O caso data de Março, mas só agora , devido a uma leitura atrasada do mail chegou ao nosso conhecimento. Não sabemos o resultado da visita de Socorro ao Seixal, que ao que parece , por cá se deslocou em socorro dos autarcas locais, a quem vinha ensinar como gerir o Seixal, aplicando a prática de Timon.
O resultado não parece ter sido famoso, apesar do esforço de Socorro que a deixou malvista jundo dos seus, é que nós cá pelo Seixal, não demos conta de nenhuma melhoria...Fica a noticia que veio do outro lado do Atlântico.«Socorro e sua equipe vai mostrar ao gestor desta cidade (Seixal) como se trabalhaA Câmara Municipal de Timon foi reunida às pressas na sexta-feira(14) à noite para aprovar mais um pedido da prefeita Socorro Waquim (PMDB) para se afastar do país, juntamente com mais quatro assessores. A prefeita e sua “entourange” deve viajar na segunda-feira(17) para participar de um seminário sobre gestão pública municipal que começa só no dia 24 e vai até o dia 28 deste mês, na cidade de Seixal, em Portugal. Somente em diárias internacionais, a prefeita e seus quatro assessores consumirão mais de R$ 200 mil, nos dez dias em que estiverem passeando pela Europa. O pedido de afastamento foi por 15 dias – de 17 a 31 de maio – e a prefeita não disse no requerimento se vai passar o cargo para o vice-prefeito Edvar Ribeiro. Em junho de 2008 ela viajou para a Alemanha e não passou o cargo para o vice prefeito de então, João da Gráfica(PCdoB) e chegou a transformar a cidade numa praça de guerra para impedir a sua posse, que foi autorizada pela justiça.
Com relação aos custos com mais esta viagem ao exterior, é que, logo no início de sua segunda administração, a prefeita Socorro Waquim mandou um projeto de lei à Câmara Municipal reajustando seus salários, do vice-prefeito e dos secretários municipais. A prefeita passou a perceber R$ 22 mil mais 100% de representação e a diária passou a valer R$ 2,4 mil, para os deslocamentos fora do Estado do Maranhão. Sua lei não previu viagens para o exterior mas estima-se que ela mude apenas o nome da moeda e mantenha a quantidade. Como vai agora para Portugal, deve receber 2,4 mil euros por dia. Além das diárias tem também as despesas com as passagens aéreas, de cerca de R$ 7 mil cada uma. Foram autorizados a viajar com a prefeita a sua irmã Suely Almeida, secretária de Educação; seu cunhado Nicolau Waquim, secretário de assistência jurídica; sua secretária particular Isabel Barradas e o secretário de Administração Magno Pires.
Só dois contra
Na sessão de sexta-feira(14) à noite, convocada extraordinariamente, apenas os vereadores Jair Mayner(PSB) e Francisco Torres(DEM) votaram contra a autorização da licença de 15 dias por entenderem que é muito tempo para um seminário de apenas quatro dias. Jair chegou a dizer que a intenção da prefeita e sua equipe era passear pela Europa num momento em que a cidade passa por inúmeras dificuldades financeiras e administrativas – os salários dos servidores estão atrasados, o lixo, a lama e os buracos estão por toda parte, não tem transporte nem merenda escolar e muita gente morre à míngua por falta de atendimento médico.
Deixaram de comparecer à sessão (alegaram terem sido pegos de surpresa) os vereadores Jeconias Moares(PDT), Uilma Resende(PDT) e Doutor Tuá (PMN), que tenderiam a votar contra mais este desperdício de dinheiro público na administração da prefeita Socorro Waquim.
Vai trazer dinheiro
Os vereadores governistas que votaram a favor do passeio da comitiva esnobaram na justificativa, segundo Jair Mayner. “José Carlos assunção, que é o líder da prefeita, disse que “viaja para exterior quem pode”, ele por exemplo só consegue viajar mesmo para seu sítio, na zona rural de Timon”, disse Jair, acrescentando que Tales Waquim(PMDB), sobrinho da prefeita, reconheceu que a viagem da comitiva tem um custo mas ele será compensado quando a prefeita trouxer o dinheiro da Europa para aplicar em Timon.
Promessa semelhante foi feita em 2008, quando a prefeita Socorro Waquim levou comitiva semelhante para participar de um encontro de “mobilidade urbana” na Alemanha. O secretário de Obras Delfino Guimarães anunciou na época que havia conseguido assinar convênio com o governo alemão que garantiria R$ 90 milhões de euros para serem aplicados na “mobilidade” de Timon. Nunca ninguém viu um centavo deste dinheiro e de lá pra cá aumentou a dificuldade de se movimentar na cidade.
Seixal tem um quinto da população de Timon.
O Seixal é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Setúbal, região de Lisboa e subregião da Península de Setúbal, com cerca de 31 100 habitantes.
É sede de um pequeno município com 93,58 km² de área e 150 272 habitantes (2001), subdividido em 6 freguesias. O município é limitado a leste pelo município do Barreiro, a sul por Sesimbra, a oeste por Almada e a norte pelo estuário do Tejo, através do qual tem ligação a Lisboa. O Seixal inclui ainda uma baía natural.
Cidade plana que motiva o cicloturismo e, como tal, conta com uma ciclovia ao largo da baía ligando as cidades de Amora e Seixal, passando pelas localidades de Correio D’Água (ou Correr D’Água), Torre da Marinha, Arrentela e Cavaquinhas. Local onde Vasco da Gama construiu a sua frota marítima para se deslocar até à Índia, conta com inúmeras quintas senhoriais, com um património riquíssimo testemunho dessa época (Quinta da Fidalga, Quinta da Trindade, Quinta de São Pedro, etc.). Terra de pescadores, viveiro de músicos, o Seixal tem presente a qualidade artística das melhores bandas filarmónicas nacionais, tais como a Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense e a Sociedade Filarmónica União Seixalense. Ao passear pelo Seixal, por mar ou por terra, não deixe de saborear a nossa gastronomia e aprecie o núcleo histórico e as embarcações típicas do Tejo.
Da história remota da sede do Município pouco se sabe. Contudo, esta cidade terá tido origem, muito provavelmente, num pequeno núcleo de pescadores e o seu nome poderá estar associado à grande quantidade de seixos existentes nas praias ribeirinhas que seriam utilizados como lastro nas embarcações.
No início do século XVI, a população rondava as três dezenas de fogos e no dealbar do séc. XVIII, o número de habitantes ascendia a cerca de 400 pessoas. Actualmente, o Concelho tem 155 mil habitantes.
A organização administrativa e territorial do Seixal sofreu várias alterações ao longo dos tempos. Assim, na época de Quinhentos, o povoado do Seixal fazia parte da freguesia de Arrentela, estando incluído no termo de Almada. Só após a revolução liberal, na sequência da reforma administrativa de 1836 (reinado de D. Maria II), é que viria a ganhar direitos de concelho. Contudo, em 1895, viria a ser extinto.
A Freguesia de Amora foi então integrada no concelho de Almada e as de Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal no concelho do Barreiro. Três anos mais tarde, o concelho do Seixal foi de novo instituído, passando também a abranger a freguesia de Corroios, criada em 1976.
As alterações de estatuto administrativo acompanharam a evolução e desenvolvimento das povoações. O Terramoto de 1755 fez-se sentir violentamente no Seixal, tendo obrigado as populações ribeirinhas a procurar refúgio nas barrocas do Conde de Vila Nova. A reconstrução foi lenta.
A partir da segunda metade do séc. XIX, começou a registar-se um significativo surto de desenvolvimento económico e industrial, com a instalação de diversas unidades fabris (têxtil, vidro e cortiça). Ficaram conhecidas a Companhia de Lanifícios de Arrentela, a vidreira Fábrica da Amora e as corticeiras Mundet e Wicander. Há cerca de 100 anos, o Seixal era o principal centro corticeiro do País.
Nos anos sessenta, a instalação da Siderurgia Nacional (inaugurada em 1961) e a ponte sobre o Tejo (1966) deram um novo impulso ao desenvolvimento económico do Concelho, com grande incidência no crescimento demográfico e na alteração profunda das suas características urbanísticas.
Em 27 de Maio de 1993, é criada a freguesia de Fernão Ferro, resultante da subdivisão da antiga freguesia de Arrentela. Em 20 de Maio do mesmo ano, as vilas do Seixal e Amora adquirem o estatuto de cidade e Corroios ascende a vila.
A presença do Tejo neste concelho, nomeadamente da Baía do Seixal, condiciona o aparecimento de um conjunto de profissões – pescadores, marinheiros, moleiros, calafates, carpinteiros de machado – que, durante anos, constituíram o principal modo de vida das populações.
A fisionomia urbana do Concelho foi também definitivamente marcada pela presença do rio, com a construção de moinhos de maré, estaleiros navais e de actividades ligadas à pesca, tais como a antiga seca do bacalhau na Ponta dos Corvos.
Nos últimos 27 anos, o município do Seixal tem vindo a ser projectado para uma posição avançada onde lhe é reconhecida uma dinâmica de progresso, em grande medida consequência de um acentuado e assumido investimento cultural.»