quinta-feira, agosto 16, 2012

DRAMA NO TEJO


O desaparecimento de Francisco Farinha, um mergulhador da apanha da ameijoa, que na terça-feira submergiu nas águas do Tejo, está a levantar polémica. A família da mergulhador acusa a Polícia Marítima de perseguir o homem de 44 anos e revela que este era advogado de direito marítimo que lutava pelos direitos dos pescadores. 

Margarida Barros é prima de Francisco Farinha e é a voz mais ativa contra a autoridade. «A polícia cerca e persegue mergulhadores por terra e por mar. Se ele não tivesse que fugir, não estava morto. Eles morrem porque fogem. Ele está morto graças à polícia marítima», acusa. 

A familiar do mergulhador pede à comunicação social que revele a verdadeira causa da morte de Francisco Farinha. «Eles não morrem porque são azelhas e porque ficam sem ar, eles morrem porque são perseguidos», conta. 

Os pescadores no local contam que muitas vezes a Polícia Marítima fica nas águas, onde os mergulhadores estão, à espera que estes fiquem sem ar e sejam obrigados a sair da água. Os pescadores acabam por ser multados e por ficar sem todo o material, em muitos casos o único sustento das famílias. 

A apanha da amêijoa no rio Tejo é ilegal por não cumprir os parâmetros de saúde necessários para a comercialização. No entanto, os pescadores contestam estas análises e acusam a própria polícia de vender na lota amêijoa apreendida. 

Apesar da prática ser ilegal, os pescadores alegam que correm riscos porque as «crianças têm que comer». «Eles ganham mais com as multas do que com a legalização», conta a familiar. 

Margarida Barros revelou ainda esta quinta-feira que Francisco Farinha era advogado de direito marítimo, uma profissão que escolheu para defender os pescadores da «perseguição das autoridades». Os familiares acusam ainda a Polícia Marítima de saber que era o advogado que estava na água e da operação ter sido intencional. 

«Ele é advogado, formado em direito marítimo. Formou-se com o dinheiro da ameijoa. Há 10 meses que não mergulhava», defendeu, alegando que a a polícia sabe quem está na água, «sabe ao que vai»e que o mergulhador er «um alvo a abater». «Eles sabem, eles conhecem os barcos», disse. (DESTAK)


1 comentário:

Anónimo disse...

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/08/18/moradores-da-costa-de-caparica-queixam-se-do-ruido-provocado-por-uma-discoteca

como é possível a CMA permitir isto numa zona residencial!?!?!? Não é de estranhar, já que na zona de Corroios e Cruz de Pau o barulho provocado pelas discotecas chega a ser ensurdecedor tudo com a complacência da câmara e mesmo ao lado da PSP, que segundo afirma tudo está autorizado pela câmara do Seixal. A lei do ruído e o descanso da população que se lixe para que os amigos fiquem ricos...