quinta-feira, janeiro 28, 2010

ECOSSISTEMAS PORTUGUESES 4


« Portugal é o líder mundial na produção de cortiça, sendo responsável por 54% da produção mundial, e é um exportador importante de pasta e papel.

O sector florestal é responsável por 10% das exportações nacionais; a fileira florestal emprega 228 000 trabalhadores e representa cerca de 3% da economia portuguesa. Cerca de metade da floresta portuguesa de produção tem como função principal a produção de madeira (nomeadamente pinheiro-bravo e eucalipto) e a outra metade a produção de cortiça e a produção animal (nomeadamente sobreiro e azinheira).

As principais ameaças à produção de madeira e cortiça incluem o ataque do nemátodo de pinheiro, o declínio do sobreiro e da azinheira, os incêndios florestais e a redução do preço dos produtos florestais.

A expansão da floresta nas últimas décadas favoreceu o sequestro de carbono ao nível da biomassa florestal. Os montados, os eucaliptais e os pinhais apresentam valores de produtividade líquida durante o crescimento equivalentes a 1-5 t CO2/ha/ano, 15-32 t CO2/ha/ano e 15-26 t CO2/ha/ano, respectivamente. Em áreas agrícolas, o sequestro de carbono no solo pode ser obtido através da implementação da sementeira directa de culturas anuais e de pastagens permanentes semeadas biodiversas ricas em leguminosas. O sequestro com sementeira directa é cerca de 8 t CO2/ha/ano e 2 t CO2/ha/ano, com e sem permanência de resíduos no solo, respectivamente. O potencial unitário de sequestro de carbono pelas pastagens semeadas biodiversas é em média de 5 t CO2/ha/ano.

A avaliação da condição da qualidade da água em Portugal revela que 40% dos meios hídricos superficiais estão num estado mau ou muito mau.

Também os aquíferos subterrâneos enfrentam ameaças à qualidade da água por contaminação com poluentes de origem agrícola e intrusão salina. No entanto, nos últimos anos as zonas costeiras têm apresentado melhorias na qualidade das águas balneares. Opções disponíveis para melhorar a capacidade dos ecossistemas de regularem a qualidade da água e o ciclo hídrico incluem: um maior controlo das fontes de poluição provenientes da agro-pecuária, a restauração dos ecossistemas aquáticos, e uma gestão integrada dos recursos hídricos.

Portugal é o país europeu onde o risco de degradação irreversível do solo, por erosão, é mais elevado (Na imagem , o Seixal na margem-sul ) . A degradação dos solos implica uma diminuição na capacidade de retenção hídrica potenciando, entre outros efeitos, a ocorrência de cheias. A adopção de práticas agrícolas com mobilização de solo reduzida é uma das respostas possíveis a este problema.»

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