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domingo, julho 12, 2009
CAMINHOS DE SANTIAGO
Não costumamos ír tão a-sul, mas seguimos atentamente o mais austral dos concelhos do distrito de Setúbal, o concelho de Santiago do Cacém , para o qual se colocam no presente , desafios estratégicos e ambientais de extrema importância, mas escassamente debatidos .
O que é certo é que à autarquia (CDU ) não interessa muito esta discussão, o que interessa é pagar favores e atenções, se calhar em termos de despedida... deixo-vos a leitura de um post recente do blogue Alentejo Litoral (link) do passado dia 22 de Junho e titulado de "Gorjetas" .
A exemplo do 10 de Junho, onde são distribuídas condecorações e ordens ("gorjetas" como alguém dizia em tempos) mas com a vantagem de estas serem conhecidas e públicas e não "gorjetas" escondidas nas negociatas que nos habituamos a presenciar, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém resolveu ressuscitar as Medalhas Municipais ( eleições, a quanto obrigas) e arranjou uma lista extensa de pessoas e entidades a agraciar.
Da lista, que pode ser consultada em:
http://www.cm-santiagocacem.pt/Actualidade/Noticias/Paginas/CamaraatribuiMedalhasdeHonraeMeritoporocasiaodascomemoracoesdoDiadoMunicipio.aspx
e retirando 7 ou 8 nomes, grande parte deles são "agraciados" por méritos ou afinidades políticas, mais do que empenho ou valorização do Concelho e da região.
Era muito bom que a Câmara Municipal se apressasse a divulgar as biografias dos agraciados e os motivos que conduziram a tal distinção, porque, para nós, existem, nesta lista, "gorjetas" inexplicáveis.
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11 comentários:
Este texto é de uma hipocrisia sem o mínimo pingo de vergonha. Como é que se pode acusar do que quer que seja, um partido político numa "autarquia (CDU)" quando essa autarquia tem também, vereadores do PS (2) e do PSD (1)?
Está bem expresso no site da CM Santiago do Cacém que a atribuição das medalhas de Honra e Mérito foi aprovada em Reunião de Câmara por UNANIMIDADE. Caso não saibam, nas Reuniões de Câmara, todos os vereadores têm direito de voto. Para além disso, o que foi aprovado foram os nomes das pessoas a serem medalhadas e não a ocasião, já que estas condecorações acontecem em todos os mandatos. Ainda digo mais, se esta efeméride tiver os mesmos contornos da que tem lugar no Seixal, TODOS os vereadores têm o gosto de entregar medalhas, afastando a hipótese de haver qualquer tipo de aproveitamento político ou eleitoralista.
Sejamos sérios, ou o ponto-verde não lê as fontes que coloca ou fica à espera que ninguém as vá ver.
Para o azar dele, há quem veja.
Tenho dito.
Um Blog aparentemente “morto”-O Fórum Cidadania “por Fernão Ferro”- suscitava há cerca de um ano, diversas questões que tomo a liberdade de transportar para este.
É domingo, as intervenções são poucas, e prontos, desculpem lá o abuso.
“ Os partidos políticos são fundamentais para a democracia, mas esta não se esgota neles.
Cada vez mais, o divórcio entre políticos e eleitores tem vindo a aumentar e a abstenção a subir.
Cada vez mais, cidadãos empenhados no exercício da sua cidadania formam grupos independentes para intervir na vida social e política da sua comunidade.
A questão que levantamos é esta
Poderão estes grupos de cidadãos constituir uma alternativa aos partidos políticos?”
Não sou especialista na matéria, mas qualquer resposta simplista, não pode responder ás questões propostas.
Em primeiro lugar, porque teremos de recorrer às definições dos objectos em análise, e por muito que os queiramos reduzir, várias são elementos a equacionar, para além dos entendimentos e as teorizações diversas sobre cada qual.
Assim, procurarei encontrar resposta dialogando entre permissas.O resultado do exercício, é ser muito mais chato e comprido do que gostaria!.
Na lógica da estrutura da organização social vigente, juridicamente são PARTIDOS organizações de direito privado, uniões voluntárias de cidadãos com afinidades ideológicas e politicas, organizados e sujeitos a disciplina, com o intuito preciso e concreto de disputar o poder.
A IDEOLOGIA, é o conjunto de ideias, doutrinas e visões de um grupo, orientado para as suas acções sociais e politicas; segundo Marks, um instrumento de dominação que age através do consentimento, de forma prescritiva alienando a consciência humana e mascarando a realidade: outros pensadores consideram a ideologia como uma ideia, discurso ou acção que mascara o objecto, mostrando apenas a sua aparência e escondendo as suas demais qualidades.
Na ideologia, há um factor importante a considerar O DISCURSO; para Gramsci, a ideologia não é enganosa ou negativa em si, constituindo qualquer ideário de um grupo de indivíduos; mas para Althusser, que recupera a óptica marxista, a ideologia é materializada nas práticas das instituições — e o discurso, como prática social, seria então “ideologia “.Mas a ideologia é uma resultante de um processo, ou melhor do PARADIGMA,(do grego Parádeigma) literalmente modelo, a representação de um padrão a ser seguido redutoramente; pressupostos filosóficos, matrizes, teorias, métodos e valores que são concebidos como modelo; “... uma constelação de pressupostos e crenças, escalas de valores, técnicas e conceitos compartilhados pelos membros de uma determinada comunidade científica num determinado momento histórico, é simultaneamente um conjunto dos procedimentos consagrados, capazes de condenar e excluir indivíduos de suas comunidades de pares” acrescendo”.... como este pode ser compreendido como um conjunto de vícios de pensamento e bloqueios lógico-metafísicos que obrigam os cientistas de uma determinada época a permanecer confinados ao âmbito do que definiram como seu universo de estudo e seu respectivo espectro de conclusões adredemente admitidas como plausíveis.”; ou ainda”...a outra consequência da adopção irrestrita de um paradigma é o estabelecimento de formas específicas de questionar a natureza, limitando e condicionando previamente as respostas que esta nos fornecerá.” alerta já havia o físico Heinsenberg quando mostrou que, nas experiências científicas o que vemos não é a natureza em si, mas a natureza submetida ao nosso modo peculiar de interroga-la.
...
A lógica de um MOVIMENTO CIVICO não me parece assentar sobre qualquer destas permissas.
Fundamentalmente não há ideologia, existem e são constituidos em função de um objectivo ou um interesse, mas este apresenta-se como o máximo divisor comum, pois independentemente do interesse declarativo de todos, cada qual suporta o seu interesse em ideologias diversas; irremediávelmente submetidos a um pressuposto de comunhão de interesses que se extingue na realização do objectivo, e em que funcionalmente subsiste( enquanto subsistir), sustentado por relações PRAGMÁTICAS(por definição, caracterizadas pela descrença no fatalismo e pela certeza de que só a acção humana, movida pela inteligência e pela energia, pode alterar os limites da condição humana, nas essa metodologia obtém sucesso funcional pelo ênfase dado às consequências – utilidade e sentido prático – como componentes vitais da verdade).
Este será a permissa que nos poderá levar-nos a confundir um partido com um movimento, como instrumentos de organização social.
Pois, embora todas as nossas acções terem por motor a ideologia, não há ideologias ingénuas; no nosso quotidiano, querendo ou não, balizamos as nossas acções pelas ideologias que nos dão o nosso olhar o mundo; a ideologia é um objecto.
De facto o que parece acontecer, é que , num determinado “movimento” da história, onde perante diferenças (ideologias), haja necessidade de procurar um máximo divisor comum, que nos leve a agir (utilidade e sentido prático) no sentido de alcançar um objectivo, colocando o essencial á frente do secundário, utilizamos o pragmatismo como meio funcional de projecto.
Se existe ideologia sem pragmatismo, não há pragmatismo sem ideologia, pois é meramente um expediente funcional, um acto consciente para resolvermos um objecto de interesse, é em extremo a implantação de um projecto sob o aspecto táctico.
Assim, um “movimento” funciona e opera em relações sustentadas no respeito pela diversidade, conforme melhor ou pior supera o contraditório da génese ideológica das partes, como melhor ou pior resolve os compromissos em relação ao objectivo, organicamente fracturante e sem grande capacidade de disputar o poder; penso que qualquer existência de um movimento a disputar o poder é apenas por mera denominação, porque terão na prática o enquadramento jurídico de partidos.
A confusão que de tempos a tempos ressurge de substituir partidos por movimentos, advém talvez por estes actuarem na prossecução de interesses difusos, e os seus agentes(dirigentes )agirem aparentemente para o bem comum não denotando interesses pessoais, e assim poderem de algum modo representar aquilo que comparativamente teríamos como perfil exigível dos políticos(agentes de uma ideologia), nomeadamente dando imagem de agirem ao serviço público e não servindo-se dele.
Mas este é um aspecto que deve ser visto sob o ponto de vista sociológico, que em nada põe em causa o sistema vigente; ele tem origem na estrutura da organização partidária onde predomina a BUROCRACIA, e no seu cruzamento com a ideologia da representação politica( e não no acesso directo do povo às decisões politicas); resultam de um imperativo técnico, e de complexo processo social e politico que dá origem a esta nova classe social, que condicionantes económicas e interesses, podem desenvolver para estágios e expressões de “oligarquia”; ou de forma mais directa, a “borucracia partidária” ultrapassa frequentemente a sua função de assessoria do politico e passa a ditar as regras em função dos seus interesses.
O”movimento” gerado, teria então origem sociológica como expressão do que não quer, como repositor do equilíbrio dos pratos da balança; teríamos então como virtuoso o papel dos movimentos, o que não é possível ter por liquido, visto que como organização social, também os movimentos são susceptíveis de degeneração, nomeadamente quando uma facção ideológica se torna predominante, manipulando o movimento com o objectivo do desiquilibrar da balança em função de interesse particular.
Há quem teorize que a POLITICA, como ciência do poder, define-se pela capacidade de obrigar os outros a aceitar ou adoptar um comportamento; como ciência dos sistemas, pelas estruturas e processos perseguidos em permanência por uma sociedade, ao tempo a que procede à distribuição imperativa dos recursos da qual a sociedade se vale, em seu funcionamento; ou quanto à utilidade, permitir aos cidadãos intervir na legitimação do poder.
Movimentos e Partidos, talvez sejam ambos meros instrumentos no exercício da cidadania
Ponto verde, creio que o comentário do Teixeira foi claro, esclarecedor e provou que aquilo que escreveste é mentira. Não te ficava nada mal fazeres um pedido público de desculpas, já que pelos vistos, mais uma vez, a CDU não teve nada a ver com esta situação. Mas isto sou eu a dizer. É que com tantas calúnias que escreves aqui até me admira como é que ainda não tenhas sido processado por difamação.
Ó teixeira, diga-me lá por favor onde é que leu que foi aprovado por unanimidade?
É que secreto não quer dizer unanime...
Além de que voto secreto...cheira a esturro.
A proposta que foi aprovada por voto secreto vai agora ser submetida à Assembleia Municipal. A condecoração das entidades e indivíduos decorre no próximo dia 24 de Julho, véspera do Dia do Município.
E Santiago tem vereadores da oposição, pois tem, e quantos tem pelouro?
Em 6, 3 são da oposição e não tem pelouro...
Democracia...
Andreia, a sério...óculos não?
1º parágrafo do segundo link do artigo do a-sul: "A Câmara Municipal de Santiago do Cacém aprovou hoje, por unanimidade, a Atribuição de Medalhas de Honra e Mérito Municipal durante a Reunião de Câmara.
Já viu? Espero que sim xiçaaa.
Para além disso, em Reunião de Câmara TODOS os vereadores têm direito de voto, mesmo os que não têm pelouro. Para além disso também propõem nomes para condecorar.
De resto, os vereadores do PS e do PSD não têm pelouros nem as autarquias a isso são obrigadas.
Se a sra. considera que se trata de uma questão de Democracia conte pelos dedos (mãos e pés), as Câmaras Municipais que o fazem. Ao contrário daquilo que se costuma dizer por ai, pelos vistos, a C.M.Seixal é um bom exemplo de Democracia, já que atribui 3 (existe um vereador do PS que em vez de distribuir os que lhe calhavam arrebanhou os 2 para ele).
No entanto considero esta distribuição errada especialmente quando os partidos são eleitos por maioria absoluta. Alguma vez se viu os governos da Nação atribuírem cargos ministeriais aos partidos da oposição? Poucas ou nenhumas.
No entanto, vê-se bem o resultado que dá dar pelouros à oposição. O Seixal é um bom exemplo disso: utilização de informação privilegiada para fazer oposição (não digo quem são os vereadores ou ex-vereadores, os casos são conhecidos).
Tenho dito.
Teixeira, esta gente nem vale a pena. São de uma ignorância tão grande que fazem os anjos chorar. Agora também são ceguetas ou então só vêem aquilo que lhes convém. Acho um piadão esta Andreia dizer que o voto secreto cheira a esturro. Engraçado, que depois veio falar de Democracia (ou falta dela). Se não sabe, o voto secreto foi uma das conquistas de Abril e da democracia. Dessa forma ninguém pode ser discriminado pelas suas escolhas. É por isso que o voto é secreto.
Pela mesma ordem de ideias do comentário anterior, é por isso que não há voto secreto no PCP.
Ó Teixeira olha que aprovar por unanimidade, a Atribuição de Medalhas de Honra e Mérito Municipal durante a Reunião de Câmara não é o mesmo que aprovar por unanimidade os nomes a quem vão ser atribuídas...
Mas pronto como não é militante, apenas simpatizante acredito que por vezes a leitura e interpretação de editais e actas possa ser dificil, embora não devesse porque supostamente são para o cidadão anónimo ler e tomar conhecimento!
HSerejo
HSerejo,
Volto a escrever:
"Para além disso, em Reunião de Câmara TODOS os vereadores têm direito de voto, mesmo os que não têm pelouro. Para além disso também propõem nomes para condecorar."
Por favor leia aquilo que escrevo.
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