sexta-feira, julho 24, 2009

CORRUPÇÃO EM PORTUGAL (3)


A original publicação OPS! (Revista de Opinião Socialista) publicou mais um número, o quarto , sob o tema do Urbanismo e Corrupção em Portugal e disponível gratuitamente em http://www.opiniaosocialista.org/u_numero.htm

Manuel Alegre em Editorial refere :

«O presente número da OPS! revela com muita clareza até que ponto o capitalismo ultra-liberal, a desregulação e a especulação desenfreada têm contribuído para desfigurar o nosso território e as nossas cidades. »

Infelizmente este Capitalismo Ultraliberal é posto em prática independente da côr politica das autarquias, sendo demonstrativo disso o ponto a que se chegou na Margem Sul e em autarquias há mais de três décadas nas mãos de úma única força política, o PCP , travestido de CDU.

Será sobre esse número da OPS que nos debruçaremos nos próximos posts , remetendo no entanto o leitor para a leitura integral e original dos textos que aqui destacamos apenas algumas passagens de tão importante como histórico dossier.

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Pedro Bingre assina o texto "A Bolha imobiliáriaa e as duas faces da mesma (falsa) moeda " , cito:

« Durante o ameno Verão de 2007 rebentou a gigantesca bolha imobiliária que, dizia-se, vinha crescendo nos países anglo-saxónicos desde 2001. Todos nos recordamos como num dia daquele Agosto os índices da bolsa de Nova Iorque caíram em picado, devido ao pânico dos investidores frente à combinação infeliz de uma crescente morosidade hipotecária, um mercado imobiliário sobrevalorizado, e enormes excedentes de oferta de habitações novas. Faliram primeiro as imobiliárias, logo em seguida as grandes seguradoras financeiras que garantiam os empréstimos às primeiras, um pouco depois vários bancos credores de imobiliárias e seguradoras, e por fim deu-se o colapso dos sectores que dependem do crédito (...)

Contemplando a crise mundial, os governantes portugueses apressaram-se a dizer que se tratava de um problema “exógeno”, que Portugal “não estava exposto às hipotecas subprime” americanas nem tinha sofrido de “especulação imobiliária”. A nossa crise, disseram, tinha causas distintas e só se agravou por força desta crise alheia.

Sucede que, na verdade, Portugal sofreu uma bolha imobiliária mais grave que os Estados Unidos: enquanto a americana começou a crescer em 2001, a portuguesa vinha inchando-se desde 1986.

As diferenças quantitativas estão à vista: naquele país existem cerca de 60 casas vazias ou “secundárias” por cada 1000 habitantes; no nosso, esse número ultrapassa as 140; a habitação média estado-unidense custa cerca de 2,5 orçamentos anuais brutos da família, ao passo que a sua equivalente portuguesa custa 9,5 vezes o respectivo orçamento.

Acresce ainda o facto de a maioria das hipotecas contraídas em Portugal serem exemplos acabados de subprime: as suas prestações consomem mais de 40% do orçamento mensal da família, cobrem mais de 80% do valor do imóvel, são amortizadas a três ou mais décadas, e estão indexadas a taxas de juro variável. Por fim, o preço absoluto dos fogos residenciais portugueses raia o incongruente: em Lisboa ultrapassa os 2500 €/m2, quando em Berlim ronda os 1500 €/m2. A rematar o panorama imobiliário português encontram-se os assombrosos números de construções erguidas desde 1986: mais de 50% do parque residencial hoje existente tem menos de duas décadas, e presume-se que entre este se encontre mais de um milhão de fogos desabitados.

Portugal vive agora as consequências do estoiro de uma bolha imobiliária velha de duas décadas, que proporcionou a uma minoria de indivíduos encaixar ganhos especulativos às custas de hipotecas financiadas pela banca estrangeira, do endividamento perpétuo de uma geração inteira para pagar casas facturadas muito acima do preço justo, do destroçar da paisagem urbana, do abandono da indústria, e do sacrifício da economia produtiva no altar da construção civil medíocre e do urbanismo caótico.

As causas

Na génese de todas as bolhas especulativas — sejam imobiliárias, filatélicas, bolsistas ou outras — encontra-se uma aliança entre crédito fácil, de um lado, e ganância por rendimentos obtidos sem esforço, do outro.

Do lado dos ganhadores encontram-se os profissionais da especulação, bons conhecedores dos ciclos de mercado, bem colocados junto do mundo financeiro e político, e capazes de controlar a informação que é disponibilizada ao público — para criar a ilusão de que a “valorização dos activos” resulta de um “novo paradigma económico”, do “milagre do mercado livre”.

Do lado dos perdedores estão os “investidores” amadores e não raras vezes — quando o bem especulado é essencial à vida (cereais, petróleo, habitação) — a restante população.
» (continua )

12 comentários:

ex-militante disse...

Os blogues livres oferecem um serviço inestimável à sociedade. De outra forma não teria tido acesso a este texto e à revista em apreço.
Nunca o Boletim municipal de uma câmara dita "comunista" como a do Seixal utilizou meia página que seja para alertar como este artigo alerta, contra o ultracapitalismo selvagem da construção e suas consequências como este blogue tem também feito. Bem haja.

Anónimo disse...

Para quem não sabia ainda, o Sr. Vereador e candidato à presidência da Câmara do Seixal pelo PS, Samuel Cruz, interpôs, no dia 1 de Julho, uma acção criminal por difamação contra o blogue do Flamingo, assinado por JS Teixeira. Esta acção era justificada porque, dizia este Sr. que, "Os comentários aqui publicados são, efectivamente, injuriosos para a minha pessoa". Entre os comentários encontrávamos temas relacionados com a suposta hipocrisia do Sr. Samuel Cruz e quanto ao facto de ele, supostamente, não dizer verdade na sua prática política.
Para meu espanto, ou não, estava hoje de manhã a ler o blogue de que este senhor é proprietário (Rumo a Bombordo), e deparei com um comentário que acusa publicamente, não só um trabalhador da J.F. Fernão Ferro de fraude, assim como, outro comentário em que a mesma acusação é feita contra todas as juntas de freguesia e câmara municipal. No entanto, o Sr. Samuel Cruz publicou estes dois comentários e outros mais que são colocados diariamente por outras pessoas. O mais engraçado nisto tudo, é que estas pessoas assinam como Anónimo.

Não será este, também, motivo para que o Sr. Samuel Cruz interponha um processo-crime por difamação?

Será que, afinal de contas, as pessoas tinham razão quando chamavam hipócrita e mentiroso ao Sr. Samuel Cruz?

Não terá sido a acção judicial para com o blogue Flamingo, apenas uma tentativa fracassada de calar quem desmascara as "trapalhadas" do Sr. Samuel Cruz?

Ponto Verde disse...

O Dr.Samuel Cruz anda a incomodar muita gente, ao ponto de haver blogues nascidos só para denegrir a sua imagem como o blogue referenciado.

No entanto mais do que processos e outras manobras, o Dr Samuel deveria quanto a mim, e dispondo também , quer de espaço na blogoesfera como também na imprensa local , utilizar o poder da escrita e a inteligência para desmascarar e inverter a seu favor estas alegadas difamações.

Com esta forma (LEGÍTIMA E COMPREENSÍVEL ) escolhida , talvez por deformação profissional , só arranja vítimas , o que é o papel que os visados pretendem.

Recomendo calma ao Dr.Samuel, porque no caso em apreço, basta tão só as palavras do próprio difamador e as suas contradições para o desmascarar.

Realmente o blogue referido faz a apologia do "fraco" que é o candidato Samuel Cruz , no entanto, estas preocupações e todos os outros adjectivos aplicam-se quando há na realidade é medo do candidato Samuel Cruz e não reconhecimento de fraqueza .

Por essa razão recomendo até que o leitor recorra aos arquivos do A-SUL para julgar a falta de nível e a mediocridade, não de quem entra no jogo democrático como os candidatos da oposição , mas de quem se quer perpetuar no poder independentemente de vivermos num , intelígivel para eles, sistema democrático... até recorrendo à arma em questão.

Ora se o PCP desvirtua o próprio sistema democrático inventando coligações com partidos que inventa, só para se esconder como partido e ao mesmo tempo ganhar benesses da A.R. , tempos de antena e fundos , então não se estaria à espera que tentasse abandalhar a blogoesfera?

O blogue referido nem um mês de existência terá , não tem qualquer expressão , e conta-se pelos dedos quem o visita , por isso a tática é a de mendigar visitas em todos outros blogues possíveis e imaginários, e deixar comentários insultuosos a quem o incomoda.

Outros houve nascidos com a mesma estratégia , e pelo ostracismo a que foram renegados definharam e morretam , lembro o triste Antóniodotelhado que morreram , não por processos judiciais, mas porque os remetemos ao local que merecem ao ingnorármo-los.

Esta é só mais uma tática da CDU, se calhar até o alegar que o Dr.Samuel vai processar A, ou B , nem corresponderá à verdade e servirá sómente para retirar a notoriedade que o tal senhor anseia e que o dr.Samuel terá para seu incómodo , em demasia.

Isto só significa que as novas oposições e os novos candidatos estão no bom caminho!

J.S. Teixeira disse...

Oh ponto verde,

O cerne do comentário era outro mas como está numa de me atacar e ao meu blogue, aqui vai.

1. O meu blogue (o Flamingo) não visa o denegrir da imagem de quem quer que seja. Visa, isso sim, desmascarar a mendácia de inúmeras pessoas no qual, eu considero estar incluída a figura dessa pessoa a quem se refere. O sr. Samuel é que quis comprar uma guerra comigo. Agora vejamos se aguenta.

2. Também concordo que essa pessoa devia "utilizar o poder da escrita e a inteligência para desmascarar e inverter a seu favor estas alegadas difamações". Já foi mais que provado que não tem essa capacidade e, por isso mesmo, recorre aos tribunais para tentar calar as pessoas.

3. Sou uma vítima, de facto (risos).

4. Já referi dezenas de vezes que não sou militante do PCP embora seja simpatizante dos ideais comunistas. Desta forma acho ridículas as suas acusações ao PCP.

5. O Flamingo, apesar de ter pouco mais de um mês conta já com mais de 6000 visitantes únicos. Pode tentar refrescar o seu browser diversas vezes, que apenas contará uma visita por IP. Isso significa que o blogue tem uma afluência superior a 100 visitas diárias únicas. Ao contrário de outros bloguers, eu não ganho com publicidade colocada no meu espaço. Há ai blogues em que os autores chegam mesmo a usar diferentes nomes para parecer que há muita gente a falar mal da CMS e depois, nas acções de campanha esse número fica reduzido a nada.

6. Pelos vistos, a verificar-se tal preocupação com o meu blogue, a sua ignorância só servirá para atrair cada vez mais pessoas ao meu espaço. Desta forma a mensagem que tento passar, será difundida cada vez por mais pessoas. Nesse aspecto agradeço-lhe.

7. Por tudo o que escreveu, percebe-se que O Flamingo causa muitas dores de barriga na generalidade das pessoas, onde o sr. obviamente se inclui. Com processos ou sem processos, com calúnias ou sem calúnias e podendo eu defender-me ou não, O Flamingo vai continuar a desmascarar patranhas e hipocritas como você. Mesmo que isso lhe custe muito.

Passe bem.

Tenho dito

P.S. Já sei que toda a gente que fala mal do meu blogue vai responder aqui no A-sul, portanto, falem à vontade. Se quiserem um debate sério, visitem O Flamingo.

Antónimo 4 disse...

Se houver história no movimento civico em que substantivamente se tornaram os blogs, mais concretamente nos da margem sul sul, diria ....que se alguma vez neles interferi, raramente me deixei levar pela necessidade de reagir, ou até quando o fiz nesses termos, foi mais na aparência ou na forma, sem qualquer pudor de vir a ser classificado como calculista.
Explico melhor, penso que participo gerando acções, melhor ainda, o que a prática de informação(informação para uns, desinformação para outros), mas que embora com os ensinamentos aprendidos momeadamente na guerra em que participámos( que parece que ignoramos mas muitos participaram nela e obtiveram formação nessse capítulo,independentemente da especifidade), é passível de ser influênciada(manipulada para outros), estimulada( ou a contrário, condicionada), etc, etc... .
È claro, que ninguém é inocente ou ingénuo, e tal como em movimentos que se poderão designar como o início deste que se desenvolve na blogosfera, houve recurso a acessorias profissionais de informação/contra-informação( agências comerciais ou individuos que se autodominam de Gestores de Informação), que trabalham para qualquer dos lados em confronto, desde que se lhes pague( são na realidade, e afirmam-se com toda a verdade apartidários, independentes ,etc, etc....é tudo verdade...tudo depende de quem paga a factura).
Tais factos nem serão de monta a criar alarme. A sociedade em que vivemos até se encontra previligiadamente preparada para enfrentar essas situações, tem gerações ainda no activo massivamente instruidas por manuais militares de informação e contra-informação, aplidados e praticados na guerra colonial.
Pese embora, na aparência por hipotética negação, se ter passado uma esponja por esse conhecimento.
Talvez porque prevaleceu uma “derrota”, ou porque outros fizeram questão ou por necessidade precisavam assumir vitórias, mas que um desanuviar de tensões emotivas leva hoje a relações diversas, um distanciamento que leva ao entendimento da história, e tende a ultrapassar situações traumáticas.
Mas o que versamos, são práticas de génese militar, onde na base formativa prevalecem códigos de honra, éticas e principios.
O movimento gerado pela net, neste novo meio que a blogosfera trouxe como campo de batalha, o permitir aos cidadãos exercerem o seu direito de cidadania, expressando-se por aquilo que querem e/ou que não querem( no fundo, até dentro do sistema, actuam básicamente em legitmação do poder) , conduz a que no caso vertente do poder autárquico, os detentores desse poder, por contraponto ilegitimados por degeneração, seja ela oligárquica, conflito de interesses ,etc, procurem manobrar no sentido da sua recondução aos cargos que ocupam e aos interesses que servem.
Contra os cidadãos ou grupos que os pôe em causa, recorrem então a acessorias e serviços que actuem operacionalmente, no silênciamento, na desacreditação da contestação, ou em abstracto, obrigando os outros a aceitar ou a adoptar uma determinada subjugação comportamental, indo mesmo à tentativa de anulação de oposições, utilizando todos os meios que lhes possam garantir a perpectuação dos seus interesses e objectivos.

Antónimo disse...

Tomemos como informação/contra-informação, os diversos e sucessivos “caceiteiros “que a CDU/PCP têm colocado a seu serviço, ao longo destes anos, de serviço contra os blogs que pugnam na defesa de interesses difusos, contrariando os autarcas.
Por aqui, pela margem sul, onde impera uma ditadura autárquica comunista, a estratégia e a tactica da sua intervenção não é nada que possa pôr em causa os objectivos por que cada blog contestatário de algum modo luta, antes pelo contrário, o acto de trazer esses protagonistas a terreiro, põe a descoberto o seu “discurso” – sua verdadeira face- em confronto directo ou posição de dicotomia, informar/contra-informar, é susceptível de operar por simples amplificações que determinem os pontos de clivagem e de separação das águas, pela diferenciação de natureza e substância, quer no discurso directo(o falar para fora) , quer no discurso indirecto( o falar para dentro).
Mas se existe tarefa para a informação, ou tarefa que se lhe possa ser atribuida, é a que determine acção, o passo mesmo justaposto á decisão; não ser agente redistributivo de um capital fixo que alietóriamente se dispõe ao operador; ser sim o capital eficiente gerado da combinação da análise de dados, prospectados, adquiridos e submetidos a processo de decisões sucessivas, que culminam na decisão/ acção..
O objecto da acção, neste novo campo de confrontos, seja o “Movimento Civico” sejam os “caceteiros” serão sempre os sujeitos da acção, e por ser na net, por desconhecermos fisicamente o interlocutor ou os intervenientes, em nada se diferenciam dos que temos imagem ou o podemos denominar e fulanizar, pois não o dominamos, nem queremos dominar.
O anonimato ou a invisibilidade são falsas questões, mesmo quanto uns as pretendem minimizar como barulho virtual, pois como muito bem o sabem e já foi provado, tomam corpo e expressão fisica.

Antónimo6 disse...

A metodologia da análise de dados na informação/contra-informação, obrigará sempre ao distanciamento, e para tipificar eventualmente a acção, essa não pode compreender a intervenção. Porque a intervenção vulgamente designada por acção, é na realidade uma reacção( hipotéticamente “agimos”, mas na prática poderemos constatar que foi em função do comando de outros, a maior parte das vezes de quem combatemos...démos-lhes um bailinho!, etc,etc.).
Concluindo redutoramente sem alicerçar muito os raciocínios, a informação/contra-informação poderá operar sob a prespectiva da probabilidade, induzindo, introduzindo, adjetivando e verbalizando conceitos que formem uma ponte activa entre falas e falares de individuos ou grupos,etc, etc; a aferição, será a dos estágios de realização.A informação seria então “o homem do canto do fundo”; revelar aos outros o que eram sem que o soubessem ou sabendo-o, sabiam-no mal; libertar potencialidades, engendrar e produzir massa critica.
Mas também poderá ser desenvolvida operando sob o cálculo, isto é, em função do primado dos resultados, que implicam terem-se como adquiridos os elementos em jogo, cumprimentos de prazos, execuções coercivas e subjugações ,etc, etc.; a informação será então um ordem imperativa realidada sobre o património, um exercicio de poder musculado, de manipular e subjugar os dados em função do produto objectivado no tempo; o monopólio por eliminação da concorrência.

antonimo7 disse...

Os próprios sistemas acolhem preferencialmente o seu modo de operação, e reportando-nos aos apologistas da planificação integral, o cáculo integra na sua lógica a capacidade de dominar os elementos. Em informação/contra-informação age no sentido de tomar o individuo como ser passivo, ou susceptível de passificar, cuja consciência é modelada por”engenheiros das almas”(Lenine).
Mas nada diferencia a lógica de cálculo de Lenine da Hitler ,quando prossegue a construção do Homem Novo, ” “Não é verdade, disse Hitler, que eu considere o judeu um animal. Ele está muito mais afastado dos animais do que nós. (…) É um ser estranho à ordem natural.”
Simultaneamente tão diferentes e tão iguais, tão iguais e tão diferentes.
Talvez por isso , certas sessões nos tribunais de Nuremberg se nos apresentem como totalmente desprovidas de sentido; eram mundos completamente diversos; embora empreguemos as mesmas palavras , podemos estar a induzir coisas totalmente diversas; as mesmas palavras podem enganosamente camuflar mundos completamente diferentes.
Talvez a democracia só tenha a probabilidade de subsistir na simultaniedade e nas tensões, num panorama de coexistência, de confinação com apologias totalitárias nos extremos; talvez porque o que outros pretendem fazer-nos crer de estarmos na fase de uma democracia adulta, não seja tão certo como isso; até porque há trinta e poucos anos nos diziam que estávamos em democracia, quando nessa altura democracia era um decreto; e proclamam confiar na justiça, bastião das garantias democráticas, e fazem tudo ou nada fazem para alterar as possibilidades de quem tem poder impôr a justiça dos seus interesses, adquirido que tem que o sistema garante a impunidade; em maior ou menor grau, poderemos ser condicionados, pois se acreditarmos estar na idade adulta da democracia, induzidos por quem cálculisticamente nos pretenda impôr, seremos submissos em aceitar “ este estado de coisas”; se admitirmos confiar na justiça, resignano-nos e submetemo-nos ao ditame de que afinal não somos todos iguais, mas que existem uns mais iguais que outros; as mesmas palavras, as mesmas ideografias, mas.... o cálculo na modelação.... na manipulação....
O recente “caceteiro” CDU/PCP, faz-me reagir traumáticamente, em falas e falares, que em nada diferem dos que já ouvi nos interrogatórios dos torcidários da PIDE/DGS..
Não passa de um "animal" (perdoem a expressão) que morde a mão de quem o alimenta (não do dono, porque esse é outro).
.... não tem a mínima capacidade de argumentar utilizando comentários minimamente articulados. Tenho pena que não consiga articular mais de meia dúzia de palavras com nexo. Seria muito mais divertido se o fizesse. Assim nem tem graça humilhá-lo.
O que será que os torna iguais, quando se declaram tão diferentes.

Anónimo disse...

Bem dito :

«Infelizmente este Capitalismo Ultraliberal é posto em prática independente da côr politica das autarquias, sendo demonstrativo disso o ponto a que se chegou na Margem Sul e em autarquias há mais de três décadas nas mãos de úma única força política, o PCP , travestido de CDU.»

Claro que a discussão tinha que resvalar para outro lado!

Mário Raposo disse...

Ponto Verde, Ponto Verde,

Veja lá ao que chegamos. O sr. como administrador do A-Sul, que mais ódio, suspeição, intriga, maldicência e calúnia tem lançado na blogosfera nos últimos anos, de repente, por artes mágicas, qual paladino do pudor e das boas práticas, zás, há que d'rei, os comunistas, esses ditadores, esses terroristas da história contemporânea, esses dinossauros, estão organizados, qual central de informações e deformações para denegrir a imagem, a inteligência, os supra sumo da oposição aos 35 anos de poder do PCP na margem sul.
Se não desse para rir diria que no mínimo é patético.

Pois é, sr. ponto verde, está a acontecer consigo aquilo que pretende negar, iludindo. Está efectivamente incomodado com o que se está a passar hoje na blogosfera.

Mas o sr. acha que é dono da blogosfera? Que direito divino lhe assiste?

Aguente-se, ou pelo menos tente!

Hoje tem que partilhar a exposição que antes considerava apenas sua.

Hoje, há pessoas que finalmente decidiram usar as armas que o sr. sempre usou para denegrir a imagem de pessoas honestas, sejam eleitos autárquicos locais, sejam trabalhadores.

Mas ao contrário do sr. e muitas vezes dos seus comentadores, que até se confundem e fundem na mesma pessoa, não se usa a calúnia e a ofensa pessoal.

Samuel Cruz é uma figura pública local, logo está exposto. Mas está mais exposto que o presidente da Câmara Alfredo Monteiro e demais vereadores da CDU? Está mais exposto que outros presidentes de Câmara e vereadores comunistas na região que o sr. e seus comentadores alinhados desde sempre têm caluniado e ofendido? Procure nos textos que escreveu ao longo destes últimos anos. Procure os comentários que publicou de anónimos e tire o sr. as conclusões.

Quanto ao resto sr. ponto verde, faça a travessia para a habituação.

Os tempos que estamos a começar a viver, também são de mudança na blogosfera.

Vá-se habituando e tente conviver.

O sr. como outros que por aí andam não são senhores nem proprietários da verdade.

Há muito e muito povo, para além de si e mais alguns!

Anónimo disse...

anomino 7 (é isso)

Coloquemos as suas palavras na bipolarização do poder PS/PSD…onde não existe poder social, e então perdeu-se as causas para afirmar a causa

Ponto Verde disse...

Mas que perda de oportunidade para o "Sr.Raposo" não concretizar o que me acusa.

Que pena o "Sr Raposo" não declarar os seus interesses na reeleição da CDU, e o que perde com as denúncias aqui feitas, qual o seu cargo, a sua situação de militaante, o que ganha ou perde se ganhar o candidato A, ou B.

Que pena o Sr Raposo não aproveitar esta oportunidade para refutar uma a uma as críticas, as imagens, as "calúnias" ou os factos aqui publicados diáriamente há mais de cinco anos.

Temos pena "Sr.Raposo" , são verdes...as uvas não é Sr.Raposo ?