sábado, outubro 03, 2009

INVENÇÕES CDU : O METRO SUL DO TEJO



O Metro Sul do Tejo, à superfície em todo o seu percurso , menos onde não incomodava passar a céu aberto , no nó da Fomega , é uma brilhante invenção resultado da teimosia da equipa autárquica CDU de Almada que optou, contra tudo e contra todos, pela pior solução de traçado e de rede.


Como é possível que um meio de transporte projectado para circular , tanto à superfície como em subterrâneo, passe exclusivamente à superfície, não fossem os visitantes de Almada pensar que Almada não tinha Metro , mesmo nos lugares menos indicados como na Ramalha, ou atravessar a principal entrada da cidade transformando-a numa passagem de nível estranguladora e semaforizada ?

Tal solução criou transtornos durante anos nas obras por toda a cidade, dividiu a cidade a meio, desertificou-a, desqualificou-a , tornou-a inabitável para invisuais e pessoas de mobilidade reduzida, matou o comércio.

Ao contrário , com o Metro do Porto, outro Metro ligeiro "de superfície" , tomaram-se outras soluções mais de acordo com a cidade, mais amigo dos cidadãos, um contributo fundamental para requalificar e dar nova vida a centro da cidade, como pode ver do video acima !

Em Almada perdeu-se a oportunidade de fazer bem , como com tanta coisa nos últimos 35 anos !

11 comentários:

Anónimo disse...

Da tosca e pimba Emília não podiamos esperar coisa boa, só um comboio rural.

Anónimo disse...

Os autarcas são cada vez mais reféns dos construtores
03.10.2009
Luísa Pinto

As preocupações sobre a qualidade do urbanismo das cidades em que vivemos estão nos discursos e nas críticas de todos os candidatos às eleições autárquicas. Seja no litoral, seja no interior, mais nas áreas metropolitanas e menos nas cidades com menor pressão demográfica, há problemas que se repetem, e que levam o rótulo de caos e desordenamento urbanístico.

"Entre baldios urbanos e urbanizações sem qualquer racionalidade que não seja a de construir o máximo possível, mais ainda o máximo negociado com os serviços técnicos das autarquias, o território continua a sofrer todo o tipo possível de agressões", sintetiza ao PÚBLICO Mário Moutinho, reitor da Universidade Lusófona, e investigador do Tercud - Centro de Estudos do Território, Cultura e Desenvolvimento.

Para Pedro Bingre, docente na Escola Superior Agrária de Coimbra e mestre em Planeamento Regional e Urbano, este problema está generalizado em todo o país. Só as pequenas vilas e pequenas cidades do interior "onde o urbanismo ainda é interessante justamente porque nas últimas décadas poucas urbanizações novas se fizeram mediante loteamentos privados" poderão escapar a esta pesada sentença: a de que, apesar dos bons arquitectos, engenheiros e até planeadores que existem em Portugal, o que se constrói continua a ser feio e desqualificado.

Também Mário Moutinho considera que "não existem espaços urbanos recentes que possam servir de referência para técnicos, construtores ou mesmo para as pessoas em geral". É esta falta de referências que acaba por prejudicar os consumidores, já que "basta uma promessa de jardim sempre adiada para tomar a decisão de compra". O reitor da Lusófona repara que encontramos nas cidades "condomínios da maior qualidade arquitectónica em áreas verdadeiramente degradadas, sem acessibilidades adequadas, sem infra-estruturas devidamente planeadas". Estes discursos algo pessimistas esbarram com o entendimento de que existem bons exemplos, sobretudo nos esforços que foram feitos para requalificar os centros das cidades, através de iniciativas como o Polis. Guimarães e Évora são um exemplos interessante, mas sobra, depois, a amnésia do que é feito na restante cidade, como refere o geógrafo Álvaro Domingues (ver entrevista ao lado).

Estas "aberrações" urbanas de grandes edifícios plantados junto de construções antigas, ou de urbanizações encaixadas junto de leitos dos rios, ou no que já foram bosques, têm quase sempre cobertura legal. Como diz Mário Moutinho, o facto de as novas urbanizações terem por base o cadastro rural, transformado à pressa em urbano, não assegurou o entendimento do território como algo de contínuo. "Cada caso acaba nos limites do terreno urbanizado. Neste contexto é difícil assegurar uma gestão urbanística consistente", afirma.

Pedro Bingre diz que os próprios autarcas ficam reféns dos loteadores - "se eles próprios não estiverem envolvidos nisso, já que também há suspeitas de casos, como no Marco de Canaveses, de um autarca ter comprado, reclassificado e loteado várias quintas". E havendo expectativas de construção num determinado momento, entram em campo os famosos direitos adquiridos, que justificam a polémica que há oito anos anima o combate político no Porto, em relação às construções no Parque da Cidade. "Os direitos adquiridos ao longo de várias gerações de municipalismo "privado e criativo" criaram uma rede de compromissos relativamente aos quais nenhum Governo teve a coragem de pôr cobro", repara Mário Moutinho. Para Bingre, "as cidades são o rosto físico de uma cultura" e o rosto urbano português foi vendido e dessacralizado.

http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1403535&idCanal=75

Anónimo disse...

Como é que a CDU diz no Seixal?!?!?


"Juntos Construimos"...


Está tudo dito... Assim se percebe o artigo anterior do Público...

Anónimo disse...

Autarcas reféns dos construtores e dos seus direitos adquiridos ou juizes em causa própria?

Anónimo disse...

Ainda o comboio/MST...
Ainda não vi a CMA preocupada com a travessia dos invisuais ,dum lado para o outro de Almada (tipo muro de Berlim).
É que Almada é uma passagem de nivel sem guarda...

Anónimo disse...

Juntos construimos frase de campanha de Alfredo Monteiro mas que está incompleta deveria ser juntos construimos e juntos vendemos. Veja-se o Boletim Municipal de 2 de Outubro em que a Câmara CDU está a publicitar as casas da Quinta da TRindade que são de propriedade de um privado e que têm neste boletim publicidade imobiliária como se de propriedade da camara se tratasse. Promiscuidade entre camara e o capital imobiliario. Boletim Municipal página 9 veja-se. Pergunto ao presidente da Câmara se quando eu quizer vender a minha casa ele também me facilita um anunciozinho no Boletim Municipal?
Cada vez há menos vergonha nesta gestão CDU.

Anónimo disse...

Quem paga os stands da Câmara do Seixal na FIL IMOBILIÁRIO, no meio de standas do A.Silva & Silva, da Quinta da Trindade...Promiscuidade ? Nãooooooo , NORMALIDADE !!!

GMaciel disse...

Comecemos pela simples evidência de que não existe o conceito de metro de superfície. De facto, o metropolitano (metro) é um conceito de transporte urbano não interferente com o curso normal duma cidade, por isso mesmo é imperioso que seja subterrâneo.

O mais antigo, e consequentemente o primeiro, metro do mundo, o de Londres, tem pequenos troços à superfície porque, há data da sua implantação, não existia tecnologia para vencer certo tipo de rocha, daí que houvesse a necessidade de o trazer à superfície.

Alguns outros fizeram-no por necessidades de interface com outros transportes públicos, desta feita à superfície. Estas são as excepções.

Daqui se pode concluir que o chamado metro de superfície não é mais do que um moderno eléctrico, aliás chamado disso mesmo (tram) noutros países europeus. Gato por lebre ou a pequenez da mediocridade alicerçada na ideia que o povo é idiota?

Tirem as vossas conclusões!

Fernando Antolin disse...

Apenas um acrescento sobre o metro de Londres e concordando com tudo o que disse GMaciel: neste momento já existem grandes troços de metro à superfície em Londres, o designado London overground.Só que e tal como nas anteriores zonas de linha à superfície,houve o cuidado de as colocar em viaduto ou em fôsso e com isso evitar o conflito com o restante tráfego,evitando o "belo" efeito de muro que passámos a ter aqui em Almada.Inenarráveis na sua "estética"(?) são,também, os monumentos colocados nalgumas rotundas como o "supositório/saca-rolhas" enferrujado da rotunda do centro sul e o verdadeiro depósito de sucata colocado na rotunda grande(Fomega?) no fim do extremo poente da avenida do hospital.Numa cidade cada vez mais suja e desleixada,com o centro tradicional a que bem se pode chamar praça da desolação,continua a Câmara a "torrar" dinheiro nestas inconcebíveis paroladas...

Anónimo disse...

A sobranceria com que o Bloco de Esquerda trata o eleitor, a medida do seu utilitarismo, está na candidatura de Luís Fazenda à Câmara Municipal de Lisboa.
Luís Fazenda faz o frete ao partido e avança.
É uma candidatura vazia e oca de ideias, desprovida de verdadeiros projectos de serviço e de bem comum.
Só alguns lugares comuns estafados, algumas “arruadas” de bairro e visitas a instituições de solidariedade social mais conhecidas.
E revela o problema de base do BE: o seu público não são as pessoas.
Lisboa tem problemas, muitos, para resolver.
Mas, essencialmente, trata-se de problemas de pessoas e de bairro.
O discurso do BE é para as massas.
É um discurso essencialmente político - ideológico.
De ruptura.
Daí que seja em vista, essencialmente e exclusivamente, da tomada do poder central.
Do parlamento e do País.
A tomada do poder do Estado.
Dos seus cargos chave.
Para manipular à vontade e começar a destruição paulatina da nossa sociedade e dos seus valores – base.
O resto, como esta candidatura do Fazenda, é pura encenação de interesse e de mobilização.
Uma pura farsa.
Sem ideia, nem gosto.
Algo de pouco sério e para fazer número.
Não há quem perceba as intenções mais secretas do Bloco de Esquerda?
Era bom.
E urgente.

Anónimo disse...

O BE é composto por pessoas com ideologias várias , mas uma o PCP(R)(através da UDP) domina todas outras incluindo os trotsquistas.