segunda-feira, junho 10, 2013

NA CAUDA DA EUROPA




Novo barómetro elaborado pela Federação Europeia de Ciclistas.
Portugal está num dos últimos lugares de um ranking europeu que compara vários indicadores sobre o uso da bicicleta. O país situa-se na 23.ª posição, juntamente com Espanha e à frente apenas da Bulgária, Roménia e Malta, segundo a lista divulgada esta semana pela Federação Europeia de Ciclistas (ECF, na sigla em inglês).
O ranking - ou antes, um barómetro, como o classifica a ECF - é constituído com base em cinco indicadores. Em três deles, Portugal está mal classificado: uso da bicicleta, segurança e turismo ciclável. Nos outros dois, está a meio da tabela: vendas de bicicletas e associativismo.
A ECF utilizou dados de um inquérito de 2010 do Eurobarómetro para avaliar o grau de uso da bicicleta nos diferentes países. Para Portugal, 2% dos entrevistados referiram a bicicleta como principal meio de transporte nas deslocações do dia-a-dia.
O número pode pecar por excesso, pois, de acordo com os Censos 2011, que contém dados de toda a população, a proporção será ainda menor. Cerca de 0,5% dos habitantes do país responderam aos Censos dizendo que vão para o trabalho ou para a escola de bicicleta.
Na sinistralidade, Portugal surge com um valor de 45 ciclistas mortos em 2011 - um número que está de acordo com as estatísticas da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. Embora o número absoluto esteja muito abaixo dos 399 da Alemanha e dos 314 da Polónia, os países com mais vítimas mortais, Portugal acaba por ficar numa das últimas posições, dado que o indicador considerado é o número de óbitos dividido pelo número estimado de ciclistas.
Também no número de viagens para praticar cicloturismo o país fica na cauda da tabela.
Com 320 mil bicicletas vendidas em 2011 - cerca de 2% do mercado europeu -, Portugal está mais ou menos a meio caminho no indicador de vendas por população. O mesmo vale para o associativismo, com o país representado na ECF por duas organizações, a MUBi - Associação para a Mobilidade Urbana em Bicicleta e a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, ambas somando cerca de 600 membros, segundo os registos da organização europeia.
Pôr as bicicletas na agenda
O ranking atribui pontos a estes cinco indicadores e depois faz uma média simples. Portugal fica com 36 pontos. Em primeiro estão, empatadas com 125 pontos, a Holanda e a Dinamarca - reconhecidas como líderes no uso de bicicletas. O último da lista é Malta, com 15 pontos.
A ECF reconhece que o seu ranking tem limitações, mas diz que é um ponto de partida para comparações. "Perguntam-nos constantemente sobre que países na Europa são os melhores em bicicletas", afirma Chloe Mispelon, responsável pelo projecto do barómetro da ECF. "É o nosso modo de promover um debate sobre cinco dimensões do uso da bicicleta", completa, num comunicado. "Agora, a comunidade e os nossos parceiros podem usar [estes dados] para exigir aos Governos mudanças reais e mensuráveis", acrescenta Bernhard Ensink, secretário-geral da ECF.
Apesar do seu uso relativamente reduzido, as bicicletas têm estado na agenda pública e política recentemente em Portugal. A proposta de lei do Governo para a alteração do Código da Estrada, entregue ao Parlamento em Março, contém inúmeras mudanças relativas a velocípedes - algumas delas polémicas, como a obrigatoriedade do uso de capacete para crianças até sete anos de idade. Ao Parlamento já chegaram também três propostas - do Bloco de Esquerda, "Os Verdes" e PSD/CDS-PP - para facilitar o transporte de bicicletas nos comboios. Ricardo Garcia Publico

3 comentários:

Anónimo disse...

Nota-se cada vez mais uma maior adesão dos portugueses à bike, sendo também notório que algumas câmaras têm apostado na construção de ciclovias. Lisboa é disso um muito bom exemplo! No Seixal e Almada tb tem aparecido algumas ciclovias, no entanto estas não estão interligadas (veja-se o caso das duas(!) ciclovias em torno da baía do Seixal ou da que acompanha o metro. É necessário MAIS, muito mais do que tem sido feito. É necessário criar uma rede de ciclovias (interligadas entre si!). A construção de ciclovias não terá que implicar investimentos avultados...pode recorrer-se à marcação com tinta (veja o exemplo da Av. da Liberdade em Lisboa!). Por exemplo, na nacional 1 há espaço suficiente para essa marcação. Possivelmente a redução da largura das estradas até iria contribuir para uma redução média da velocidade dos automobilistas e desse modo o do número de acidentes...
Depois há que criar as condições para as pessoas tenham bicicletas. Porquê? Porque a esmagadora maioria da população vive em apartamentos e não pode levar a bike para a sala! Há que ter locais na rua preparados para deixar as bikes (pode parecer estranho, mas quem já visitou Alemanha, França etc. vê disto por todo o lado... bikes na rua!)
Com vontade politica, mais ciclovias que percorram parte do concelho, mais condições para ter bikes de certo a pouco e pouco vamos começar a ver comportamentos idênticos aos dos povos do norte da Europa. Nota: ter uma ciclovia de 1ou 2 km não serve.... é que aborrece qq um que queira fazer um passeio.
Lisboa além das ciclovias tb tem apostado em equipar os jardins com equipamento de desporto. Assim, promove-se o bem-estar da população!
Nada disto tem a ver com cores partidárias, apenas com bom senso e vontade de servir os interesses da população.

Anónimo disse...

Para não falar nas ciclovias na Zona da Almada, especialmente a mais nova na Costa de Caparica que no troço que liga à Trafaria tem por vezes mais carros estacionados na ciclovia que ciclistas a circular, até porque não podem por causa desses mesmo carros.
Outra coisa a ter em atenção com a solução mágica das bicicletas é que não servem para quem tenha que usar fato no emprego, não serve para quem tem que carregar material pesado ou delicado, não é o meio de transporte mais indicado para certas zonas da cidade de Lisboa devido à orografia da mesma (ou não fosse a cidade das 7 colinas!).

Anónimo disse...

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