministros e dos secretários de Estado no poder passou pelo BCP e um em cada dez pelo BES”. “Estas são famílias que detêm o essencial do poder económico português”, garante ainda Fernando Rosas.

“O que fracassa em Portugal é o privilégio de alguns que acaba por levar à falta de ambição”, garante o líder bloquista, Francisco Louçã.» ( i )

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E agora, acrescento eu, ainda se está para fazer a História das novas oligarquias e "monarquias" nascidas dos arrivistas e oportunistas da Democracia , as linhagens de deputados , de ministros e Secretários de Estado, de Acessores e de Autarcas , em certas carreiras profissionais , que beneficiando-se a si próprios e à sua prole, excluem todos os outros , desprezando o melhor que Portugal tem.

O meu pai sempre disse que este país era de meia dúzia , infelizmente assim continua .

Dos Filhos de Algo aos
Filhos da ... outra , em 36 anos pouco se mudou , em alguns casos até se piorou, a Cunha, o Compadrio muitas das vezes à custa do erário público nunca antes atingiu os patamares do presente , das autarquias que nos rodeiam às altas esferas do Estado.

Houve moscas que mudaram , houve moscas que voltaram, houve moscas que despontaram e houve moscas que sempre por aí andaram... o esterco , em grande parte continua a ser o mesmo .

10 comentários:

Anónimo disse...

Na melhor maneira esquerdista a procurar fazer e estabelecer a história conforme lhes convém!! Um BE onde nem a democracia interna existe pretende ensinar aos portugueses algo que para eles não é essencial. Claro gostaria de fazer uma menção ao Fernando Rosas que assimq ue atingiu os oito ano snecessários para se reformar da AR deu à sola antes que essa reforma fosse afectada pelo corte de 10%... é só telhados de vidro. Um BE que detém uma única CM onde a presidente foi já arguida por coisas ligadas à autarquia.
E finalmente o Ponto Verde deixou cair a máscara... tanto tempo que andou a enganar candidatos do PS e do PSD!!

Anónimo disse...

Por mim, tenho andado a fazer alguns exercícios e a rebuscar alguns livros.Certamente que não temos que seguir bíblias, e é na comparação entre ideias que podemos formar a nossa.
- Parece estranho, mas relembremos que a história do capitalismo não é assim assim tão antiga no contexto do ocidente. Sendo inútil tentar fixar uma data ou um acontecimento, referiria que se revelava nos finais da Idade Média. Antes da entrada massiva de judeus na Holanda, já em 1593 esta era um centro capitalista. A Inglaterra tinha essa mesma característica antes das imigrações do século XVII. O capitalismo comercial e financeiro(séc.XVI) apareceu antes do capitalismo industrial, e nos séculos XIX e XX o financeiro tende a dominar o comercial.
Em 1974, François Perrux constatou que ”As reconstituições históricas do liberal puro não valem mais do que as do marxista. A crer em certos defensores do liberalismo, só será possível e lógicamente pensável uma única espécie de economia progressiva, precisamente a espécie capitalista. ...Tudo se passaria desde o inicío dos tempos como se o mundo moderno fosse edificado pelos industriais e comerciantes, consultando os seus livros de contas e procurando realizar lucros. Ficariam banidos da história do capitalismo o estrépido das armas, as diplomacias impiedosas, as duras opressões e coerções violentas....à força de se terem enchido obras especializadas e esquemas da concorrência e do preço livremente formados
acabou-se -mesmo sem intenção prévia- por sugerir a impressão de que o desejo de trocar foi o impulsionador, e a livre troca o principal instrumento capitalista. Não é assim que acontece. A dominação não é exterior à concorrência, está-lhe intimamente ligada. Porque um parceiro domina o outro é que a concorrência pode realizar a sua acção de selecção económica. Porque o Estado exerce um poder de dominação em relação à economia, é que esta conhece mercados que absolutamente, não são feiras de ladrões e é obrigada a respeitar... a distinção entre actos económicos e as iniciativas, contra a fraude e o roubo à mão armada”.

Talvez o processo histórico seja muito recente, e o antagonismo entre comunismo e capitalismo, não nos tenha permitido objectivar léxicamente situações distintas dentro do próprio sistema capitalista e de livre mercado das sociedades democráticas.
Se todas essas relações tratam da exploração do homem pelo homem, se uns se propuseram eliminá-la, outros impõem sobre ela disporem de livre arbitreo. Outros ainda, aceitam que dispondo do poder de regular, através dela é possível realizar o progresso económico por intermédio de mecanismos que suavizem ou pelo menos transponham os conflitos interpessoais e sociais, por inovação técnica e económica que redistribua os benefícios a amplas camadas da população.

Anónimo disse...

Na perspectiva da margem sul é interessante cruzar a História recente da sua industrialização e de Alfredo da Silva, Mellos, Sommer, Champallimaud com Salazar.

Tb interessante cruzar isso com a História local, dos proprietários das quintas expropriadas ou vendidas etc, etc, etc, também com Salazar e que eram até personas pouco gratas do regime.

Todos estes contributos sãO válidos , excepto para as forças revisionistas bem auto-caracterizadas no primeiro comentário.

EXILADO disse...

Temos que emigrar…

exiladonomundo.blogspot.com

Anónimo disse...

Cairam aqui os bloquistas todos?? Os manifestos de História? "Tenho andado a ler"(...) Já era sem tempo de leres alguma coisa, mas não nos obrigues a ler as mesmas bíblias que tu lês!!
" Todos os contributos são válidos excepto as forças revisionistas.." (onde é que eu já ouvi isto... ahh já sei é a cassete comunista e bloquista...grandes argumentos).

Anónimo disse...

Então o senhor Fernando Rosas fugiu antes de se lhe tirarem os 10%? TCHIUUUUU não denunciem isto... também não podem denunciar que o senhor Francisco Louça nomeou a sua própria mãe para assessora no AR!!! É só risota por aqui!!
PS: sou o mesmo anónimo

Anónimo disse...

Tão caladinhas que as gaivotas istéricas ficaram com isto...
porque será que o homem quis sair?? Nâo sabem? Mas é fácil adivinhar... "motivos de saúde" claro...

João Raio renuncia presidência da Junta de Santo André

Após duas décadas na presidência da Junta de Freguesia de Santo André, João Raio demite-se do cargo “por motivos de saúde”. A proposta de renúncia ao actual mandato foi enviada pelo próprio presidente de Junta no dia 8 de Outubro e, após reunião do executivo, conheceu a sua aprovação no passado dia 11. Em comunicado de imprensa, o executivo expressa apreço “pela obra realizada pelo actual presidente” realizada em conjunto “com as equipas que o acompanharam” ao longo destes anos. António Marques, nº2 da lista e secretário da Junta, toma agora o seu lugar enquanto presidente.

Jornal do Barreiro

Anónimo disse...

lamento, mas se ao longo de muitos ano deste blog, algum comentarista tem solitáriamente citado "a biblia" - Programa do PCP
Portugal - Uma Democracia Avançada no Limiar do Século XXI
...ups sou eu!!!!!
-Mas que veja algum kamarada recorrer a um mínimo preceito desta "biblia"...nem pó!
-Por acaso já a leram,...ou ouviram falar dela?
bjssssss

Anónimo disse...

Pá anónimo anterior: ler a biblia cumunista???
Mas estes bebés até dormem com ela na cama pá
Levam-na a passear na mão esquerda, porqeu a direita é para segurar a brejeca pá
Andam com ela na mala do portátil porque até dá um bom apoio de braços pá
Mas le-la?? Karl Marx?? Engels?? O Capital?? Revolução de Outubro??
Troquem-me lá isso em miudos pá!!

Anónimo disse...

...é...eu só estava a pedir que ao menos uma leiturazita do programa do PCP.
Quanto a Marx e Engels ...dê-me a liberdade de ser um pouco tolerante...mas era pedir demasiado!