segunda-feira, junho 18, 2012

RIO+20



Ainda há portugueses lúcidos:


Mudar radicalmente de vida para cumprir um desenvolvimento sustentável é a proposta do único português convidado para um participal num fórum da cimeira.
17-06-2012 16:24 por José Pedro Frazão, na cimeira do Rio de Janeiro






O sociólogo Boaventura Sousa Santos é o único português a participar nas dez mesas redondas que estão a elaborar 30 recomendações para os líderes políticos que chegam ao à cimeira Rio +20 na quarta-feira (dia 20).

O português interveio no painel sobre erradicação da pobreza, donde devem sair três recomendações. Boaventura Sousa Santos escolheu reduzir o essencial a duas.

“Se levarmos a sério o acesso universal à saúde e as condições que criam uma sociedade saudável, temos de ter uma reforma do Estado e do sistema político. Uma redistribuição da riqueza e um outro sistema de tributação, e, isso sim, pode criar um mundo mais justo. Por isso, em meu entender estas duas recomendações são as únicas que podem trazer uma transformação da economia política do mundo, que também necessitamos para poder atingir os nossos objectivos”, defendeu.

Os líderes políticos vão discutir como pode ser construída essa estrada, que permite que a tecnologia seja conduzida dos países ricos para os pobres. Mas o sociólogo considera que é o Sul que tem a ensinar ao Norte.

“Venho de um continente a empobrecer – a Europa – a precisar de soluções do mundo, que obviamente não está preparada para poder receber. Séculos de colonianismo impediram a Europa de aprender com a experiência do mundo”, considerou.

A erradicação da pobreza foi anunciada como um “conceito problemático” para debate.

“Será isto uma armadilha para não travarmos a verdadeira luta que seria necessário travar contra a concentração da renda, a enorme concentração de riqueza no mundo que está abrindo um abismo cada vez maior entre os ricos e os pobres?. E a concentração da renda é de tal maneira forte que está a contaminar e a destruir as nossas democracias. A corrupção, as transformações de leis em diversos países sob pressão de ‘lobbies’ de multinacionais que operam em diferentes países não são capazes sequer de nos trazer a mensagem de 1992”, afirmou.

Mudar radicalmente de vida para cumprir um desenvolvimento sustentável é a proposta do único português convidado para um forum que começou na Internet e continua na conferência, mas sem políticos ou agências da ONU envolvidas.


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1 comentário:

soliveira disse...

Como se sustenta esta gente que apregoa a erradicação da pobreza quando, no país em que cada um vive o desemprego alastra e não dão uma para a caixa de resolução?
Como podemos discutir a forma do telhado, se não conseguimos erguer as paredes?
Mais de 95% destes ilustres conferencistas vive do erário público, nunca na verdade, criaram um posto de trabalho, ignoram e desprezam os miseraveis desempregados, ostentam a sua sapiência como um pavão a sua cauda.
A única coisa que realmente pretendem erradicar é o risco de pobrexa dos seus herdeiros.

Os salvadores do Mundo!!!!