Investigadores da Universidade do Minho estão a criar um "revestimento revolucionário" para paredes e tetos que funciona como uma espécie de ar condicionado capaz de aquecer ou arrefecer a temperatura no interior das casas e escritórios.
A inovação está a ser desenvolvida pelo Departamento de Engenharia Civil daquela instituição de ensino superior e a equipa de investigação minhota diz não ter registos de uma invenção do género no resto do mundo, o que a torna única.
O revestimento é uma argamassa inovadora composta por gesso, cal ou cimento, areia, água e cápsulas microscópicas de PCM (um material de mudança de fase). Esta camada serve como climatizador, transitando de fase líquida para sólida ou vice-versa em temperaturas próximas da ambiente (20-25ºC).
Através da transição de fase sólida para líquida é possível, por exemplo, fazer descer o termómetro e reter energia do compartimento, tornando a divisão mais fresca.
Tecnologia deverá popularizar-se em dez anos
Tecnologia deverá popularizar-se em dez anos
Em comunicado, o professor José Barroso de Aguiar explica que a tecnologia, baseada em microcápsulas termicamente ativas aplicadas na superfície das argamassas, deverá vir a popularizar-se num futuro próximo.
"Acredito nesta tecnologia, é muito útil para a sociedade em geral. Dentro de dez anos será corrente no interior dos edifícios", afirmou. No que respeita ao preço elevado que a construção pode acarretar, José Barroso de Aguiar garante que se trata de um bom investimento.
"Vai valer a pena pagar mais quando se constrói mas saber que esse custo inicial [devido às cápsulas microscópicas] se amortiza em poucos anos, graças à poupança em eletricidade", realçou o professor.
Esta inovação assume uma particular importância devido ao facto de permitir reduzir o consumo de energia, aumentando a eficiência energética e ajudando a poupar na fatura elétrica e, simultaneamente, de proporcionar um maior conforto térmico e promover a ecossustentabilidade.
O projeto, designado "Contribuição de Argamassas Térmicas Ativas para a Eficiência Energética dos Edifícios" é apoiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e termina em 2013.
2 comentários:
Ora aqui está uma boa noticia.
Não se trata de pôr a elite cientifica a descobrir o transistor de papel para o qual a economia portuguesa não tem necessidade. Aqui cumpre-se a inovação sustentada, isto é; um sector económico em que o país tem tradição, com capacidade de absorver imediatamente a novidade e de a pôr em prática trazendo para o país um manancial de mais valias que podem valer muitos milhões.
Muito bem a estes cientistas. Muito mal aos artistas que hoje vêm publicados no Correio da Manhã e que são meia duzia de autarcas das autarquias que mais devem no país em que a Câmara do Seixal vem em 2º lugar nas dívidas. Assim se vê a gestão do PCP/CDU. Afinal são piores do que o governo o que é que fizeram ao dinheiro? e depois ainda têm a lata de andar a pagar autocarros para ir para a manifestação contra o governo quando eles são piores do que qualquer pior governo.
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