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quinta-feira, julho 07, 2011
DISCRIMINAÇÃO "POSITIVA" DIZEM ELES
Caro leitor um elogio ao Seixal, onde há serviços de saúde grátis e ao domicilio... mas só na Cucena ! Vamos exigir o mesmo para Paio Pires ou para o Casal do Marco ? ...é que é mesmo ali ao lado...
" O bairro da Cucena, no Seixal, tem “Saúde Sobre Rodas” uma vez por semana: um centro de saúde móvel, que presta cuidados de saúde primários a custo zero a quem aqui vive e a quem aparecer.
A Cucena só tem duas ruas: a rua da Alegria e a rua da Amizade. Foi entre uma e outra que se arrumaram as cerca de 200 famílias realojadas no bairro em 2002. São sobretudo famílias de origem africana e de etnia cigana. No início havia arrufos, agora há respeito e entreajuda.
Quem aqui vive faz, em regra, parte de famílias numerosas em que os recursos são poucos, as carências muitas. Os africanos são na sua grande maioria idosos, reformados. Os ciganos beneficiam quase todos de rendimento de inserção social e são vendedores ambulantes.
A história do bairro e de quem aqui vive é contada de cabeça pela enfermeira Susana Santos, coordenadora da intervenção do “Saúde Sobre Rodas” nos bairros carenciados desde 2004.
Neste bairro nas manhãs de quinta-feira cumprem a mesma rotina desde essa altura: A carrinha chega às 10:00, dá uma volta para dizer que chegou e estaciona, sempre no mesmo sítio, sempre de portas abertas.
Hoje a manhã está calma. Os dois bancos para quem não puder esperar de pé pela sua vez, postos à beira da carrinha, estão vazios. Enquanto esperamos, a enfermeira Susana Santos conta que a intervenção aqui foi motivada pelos diversos casos de falta de vacinação e pelo elevado número de gravidezes na adolescência, “tradição da cultura cigana”.
“Creio que temos feito um bom trabalho. No que respeita a vacinação temos uma cobertura de 95 por cento nas crianças e de 70 por cento nos adultos. Conseguimos também que quase todas as mulheres ciganas aderissem ao planeamento familiar e conseguimos até – entre aspas – negociar com uma mãe um pequeno atraso na primeira gravidez da filha”, contou.
A mãe é a avó agora sentada no consultório da carrinha. Ana Jardim, 34 anos, que costuma passar por aqui “só para medir a tensão arterial”, tem um neto que é o utente mais jovem do serviço. O pequeno Rui nasceu há 15 dias e é acompanhado por Susana Santos desde que estava na barriga da mãe.
“Ainda conseguimos que a filha da Ana fizesse contraceção durante um ano depois de se ter casado”, contou a enfermeira. “Depois acompanhámos a gravidez e agora estamos a conhecer o pequeno”, sorriu.
Eugénia Gomes, 21 anos, está grávida de quatro meses. Espera pela sua vez encostada ao muro do ringue de futebol, em frente à porta da carrinha. Veio viver para o bairro da Cucena em 2003, esteve entretanto no Reino Unido a estudar e regressou há pouco tempo.
Considera que este é “um recurso útil”: “Eles ajudam-me muito: a marcar as consultas, a acompanhar o estado da minha gravidez… Medem a tensão arterial aos meus pais e ajudam a controlar a diabetes do meu pai”, afirmou.
Na carrinha do “Saúde Sobre Rodas” também se acode quem vem ao acaso. Daniel Diamantino, 64 anos, não é daqui, não sabe o que isto é. Veio ver o filho, tinha uma dor na mão e entrou na carrinha para “ver se [lhe] punham uma ligadura”.
Este projeto é resultado de uma parceria alargada: a carrinha foi cedida pelo hospital Garcia de Orta no âmbito do projeto Saúde XXI, e o serviço funciona com os contributos do Agrupamento de Centros de Saúde de Seixal e Sesimbra, da Unidade de Cuidados da Comunidade do Seixal, e da autarquia (CDU), que assegura a manutenção da carrinha e os seus custos de funcionamento e faz posteriormente o acompanhamento das situações sociais mais delicadas."
Joana Carvalho Fernandes (Radio Ocidente)
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3 comentários:
Sempre os ciganos que nunca pagaram qq imposto a usufruirem do dinheiro de quem trabalha!! Para quando umas inspeções das finanças nas feiras e nas casas destes senhores que para além de tudo acima referido são extremamente violentos? Somos todos parvos ! Convertam-se em ciganos
A Camara do seixal muito de ciganos. Agora até os admite para trabalharem nos serviços centrais. Nada a opor se fossem contratados depois de terem feito um concurso de admissão em igualdade com outros cidadãos que se tivessem candidatado mas não,é sem prestação de provas. Porquê? O que pretende a camara do seixal? Dá-lhes casas e ainda lhe oferece empregos sem habilitações como se tivessem mais direitos que qualquer outra pessoa.
A Antex Imobiliária, a tal que, supostamente, é proprietária dos terrenos onde houve o derrube de pinheiros em Pinhal de Frades e que colocou cartazes a prevenir os moradores da eminente vedação de todos esses terrenos, tem a sua sede em Maputo - Moçambique. Tem uma página no Facebook. É digna de ser vista. Dêem uma olhada e pasmem...
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