quinta-feira, dezembro 29, 2011

NOVA PRAGA


ESCARAVELHO VERMELHO ATACA PALMEIRAS


27.12.2011
Ana Henriques
Depois de ter dizimado muitas centenas de plantas no Algarve, o escaravelho vermelho das palmeiras chegou a Lisboa, onde já infectou mais de uma centena de exemplares, obrigando ao abate de 22. Muitas mais estarão condenadas.
"Quando os efeitos da praga se tornam visíveis é normalmente tarde de mais para salvar a palmeira", explica a chefe de divisão da inspecção fito-sanitária do Ministério da Agricultura, Clara Serra. Só muito depois de ser invadida pelas grandes e vorazes larvas do escaravelho, que se alimentam das palmas e do coração da planta, a palmeira começa a dar sinais do mal. Primeiro fica ligeiramente despenteada. Na fase seguinte cai-lhe a parte de cima da copa, acabando por morrer no máximo ao fim de dois anos. Os insectos, esses rumam às próximas palmeiras saudáveis. Como conseguem voar cinco a dez quilómetros, os efeitos são desastrosos.

Em 2007, ano em que a praga foi detectada pela primeira vez em Portugal, a União Europeia considerou obrigatória a luta contra a mesma, estabelecendo medidas de emergência. Por essa altura já Espanha, Itália e outros países mediterrânicos se debatiam há vários anos com o escaravelho (Rhynchophorus ferrugineus), que é oriundo da Indonésia mas se expandiu a partir da importação de palmeiras do Egipto para a Europa. A subdirectora-geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Flávia Alfarroba, diz que depois da declaração da praga Portugal tinha o prazo de um ano para se candidatar a fundos comunitários para o seu combate, que é caro. "Isso não foi feito e perdeu-se a oportunidade", recorda.

O facto de se tratar de uma planta ornamental, e não de produção agrícola, terá pesado na decisão. Interpelada sobre o assunto pelo eurodeputado comunista João Ferreira, a Comissão Europeia mencionou estarem em curso dois projectos de investigação sobre o insecto. "Serão dedicados 3 milhões de euros à preparação de estratégias de erradicação e contenção da praga", prometeu a Comissão no início deste ano.

O Ministério da Agricultura não tem, neste momento, fundos para esse fim. "Ainda que as câmaras possuíssem dinheiro para tratar de todas as palmeiras dos espaços públicos, nós não temos capacidade para resolver a questão das que pertencem a particulares", admite Clara Serra. Solução? "As autarquias vão ter de seleccionar os exemplares mais valiosos e proteger esses".

Apesar de ter sido informada da entrada do escaravelho na cidade há um ano - altura em que apareceu noutros concelhos da área metropolitana, como Cascais e Oeiras -, só este mês a Câmara de Lisboa colocou um aviso no seu site, no qual explica que o insecto "está a pôr em causa a continuidade das palmeiras". A praga atingiu diversos pontos da cidade: já foi preciso abater exemplares no Campo das Cebolas e na Quinta das Conchas, no Lumiar, tendo sido detectados mais casos na Junqueira e na alameda do Hospital Curry Cabral. "Temos de ser realistas: não podemos salvar as palmeiras todas, não há verbas que cheguem para isso", declara Carlos Gabirro, sócio-gerente da Biostasia, firma que tem trabalhado no combate à praga. "Como o tempo esteve anormalmente quente até muito tarde, se as condições climatéricas se mantiverem para o ano Lisboa vai ser um caos. O escaravelho vai atingir todos os parques e jardins da cidade". Embora não morram, os insectos deixam de voar com o frio. A palmeira-das-canárias é o hospedeiro preferido do escaravelho, por não ter defesas naturais contra uma praga que não pertencia até agora ao seu meio ambiente. Mas todas as palmeiras lhe são vulneráveis.

"Nos espaços públicos da cidade a praga está controlada", assegura o vereador dos Espaços Verdes, Sá Fernandes, que vai contratar uma empresa para monitorizar 300 dos três mil exemplares do espaço público. O autarca diz-se mais apreensivo com as palmeiras particulares afectadas - cujos custos de abate, necessário para evitar a contaminação, chegam com facilidade aos mil ou dois mil euros. Já o tratamento preventivo custa pelo menos 400 euros anuais por exemplar. "Se o Ministério da Agricultura não tem verbas, tem de as arranjar! Ninguém pode lavar as mãos deste problema!", afirma Sá Fernandes ( PUBLICO) .

4 comentários:

soliveira disse...

Sinceramente, espero que este escaravelho tenha muita saúde e consiga resistir a todos os ataques que lhe vierem a fazer.
A verdadeira praga, são as palmeiras que têm vindo a substituir nas nossas cidades as espécies autóctones que são muito mais úteis e bonitas.
Veja-se o caso de Almada; na avenida central as árvores frondosas davam sombra no verão, perfumavam o ar tornando-o respirável, davam encanto tornando os espaços verdadeiramente europeus.
Foram arrancadas e substituidas por palmeiras ao preço de cinco mil euros a unidade. Que mais valia se encontra nesta situação?
Bendito escaravelho!

Anónimo disse...

O pior escaravelho da actualidade é alfredo monteiro da camara do seixal e os militantes do partido comunista. Destroiem tudo por onde passam.

Anónimo disse...

...2012 no Seixal, ano da previsível sucessão do Alfreduxo pelo vice.
Não sairá pela porta-do-cavalo, mas vai-se pela esquerda baixa.

Anónimo disse...

Alfredo monteiro não sai pela porta do cavalo mas foi uma besta uma cavalgadura na gestão que fez. Alugou um edifício para os serviços da camarpor 350 000 mil euros por mês que já levou a camara à ruina e que é uma autentica prisão de alta segurança com portas blindadas em todos os corredores com proibição dos trabalhadores de circularem no edifício, com camaras de filmar em todo o lado.Alfredo Monteiro vai ficar para a história do município como o mais incompetente politico que passou pelo concelho do Seixal. Aquele a quem se devem as maiores perseguições aos trabalhadores, a destruição das poucas zonas verdes que existiam, a não execução de todas as obras que prometeu em campanha eleitoral, pela destruição e desorganização dos serviços da Câmara que são hoje de má qualidade desorganizados sem preocupação pelo municipe e pelos seus direitos. Alfredo Monteiro é ainda responsável por delapidar as finanças da camara em contratações de funcionários a recibo verde e avançados do partido com altos ordenados cujo trabalho prestado foi apenas para promover a CDU. Um edifício com 700 trabalhadores é uma imensidão. 700 trabalhadores dariam para fazer o trabalho de 2 camaras da dimensão da do Seixal, porque estes 700 trabalhadores não incluem os que tratam os jardins fazem a manutenção das ruas e etç,
são apenas para tratar de papéis que como se sabe com a crise não entram papeis nos serviços está tudo às moscas. Alfredo Monteiro é ainda responsável pela criação de 5 empresas municipais no Seixal empresas que não faziam falta nenhuma porque os trabalhadores da camara sempre asseguraram os serviços prestados à população. São empresas para criar taxos. Não se sabe bem porquê Alfredo Monteiro mente e diz que no seixal não há empresas municipais. Alfredo pode sair pela porta do burro da esquerda da direita ou de gatas que está a mais há muito tempo ele e o partido que o fez elegar a CDU.