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segunda-feira, abril 04, 2005
Os cidadãos sabem que as más decisões sobram para si e para as suas familias, os autarcas esses tiram (sempre) contrapartidas, politicas ou materiais, e , acabado um mandato (que contou a dobrar para a reforma!) logo lhes espera um outro cargo politico ou privado. Mas mesmo nos concelhos onde o estalinismo tem os seus arraiais e mecanismos montados, os movimentos civicos , mesmo actuando na clandestinidade por força das circunstâncias e pelas perseguições a que são alvo, estão actuantes e vivos, a foto mostra uma manifestação no Seixal em Dezembro de 2000 contra a construção de um bairro social numa zona protegida do concelho, a Flor da Mata.
A proposito e sobre o tema dos bairros sociais que temos analisado, escreveu na passada semana na revista "Sábado" , Pacheco Pereira, o seguinte:
"A ideia politicamente correcta de que não se deve nomear a côr, nacionalidade (no caso de emigrantes) ou qualquer outro pormenor considerado racista, sexista, ou xenófobo, nas noticias dos crimes, é só e apenas isso: politicamente correcta. Na prática censura-nos uma informação que devia-mos ter: a relação entre a criminalidade e os factores sociais e culturais onde ela encontra raizes.
Nos crimes não há (não deve haver) desresponsabilização individual por razões "sociais" e muito menos "explicações" colectivas que desvalorizem o acto criminoso, e é insensato pensar que não há "meios" de cultura favoráveis que incluem hoje a côr da pele, a idade,os padrões de consumo "cultural" e o "ambiente", a ecologia dos sitios...
É verdade para... os mil e um "espertos" de todas as economias fora do fisco, sempre na linha entre a corrupção activa e passiva; para os ciganos,eternos vendedores e compradores de tudo o que se compra e vende; para as máfias da emigração, que exploram métodos expeditos de "protecção" e punição; e para os desenraizados violentos dos suburbios negros , e, a prazo islâmicos.
As recentes mortes de policias não foram obra de "bandos de pretos", mas uniram no assassinato duas realidades do crime: a nova criminalidade violenta e agressiva dos bandos de negros da segunda geração, ou seja, portugueses filhos da primeira geração de emigrantes das nossas antigas colónias de Africa...
...as explicações sociais são mais que conhecidas, em particular para a nova criminalidade violenta ligada a grupos de jovens negros: vida de gueto, segunda geração, sem vontade de integração dos pais, sem a subserviência da emigração que veio da miséria absoluta e aceitava tudo sentindo o racismo da sociedae branca e respondendo-lhe com uma cultura de identidade no crime e na violência. Muito Centro comercial, muito filme americano, rap, jogo de video, nenhuma escolarização ,e, na cabeça a violência como afirmação de força e identidade...
Depois há os grandes negócios clandestinos de sempre, a prostituição, a droga, as armas e todo um mundo de oportunidades na "industria da noite", a dos ricos e a dos pobres. Uma nova riqueza consumista, dinheiro mal ganho por todo o lado, no "estado social", na economia clandestina da construção civil, nos jeitos e "biscates, nas lojas que nascem e desaparecem sem que ninguém as perceba, na lavagem de muito dinheiro, tudo isto atrai uma competição sem tréguas, onde habitam personagens não muito distintas dos da Quinta das Celebridades, quer as vindas de Cascais quer as da Brandoa...
Aqui Portugal mudou, e muito, e precisa de compreender sem ser aos sobressaltos televisivos de cada crime. Precisa de outros policias, outros magistrados e, num ou noutro caso, de novos procedimentos adoptados a uma realidade mais cruel .Mas precisa também de outras escolas e outros suburbios , porque estes , feitos pela ilegalidade consentida de autarcas e governantes, vieram do crime e da pobreza e perpetuam o crime e a insegurança."
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1 comentário:
O que interessa aos autarcas é a cultura do coitadinho e o culto da miséria, fado e futebol com muitos foguetes à mistura, fazer bem, para quê? Porquê pôr dois prédios onde cabem três ou quatro? zonas verdes? Caminhos para peões e bicicletas? Isso é para os tolos!!! Nós somos muita espertos e ricos, é gastar gasolina, é poluir! é ter uma M____ duma qualidade de vida, entretanto a conta pessoal e o patrimonio de muitos autarcas vais de vento em popa...é só facturar.
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