domingo, setembro 10, 2006

CICLOVIAS E MOBILIDADE












A existência de ciclovias vai muito para além do seu uso por ciclistas, a sua existência funciona como verdadeiras auto-estradas paraum sem número de veículos que hoje em dia têm uma extrema dificuldade em se deslocar nas ruas , estradas e passeios na maioria das nossas cidades e vilas.










O estacionamento caótico, as ruas mal cuidadas, incompreensíveis obstáculos naturais e até colocados pelas próprias autarquias (agora é moda os pilaretes) criam uma barreira fisica ilegal e inconstitucional a pessoas de mobilidade reduzida ou que muito simplesmente pretendem usar um carrinho de bébé ou um outro meio que não o automóvel.








Parece simples enveredar por este caminho , tão simples como compreendê-lo, mas para os autarcas que governam e gerem uma Margem Sul quase plana, -com condições orográficas ideais para o recurso a meios de transporte não poluente e alternativo estas imagens - deve-lhes parecer ficção cientifica, a versão urbana do "Caminho das Estrelas" , pois não estão nem para aí virados, para eles é mais festas o Verão inteiro a culminar na Festa para a qual orientam o ano...à meia noite uns foguetes (inevitáveis) que amanhã há um novo dia com promessa de novos foguetes à meia noite...tudo o resto...é complicado...


É complicado fazê-los compreender da urgência e da necessidade da criação dessa rede de ciclovias, que práticamente não têm que ser construídas, onde não têm que ser feitas obras, não têm que ser construídas rotundas, nós desnivelados, pontes ou qualquer obra de arte, a arte está sim em pintar na estrada (clique) , no passeio, na rua, mais uma linha a demarcar aquela nova via, como se fez já há décadas para as faixas de BUS, uma decisão também revolucionária na altura e importada do estrangeiro (clique),
e também eliminar barreiras arquitectónicas, muitas delas criadas por um despesismo serôdio pelas próprias autarquias.

Ou serão estes meios de transporte (clique) considerados capitalistas, inimigos da classe operária e camponesa? Ou serão os cidadãos que não usam automóvel, cidadãos de segunda?

É que se não é por uma qualquer razão politica, crença religiosa ou qualquer outra incapacidade, não se compreende porque não metem mãos á obra e provocam uma verdadeira revolução na mobilidade da Margem Sul (clique)... mas da forma como geriram o processo do Metro Sul do Tejo há muito que se sabe que as pessoas estão longe de estar primeiro .

1 comentário:

Anónimo disse...

HOJE MILHARES ATRAVESSARAM A PONTE VASCO DA GAMA.