sexta-feira, março 20, 2009

MONUMENTO AO DESPESISMO


A autarquia de Almada, projecta em tempo de DEPRESSÃO económica, em tempo de profundas dificuldades da população, um novo monumento na principal rotunda de Almada.

Desconheço o teor ou o autor de tal monumento, não são os seus aspectos formais ou artisticos que aqui cabem ser discutidos, a questão é o desperdicio de dinheiros publicos numa altura em que falta em tantos lados, sobretudo nos bolsos dos contribuintes .

É que são os contribuintes quem alimenta os cofres do Estado e das Autarquias... qualquer promessa que estes fazem aos contribuintes, é de gastar as suas contribuições que se trata e não de presentes dos bolsos dos politicos e dos autarcas.

Chega de pouca vergonha!

4 comentários:

Anónimo disse...

Concordo consigo.
A Câmara de Almada está a abrir a sua sepultura.

Anónimo disse...

permito-me divulgar este artigo....
Por uma blogosfera pimba
23 de Fevereiro de 2009 por Nuno Ramos de Almeida
O Diabo, um gato gordo e um seu criado passeiam na União Soviética, nas página da Margarida e o Mestre de Mikhail Bulgakov, a certa altura vêem um grande ajuntamento à porta da Associação dos Escritores, um deles, curioso, observa: “esta gente toda, são novos Tolstóis, Dostoievskis, Turguenievs ?”. Um outro, mais avisado, reponde-lhe: “não. É gente para almoçar, a Associação de Escritores é famosa pelo seu restaurante”. Este diálogo, que cito de memória, não vá o Diabo tecê-las e estar todo truncado, revela bem o estado actual da blogosfera lusa: discute-se muito? Não. Fazem-se excelentes jantares e festas.
Repare-se, nada tenho contras as redes sociais (faço parte de várias) e acho simpático o convívio, copos, flirts e engates. Mas já agora, convinha alguém se lembrar que nos blogues escreve-se, e que acessoriamente, depois do papel de parede e da vida social, podem-se confrontar ideias. Algumas criaturas até admitem que possam-se debater ideias, queixam-se é que se verifica, em determinados blogues , uma “pimbalhização”do debate: a agressividade verbal teria substituído o conteúdo. Entendamo-nos, os posts dos blogues não se regem pelo código universitário, nem têm de concorrer ao chá das cinco. Nós não temos de concordar, nem ser muito amiguinhos, com aqueles que acham normal a situação de injustiça, desigualdade e de corrupção que se vive em Portugal. Acho muito mais interessantes blogues com que eu não concordo, mas que sustentam radicalmente, e sem paninhos quentes, as suas ideias, do que essa blogosfera mole e tépida que quer agradar tudo e a todos. Por muito que custe a determinados cultores da vida social, a radicalidade da forma é também uma expressão de um conteúdo. Com textos compridos e curtos, com imagens e com frases, nós não pretendemos agradar. Queremos mesmo chatear: façam o favor de ir à merda.

Anónimo disse...

Passagem de solo rural a urbano passa a ser excepcional.

http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1369979&idCanal=92

Agora é que vão surgir cooperativas de hortas urbanas... vão é ver onde é que vão ser instaladas... Ao pé de alguma fossa ou ao pé algum esgoto...

Sim porque robalo e douradas já vão ser criados ao pé duma ETAR no Sapal de Corroios...

Falta o acompanhamento...

Anónimo disse...

Notícia publicada hoje no JORNAL DE NOTÍCIAS

Metro só permite três horas de sono
Moradores em rua próxima do centro fartos de buzinadelas e ressonância das composições nos carris
00h30m
SANDRA BRAZINHA
Os moradores da rua Lopes Mendonça, em Almada, perderam o sossego com a passagem do Metro Sul do Tejo. Queixam-se do ruído causado pelo ranger dos comboios nos carris e pelas buzinas usadas pelos maquinistas.

O barulho naquela rua próxima do centro de Almada é tal que a maioria das cerca das 125 famílias que ali residem já optou por colocar vidros duplos nas janelas. Muitas também decidiram pôr a casa à venda. "Só neste prédio estão quatro apartamentos e eu também não quero ficar aqui", referiu, ao JN, Manuel Amendoeira, salientando que já "não há a tranquilidade que existia".

Lembrando que tudo foi feito para evitar que o MST passasse naquela rua, incluindo a apresentação de um plano alternativo, o morador recorda que "durante a noite o silêncio torna o barulho ensurdecedor". "Conheço pessoas que nos primeiros tempos não foram capazes de aqui permanecer por causa do barulho", conta José Ganhão, outro morador, frisando que "o metro veio incomodar o sossego das pessoas", devido ao tocar das campainhas e ao simples passar das composições pelos carris, que se torna mais forte nas curvas existentes nas extremidades da rua.

O descanso para estes moradores dura apenas três horas, entre as 2 e as 5 horas, período em que os comboios não circulam entre Cacilhas e a Universidade, a única linha do MST - projecto que custou 390 milhões de euros - que passa pelo meio do arruamento.

Sentindo-se lesados no seu bem-estar, os moradores da Rua Lopes Mendonça apresentaram no início do ano uma queixa à Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT), que originou a realização de uma inspecção no passado dia 2 de Fevereiro.

O relatório, a que o JN teve acesso, reconhece que em alguns dos locais monitorizados os níveis de ruído ultrapassam o estabelecido por lei, mas frisa que a situação ocorre mesmo quando o metro não está a circular, devendo-se ao trânsito rodoviário.

A IGAOT conclui assim que a actividade normal do MST "cumpre os requisitos legais aplicáveis a ruído", tendo em conta que quando os limites são ultrapassados "também o são na ausência do tráfego ferroviário".

Sobre a utilização de buzinas, o documento lembra que é "obrigatório o toque da campainha dos veículos quando duas composições se cruzam, de modo que os transeuntes sejam avisados da existência de um comboio encoberto".

Estas conclusões não satisfazem os moradores, que enviaram ontem uma carta a contestar o relatório. "A resposta não é correcta. Não é a realidade. Eu gostava era de ver os resultados da monitorização", afirmou, ao JN, Vítor Costa, que encabeçou a reclamação apresentada à IGAOT. "Eu já aqui moro há 20 anos e sei bem o barulho que faziam os carros. O metro faz muito mais", garante, dizendo preferir ter duas faixas de trânsito automóvel em cada sentido do que o MST.

A concessionária Metro Transportes do Sul (MTS) assegura, por seu lado, que está a cumprir a Declaração de Impacto Ambiental, embora lamente o incómodo provocado pelo ruído criado pela passagem dos comboios naquela rua.

"É legítimo que se possam incomodar. É uma rua relativamente estreita em que há uma proximidade grande entre a via e as fachadas das casas", declara o presidente da MTS, José Luís Brandão, revelando, porém, que "não há muito a fazer".