Portucale: Caso dos sobreiros cortados volta a tribunal
13-07-2011 6:43
Despacho permitiu abater centenas de sobreiros na herdade da Vargem Fresca para a construção de um empreendimento turístico-imobiliário.
Costa Neves, antigo ministro da Agricultura, é ouvido hoje ouvido como testemunha no julgamento do Processo Portucale, no Campus de Justiça, em Lisboa.
Ele foi um dos três ministros que assinaram um despacho, poucos dias antes das legislativas de 2005, que permitiu à Portucale - empresa do grupo Espírito Santo - abater centenas de sobreiros na herdade da Vargem Fresca para a construção de um empreendimento turístico-imobiliário em Benavente.
Também Paulo Portas foi arrolado como testemunha neste caso, onde a investigação detectou mais de um milhão de euros depositados pelo CDS-PP no BES. Uma verba que os procuradores suspeitam ter surgido de uma contrapartida para a viabilização do empreendimento.
Portas já respondeu por escrito a 15 questões, que fez chegar ao colectivo de juízes, e ainda esta semana deve fazer chegar ao tribunal mais três respostas depois de lhe terem sido colocadas mais perguntas.
O julgamento do caso Portucale arranca em Fevereiro nas varas criminais de Lisboa. No banco dos réus 11 arguidos, entre eles estão Abel Pinheiro, ex-dirigente do CDS-PP; Luís Horta e Costa e José Manuel de Sousa, administradores do Grupo Espírito Santo; António Sousa Macedo, ex-director-geral das Florestas. Há ainda acusados que estiveram ligados à Direcção-Geral de Florestas e funcionários do CDS-PP. Segundo o Ministério Público, em causa estão crimes de tráfico de influências e falsificação de documentos, num caso relacionado com o abate ilegal de sobreiros.(fonte RRenascença)
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